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Arquivo : Bancada da CBF

Romário vai relatar em livro pressão da CBF sobre parlamentares em Brasília
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Daniel Brito

Romário prepara um livro, em primeira pessoa, contando a influência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre os parlamentares no Congresso Nacional. Ele promete relatar como a entidade que controla o futebol nacional conseguiu comemorar, agora em 2016, o “tetra” em CPIs contra ela em Brasília.

Senador pelo PSB do Rio de Janeiro, Romário presidiu a CPI do Futebol no Senado, que começou em junho de 2015, após a prisão de José Maria Marin, e outros sete dirigentes do continente, na Suíça. Até dezembro de 2016.

A comissão terminou em pizza. O relator, Romero Jucá (PMDB-RR), que hoje está afundado em denúncias na operação Lava Jato,  conseguiu um “grande acordo” e livrou a cartolagem da CBF de receber o pedido de ser indicada após as investigações da CPI. As aspas em “grande acordo” vão para o próprio Jucá, em áudio com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, sobre como estancar a Lava Jato.

O tema futebol, diferentemente da Lava Jato, e para surpresa de ninguém, não é levado tão a sério dentro do Congresso Nacional pelos parlamentares. Talvez por isso, a CBF sempre teve bastante mobilidade, especialmente no baixo clero. Basta observar que na composição dessa CPI do Futebol que Romário presidiu, a maioria era composta por parlamentares de Estados cujo futebol depende das migalhas oferecidas pela CBF, como Piauí (Ciro Nogueira, PP-PI), Amazonas (Omar Aziz, PSD-AM), Amapá (David Alcolumbre, DEM-AP), Maranhão (João Alberto, PMDB-MA), além de Roraima, de Jucá (PMDB-RR).

Quando a equipe de investigadores da CPI começou a aprofundar e a citar nomes do submundo do futbeol, como do alagoano João Feijó, e de Angelo Verospi, a bancada da CBF comparecia em grande número às sessões para derrubar requerimentos. Romário promete, em seu livro, contar como a confederação atuava para frear as investigações.

Desde os tempos de deputado federal, cadeira que ocupou na legislatura passada (2011-2014), Romário alertava sobre a influência da CBF nos parlamentares. Depois que deixou a Câmara, Romário não deixou de atentar para “prestígio” da confederação na Câmara Federal. Basta apenas lembrar que houve também uma mal sucedida CPI do Futebol naquela Casa em 2016, que durou apenas seis meses, sem grandes avanços. Encerrada tão logo Rodrigo Maia (DEM-RJ) assumiu a cadeira de presidente da Câmara, deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no início do segundo semestre de 2016.

A CPI teve apenas seis meses de trabalho, sem novidades ou grandes notícias, e se encerrou com um relatório tão chapa branca quanto o de Romero Jucá no Senado, apresentado pelo relator Fernando Monteiro (PP-PE). Com a diferença que na Câmara não houve um relatório alternativo, como aconteceu no Senado, em que Romário, ao lado de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), distribuíram para imprensa, MPF (Ministério Público Federal) e outros órgãos de fiscalização, um relatório alternativo com mais de 1,2 mil páginas no qual descreve todos os achados pela equipe de investigadores do Senado, que Romero Jucá ignorou em sua conclusão.

Com essas duas CPIs de 2016, a CBF comemorou o tetra em Brasília, pois já havia triunfado em outras duas comissões no início deste século, quando ainda era presidida por Ricardo Teixeira, sendo uma no Senado e outra na Câmara. Embora tenham sido transformadas em livro e amplamente divulgadas, teve efeito inofensivo para a estrutura da CBF à época.

A promessa de Romário é de que seu livro-bomba seja publicado ainda neste ano, provavelmente no segundo semestre.


CPI do Futebol chegará ao fim com pedido de indiciamento de deputado
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Daniel Brito

A última sessão da CPI do Futebol no Senado será realizada na manhã desta quarta-feira, 23, com a promessa de mais um embate entre os parlamentares que são a favor do grupo que hoje comanda a CBF e dos contrários.
Uma prova do que está por vir é a informação de que o senador Romário (PSB-RJ), criador e presidente da CPI, promete apresentar um relatório alternativo ao já entregou Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão, que ficou marcado por estar sempre alinhado aos interesses da confederação na CPI.

