Blog do Daniel Brito

Arquivo : Agnelo Queiroz

Ex-governador do DF é condenado por improbidade por contrato para F-Indy
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Daniel Brito

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF com obras paradas

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF destruído, com as obras paradas

O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi condenado pela 2ª Vara da Fazenda Pública por improbidade administrativa pela da contratação de empresa para transmissão de etapas da Fómula Indy, no Autódromo Internacional de Brasília. Os eventos, que aconteceriam a partir do ano de 2015, nunca se realizaram.

A Rádio e TV Bandeirantes, de São Paulo, firmaram contrato com a Terracap, empresa do GDF (Governo do Distrito Federal), para a transmissão da Fórmula Indy no Distrito Federal em março de 2015. O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) informou que a condenação prevê suspensão dos direitos políticos por cinco anos e multa correspondente a duas vezes o valor do dano.

O governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), que sucedeu a Agnelo, cancelou a etapa da Indy porque descobriu uma brecha no acordo para sediar o evento, segundo a qual a administração da capital não tinha a obrigação contratual de arcar com a multa pela quebra do acordo com a promotora da corrida, o Grupo Bandeirantes.

“Antes, pensava-se que o governo teria de arcar, por quebra de contrato, com multa no valor de R$ 70 milhões, mas o montante só vale em caso de rompimento entre a Fórmula Indy e a emissora de televisão”, informou a assessoria do Palácio do Buriti, sede do governo local, ao UOL Esporte à época.

O GDF segue uma recomendação do próprio MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), que expediu uma recomendação para que o presidente da Terracap para não “licitar, realizar, autorizar, empenhar, liquidar, reconhecer ou pagar quaisquer despesas” relacionadas com a reforma do autódromo.

Em fevereiro do ano passado, já sido havia determinado o bloqueio dos bens do ex-governador na ação cautelar para garantir a efetividade de uma possível condenação por improbidade administrativa.

Da sentença de 1ª Instância desta quarta-feira, 17, ainda cabe recurso.


A cidade planejada que não sabe se planejar para receber eventos esportivos
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Daniel Brito

Sabia-se havia pelo menos três meses que a seleção feminina de handebol faria em Brasília seus últimos amistosos antes da defesa do título mundial na Dinamarca. A cidade está longe de ter qualquer ligação histórica ou emotiva com a modalidade, mas foi escolhida porque a sede dos dois patrocinadores do esporte estão no Distrito Federal: Correios e Banco do Brasil.

É de conhecimento geral que o ginásio  Nilson Nelson tem um problema crônico de goteiras. Basta lembrar do fiasco internacional de 2011, durante o Campeonato Mundial de patinação artística, em que atletas de outros países até se lesionaram após quedas decorrentes da umidade no piso em razão das goteiras.

Anos antes, em 2009, o ex-governador José Roberto Arruda, fora acusado de improbidade administrativa pela reforma do ginásio sem licitação por R$ 5,5 milhões. A 4ª Vara da Fazenda Pública do DF, no entanto, absolve o mandatário, que logo em seguida cairia em desgraça por causa do esquema de corrupção conhecido como Mensalão do DEM.

E sabe-se, desde sempre, que novembro é um mês de chuva na capital federal.

Portanto, não dá para dizer que o cancelamento dos amistosos com Brasil, Eslovênia, Sérvia e Argentina no Nilson Nelson foi uma surpresa. Só compõe um rosário de eventos frustrados em Brasília, Distrito Federal, nos últimos anos.

Ayrton Senna, Nelson Piquet e outras incoerências

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Foto de 2013 do Complexo Esportivo Ayrton Senna: projeto perfeito, péssima execução (Dilvugação/GDF)

A foto acima é do Complexo Esportivo Ayrton Senna. Fica no centro da capital, a um quilômetro de quase todos os hotéis da cidade, a três quilômetros do Ministério do Esporte e a cinco do Congresso Nacional. É um setor desenhado pelo genial arquiteto e urbanista Lúcio Costa quando da concepção da cidade, há mais de 50 anos.

Seria o local perfeito para receber todo e qualquer evento esportivo. Reúne um autódromo, um ginásio de médio porte coberto, com uma piscina coberta, quadras poliesportivas ao ar livre, quadras de tênis, um complexo aquático, além do Estádio Mané Garrincha. Havia até um velódromo.

