Cinco frases polêmicas de Eurico Miranda na CPI do Futebol no Senado
Daniel Brito
Está tudo lá nas notas taquigráficas do Senado Federal.
Eurico Miranda aproveitou a oportunidade de falar no microfone da Casa e deixou registradas algumas pérolas em seu discurso. Ele foi um dos convidados para depor na CPI do Futebol, na tarde desta quarta-feira, 14, mesmo sem, necessariamente, ter alguma ligação direta com a investigação sobre a CBF, tema central da comissão.
Chegou cerca de 10 minutos atrasados, e tomou conta da sessão. Levou alguns documentos, mas ficou impedido de exibi-los porque, durante um discusso inflamado contra a criação da Liga Sul-Minas-Rio, esbarrou no copo de água à sua frente e molhou a mesa. O outro convidado do dia, Roberto Andrade, presidente do Corinthians, apenas fez figuração. Alexandre Kalil, presidente da Liga Sul-Minas-Rio, deveria estar presente, mas recusou o convite. Evitou, assim, um embate público, porque Eurico não se furtou em atacar a aqueles que possuem opinião diferente, inclusive sobre a Liga.
Separei cinco frases marcantes do cartola vascaíno em Brasília nesta tarde.
“Passaram profissionais pelo meu clube que dinamitaram o Vasco”
Sobre a dívida que herdou ao assumir a presidência do clube.
“A CBF deveria matar [a Liga Sul-Minas-Rio] no nascedouro. Em 50 anos de gestão no futebol, nunca vi algo tão imoral e ilegal”
Sobre a criação da Liga, a qual, como se vê, é frontalmente contrário por dar ''prejuízo aos clubes'' que não participam.
“Com todo respeito, mas não compare Romário com Ronaldinho Gaúcho, por favor”
Interrompendo discurso do senador Hélio José (PSD-DF) sobre “os craques do futebol brasileiro”. Sobre esta afirmação do cartola, Romário, em entrevista após a sessão, disse: ''Eurico disse algumas verdades aqui nesta CPI. Esta foi uma delas.''
“Se a CBF tentou me impedir de vir participar desta CPI? Não, mesmo que isso adiantasse alguma coisa para mim”.
Respondendo ao questionamento do deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP), que participou da sessão, a respeito de uma possível pressão da CBF para não comparecer à CPI.
“Muito cuidado com esse negocio de modernização do futebol”
Sobre os novos métodos de gestão do futebol brasileiro.