Romário promete pedir o indiciamento de um deputado federal, ligado à CBF por falsidade ideológica. O nome será divulgado durante a sessão de amanhã, no Senado. A confederação possui dois diretores e um vice-presidente com mandato de parlamentar no Congresso Nacional: Marcelo Aro (PHS-MG), diretor de “ética e transparência”; Vicente Cândido (PT-SP), diretor de assuntos internacionais, e Marcus Vicente (PP-ES), vice-presidente da CBF.

O relatório de Romário terá conteúdo bem diferente do que visto no de Romero Jucá. Este foi publicado na página do PMDB na internet e chamou a atenção por ser muito chapa-branca, em que pese a gravidade das irregularidades encontradas durante o trabalho de apuração da CPI.O relatório de Jucá tem 380 páginas e é majoritariamente propositivo.

Em alguns pontos, Jucá eximia a CPI de apurar denúncias. Os cartolas envolvidos em escândalos de corrupção investigados pelo FBI, motivo pelo qual a CPI foi instalada no Senado em agosto do ano passado, são citados brevemente no relatório. “

O de Romário terá 1.000 páginas e traz informações novas para o Brasil, adquiridas com o FBI, que investiga o escândalo de corrupção da Fifa, que colocou em prisão domiciliar o ex-presidente da CBF, José Maria Marin,
A CPI do Futebol chega ao final após uma série de manobras da CBF para impedir convocações de dirigentes e de gente ligada a Marco Polo Del Nero, presidente da confederação. O relatório de Romário irá parar nas mãos do MPF (Ministério Público Federal) aqui no DF para dar continuidade à investigação, mesmo que não seja aprovado em votação.

Já o de Jucá, que deve ser tido como o relatório oficial, mantém o status de peça decorativa.


Clube de relator do impeachment é condenado a pagar 30% da renda a atleta
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Trinta porcento da renda líquida dos jogos do Atlético-GO podem ser penhorados para pagamento da dívida do clube com o lateral-direito Marcos Martins, que jogou no clube em 2012, e atualmente defende o CRB-AL. A agremiação da capital de Goiás foi condenado a pagar cerca de R$ 290 mil ao atleta, referentes a salários, gratificação natalina (13º salário) e multas.

O Atlético de Goiânia é o favorito para conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. O clube também faz parte do privilegiado grupo de agremiações que possuem um representante na Câmara dos Deputados.

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético é o deputado federal Jovair Arantes, líder do PTB, e um dos integrantes a da bancada da CBF. Em 2015, ele foi contra a abertura da CPI do Futebol, que deveria apurar os escândalos de corrupção envolvendo dirigentes da CBF em contratos de compra e venda de direitos de transmissão.

Porém, o seu momento de maior visibilidade em Brasília ocorreu neste ano, quando foi o relator do processo de impeachment na Câmara da então presidente Dilma Rousseff. Em setembro último, ele faltou à sessão de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Atlético-GO tentou derrubar o bloqueio
Como havia recebido apenas 5% do total devido pelo clube quando do julgamento, o lateral Marcos Martins recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para que fossem cobrados os 30% sobre os valores que o clube receberia na venda de ingressos para jogos do Campeonato Brasileiro, ou  seja, “na boca do caixa”. O Atlético, por sua vez, pediu a nulidade do bloqueio ou a redução para somente 15% da renda líquida.

O TST, em decisão da ministra Maria Helena Mallmann, negou o pedido de Marcos Martins de bloquear o dinheiro da venda de ingressos e manteve a decisão do TRT-GO (Tribunal Regional do Trabalho de Goiás) de reter 30% da renda líquida das partidas.

Em recente entrevista a uma emissora de rádio de Goiás, Arantes admitiu que o clube tem R$ 110  milhões em dívidas. Dos quais, R$ 80 milhões são em impostos e o restante em dívidas trabalhistas, como a movida por Marcos Martins.  Recentemente, o deputado federal comemorou o acordo entre o Atlético-GO e a Caixa, que estampará sua logo na camisa do time por R$ 3 milhões mensais, de acordo com Arantes.