Mas esta região está longe de ser um polo esportivo. Ainda em 2013, o repórter Aiuri Rebello mostrou a propaganda enganosa do GDF, sob a gestão de Agnelo Queiroz, sobre a utilização do Complexo.

Hoje, menos da metade desses espaços reúne condições de uso.

O Nilson Nelson, como vimos no final de semana, sofre com goteiras e uma estrutura precária.

O Autódromo está sem metade da pista desde o cancelamento da F-Indy, em janeiro. Ironicamente, o autódromo do Complexo Esportivo Ayrton Senna recebe o nome de Nelson Piquet, duas figuras que dificilmente poderíamos chamar de amigos próximos. Não há previsão para que a reforma seja concluída.

Entre a pista e o estádio Mané Garrincha está o ginásio Cláudio Coutinho, com capacidade estimada em até oito mil espectadores, prestes a completar duas décadas de abandono. Está trancado e deteriorando-se a cada dia. Ali também havia uma piscina coberta. As quadras poliesportivas e de tênis são decrépitas e inapropriadas para uso, apesar de ainda ser utilizada por alguns corajosos. O velódromo foi derrubado com a promessa de ser construído um novo, o que nunca se concretizou.

Ao lado do Cláudio Coutinho, há o complexo aquático, em que são oferecidas aulas de natação e saltos ornamentais pelo GDF. Este funciona sem sustos.

E a joia da coroa é o Mané Garrincha, que além de servir como terminal de ônibus, não despertou interesse da iniciativa privada e ainda por cima não consegue arrecadar o suficiente para cobrir o rombo de R$ 800 mil mensais de manutenção.  Neste final de semana, recebeu um jogo de futebol amador em que terminou com a morte de uma pessoa por parada cardíaca.


Time do DF na Sul-Americana muda uniforme para não se associar ao PT
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Daniel Brito

 

O Brasília apresentou os uniformes e a logo em agosto

Ex-Colorado: o Brasília apresentou os uniformes, com menos vermelho, e no novo escudo, em agosto

O Brasília Futebol Clube, que enfrenta na noite desta quarta-feira, 23, o Atlético-PR pela segunda fase da Copa Sul-Americana, promoveu há pouco mais de um mês uma repaginada no visual. Entre as mudanças, está a adição do azul ao uniforme da equipe, para se associar ao predominante vermelho e aos detalhes em branco.

Assim, o time que disputou o Candangão-2015 (Campeonato do Distrito Federal) carregando a alcunha de “Colorado”, se tornou tricolor na Sul-Americana. O mais curioso é a motivação da troca.

“Vermelhão não está muito em alta ultimamente e gera identificação com coloração partidária com a qual 93% da população não está muito afinada”, disse um membro do corpo diretivo da agremiação ao jornalista Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense, referindo-se ao PT.

Mudança de gestão explica
Até o início deste ano, o Brasília Futebol Clube era de propriedade de Luiz Carlos Alcoforado, advogado e amigo do ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Sem apelo entre os moradores do DF, o futebol candango mostrou-se deficitário para Alcoforado, que vendeu mais de 90% de sua parcela no clube ao também advogado e empresário da construção civil na capital, Luiz Felipe Belmonte. Ele mora em Londres, mas trouxe a Brasília o empresário José Carlos Brunoro e lhe deu o cargo de diretor executivo do clube. Desde então iniciaram-se as mudanças.

O escudo do clube, que era um esboço do Plano Piloto de Brasília traçado pelo genial Lúcio Costa para a fundação da nova capital, deu lugar a uma águia, ao melhor estilo escudo dos times de futebol americano. A cor vermelha, cuja versão oficial dizer aludir ao barro característico do Planalto Central, ganhou a companhia do azul e uma carregada no branco.

A torcida, pequena, mas barulhenta. Belmonte chegou até a responder os comentários desaforados nas redes, até que a nova administração do clube optou por se desfazer da águia de futebol americano e manteve a logo que estava quando da gestão de Alcoforado. Houve ainda a promessa de retomar a camisa vermelha, mas nos dois jogos em que se apresentou na Sul-Americana, contra o Goiás, mas não foi o que se viu em campo.

 

 Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco

Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco


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