Blog do Daniel Brito

Denunciado pela PGR, Collor some da CPI do Futebol no Senado

Daniel Brito

A CPI do Futebol no Senado realizou, na terça-feira, 1º de setembro, sua oitava  sessão, e o senador Fernando Collor (PTB-AL) chegou à marca de sete sessões sem comparecer à comissão.

Ele é o indicado pelo bloco parlamentar chamado “União e Força”, que conta com PTB, PSC, PR, PRB. Na única reunião que participou, o ex-presidente da República, que saiu do cargo após impeachment em 1992, conta como registro apenas sua assinatura de presença, sem pronunciamentos ainda no início de agosto.

Procurado pelo blog, Collor respondeu por meio de sua assessoria no Senado apenas que não pôde comparecer à CPI do Futebol, sem dar um motivo.

O senador alagoano parece ter outras preocupações antes de tratar de futebol. Há pouco mais de 10 dias, o Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou uma denúncia contra Collor por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. Grupo ligado ao senador pode ter recebido mais de R$ 26 milhões em propinas, de acordo com as investigações da Operação Lava Jato.

Collor tem pouca ou quase nenhuma ligação com o futebol. Em seu currículo, no máximo o vínculo da família com o CSA, tradicional clube da capital de Alagoas, do qual chegou a presidir. Seu filho, Arnon de Mello, é o chefe do escritório da NBA no Brasil, mas os dois mantêm um relacionamento distante.

O suplente de Collor na CPI é o senador do Mato Grosso Wellington Fagundes (PR). Foi de Fagundes a iniciativa de pedir os dados relativos à movimentação de recursos financeiros e de bens e serviços estimáveis em dinheiro da CBF para as Federações Estaduais de Futebol e para seus dirigentes, relativos ao período de janeiro de 2005 a janeiro de 2015.

Mas nas duas últimas sessões Fagundes não compareceu.