Ricardo Teixeira é esperado para depoimento à CPI da Máfia do Futebol
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Daniel Brito

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é esperado em Brasília nesta terça-feira, 14, para prestar depoimento à CPI da Máfia do Futebol, na Câmara dos Deputados. A sessão está marcada para as 14h30, mas Teixeira não informou à secretaria da comissão se comparecerá.
Ele foi convocado na condição de investigado, uma vez que é um dos partícipes do escândalo de corrupção que levou à prisão sete cartolas na Suíça no final de maio de 2015.

Teixeira ainda goza de certo prestígio no Congresso, embora afastado do cargo de presidente da CBF desde março de 2012. Basta lembrar que a CPI do Futebol no Senado foi travada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) em manobras avalizadas pelo presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando o cartola seria convocado para depor.

Na Câmara, no entanto, oito deputados apresentaram requerimentos convocando Teixeira. Inclusive, o pedido de número 01 da CPI é exatamente o que o intima para depor na CPI da Máfia do Futebol. Assim, a bancada da CBF não conseguiu impedir que fosse colocado em votação.

Como a convocação para uma CPI tem status de intimação, Teixeira é obrigado a comparecer. Se não o fizer, será alvo de condução coercitiva, mesmo que justifique uma possível ausência nesta terça-feira com algum argumento de ordem médica.


Jucá apresenta relatório final da CPI do Futebol sem incriminar cartolas
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Daniel Brito

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) publicou na página do partido na internet o relatório final da CPI do Futebol no Senado. Detalhe: a CPI ainda está em andamento e prevista para se encerrar apenas em agosto. É bem verdade que a comissão encontra-se em uma sinuca regimental, devido às manobras da bancada da CBF, mas não chegou a um fim.

O relatório de Jucá tem 380 páginas e é majoritariamente propositivo. Em determinado ponto do documento, Jucá exime a comissão da obrigação de investigar.

“O propósito do Poder Legislativo, inclusive quando atua por meio de CPI, não é o de centrar-se na apuração de atividades criminosas ou ilícitas, fazendo dessas atividades e de sua apuração a motivação única ou maior de seus trabalhos. Na verdade, acreditamos que o propósito fundamental de toda CPI deva ser o de propiciar o avanço da legislação, de modo que os problemas, inclusive as práticas delituosas, não se repitam ou não se perpetuem em nossa sociedade”.

Os cartolas envolvidos em escândalos de corriupção investigados pelo FBI, motivo pelo qual a CPI foi instalada no Senado em agosto do ano passado, são citados brevemente no relatório. “Há registros de operações que despertaram a particular atenção desta Comissão. São operações que envolvem dirigentes e ex-dirigentes da CBF, como José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, assim como entidades ou empresas que compõem a estrutura do futebol brasileiro ou que nela atuam. Cumpre assinalar haver, até mesmo, registros de operações realizadas pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), as quais, em função das relações próximas que esse Comitê manteve com o Poder Público, certamente ensejarão a avaliação detida por parte dos órgãos públicos competentes”.

O Blog do Juca KFouri, no UOL Esporte, mostrou que o senador de Roraima quer apressar a votação do relatório para encerrar a CPI e colocar-se à disposição para assumir um ministério num provável governo de Michel Temer (PMDB-SP).

Jucá quer aproveitar a próxima sessão da CPI para colocar em votação o relatório. Mas não há data confirmada para a próxima reunião da comissão, visto que o único que pode agendá-la é o presidente da CPI. Neste caso, Romário (PSB-RJ), que é frontalmente contrário ao relatório de Jucá. Assim como também faz parte de uma minoria contra a CBF.

Propostas e reocmendações
Jucá promete entregar a documentação sigilosa em poder da CPI para o Banco Central do Brasil; Conselho de Controle de Atividades Financeiras; Ministério Público Federal; Polícia Federal; Secretaria da Receita Federal do Brasil e Controladoria-Geral da União.
Cumprindo a promessa feita em plenário durante as sessões, Jucá encerra o relatório fazendo 11 propostas de alteração na legislação do futebol e oito recomendações à CBF.

São itens como isenção fiscal a clubes da Série C e Série D, estimulo tributário aos clubes-empresa, o fim dos negócios entre clubes e empresas com ligação com parentes, mudar a lei de lavagem de dinheiro, tipificar o crime de corrupção na iniciativa privada, mudança na lei trabalhista dos atletas e até a alteração no Estatuto do Torcedor para prever o uso de seguranças privados no interior dos estádios de futebol.

O relatório, por fim, pede à CBF um calendário mais extenso às agremiações de menor expressão, contratar uma empresa para realizar um estudo sobre a criação de uma Liga Nacional, fixar preço dos ingressos, criar uma identificação a torcedores com histórico de violência nos estádios.


PGR vai receber relatório da CPI do futebol para aprofundar investigações
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Daniel Brito

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Presidente da CPI do Futebol, Romário, encontrou-se com Janot na terça-feira, 19 (Divulgação)

O presidente da CPI do Futebol no Senado, Romário (PSB-RJ), levou ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a investigação que está em curso na comissão. O encontro ocorreu na terça-feira, 19, sem alarde e sem a presença da imprensa.

Os dois já haviam se encontrado antes do início da CPI, em julho, ainda na esteira das prisões efetuadas pelo FBI no hotel Bar au Lac, em Zurique, na qual um dos detidos fora o ex-presidente da CBF, José Maria Marin – atualmente em prisão domiciliar em Nova York.

Romário informou que o procurador colocou à disposição da CPI o corpo técnico da PGR (Procuradoria Geral da República) para colaborar com a parte propositiva da comissão. A ideia é que eles acrescentem ideias no combate à corrupção no futebol brasileiro.

No encontro ficou acordado que Romário entregará o relatório final da CPI, com previsão de ser encerrada até agosto próximo, para que a PGR possa se aprofundar nas investigações iniciadas no Senado.

A CPI está sofrendo diversos ataques da Bancada da CBF, que travou a pauta com pedido de suspensão da intimiação de cartolas da confederação, como o presidente Marco Polo Del Nero e seu filho, além do vice-presidente para a região Nordeste, Gustavo Dantas Feijó, Os parlamentares alinhados à CBF alegaram “falta de quórum” na sessão em que esses requerimentos foram colocados em votação, na quarta-feira, 6 de abril. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) verificou as assinaturas do parlamentares que marcaram presença na CPI e ainda atestou que havia quórum. Ainda assim, suspendeu a convocatória.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) recorreu da decisão de Renan e a validade da sessão do dia 6 passará pelo crivo da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, em seguida, pelo plenário do Senado.

A Bancada da CBF trabalha com afinco para evitar que Gustavo Feijó vá à Comissão Parlamentar de Inquérito para dar explicações sobre a suspeita de caixa dois na eleição para prefeito de Boca da Mata, Alagoas, em 2012. Mensagens e-mails de Del Nero para Feijó dão indícios de que a confederação teria contribuído com R$ 600 mil na campanha. Este montante não consta na prestação de contas da campanha de Feijó no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 


Como votaram os deputados ligados ao futebol e a outros esportes
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Daniel Brito

A votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, encerrada nas primeiras horas desta segunda-feira, 18, contou com apoio dos parlamentares que tem ligações políticas com o esporte no país. Os
deputados federais que mantém ligações com a CBF se dividiram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, como mostrou o meu companheiro de blog no UOL Esporte, Rodrigo Mattos. A confederação conta com nada menos que dois diretores e um vice-presidente na Câmara dos Deputados.

Outros parlamentares que compõem a “bancada do esporte” – que inclui não só o futebol, mas esportes olímpicos, paraolímpicos e até ex-ministros – optaram majoritariamente no “sim” ao impedimento da presidente.

Um dos líderes da bancada da bola e relator da abertura do processo de impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), como era de se esperar, foi a favor do afastamento de Dilma. Seguiram o entendimento do goiano os deputados Goulart (PSD-SP), que tem o apoio da “Gaviões da Fiel’, Darcísio Perondi (PMDB-RS), que já recebeu doações de campanha da CBF e irmão de um ex-vice da confederação, Afonso Hamm (PP-RS) e Washington Reis (PMDB-RJ), membros da bancada da bola.

Também votaram “sim” o presidente da CPI da Máfia do Futebol, recém-instalada na Câmara, Laudívio Carvalho (SD-MG), Jaime Martins (PSD-MG), dirigente do Guarani de Divinópolis, Arnaldo Faria de Sá, ex-presidente da Portuguesa, Otávio Leite (PSDB-RJ), que, em 2015, relatou a MP do Futebol, Sílvio Torres (PSDB-SP), relator da CPI CBF/Nike, o ex-goleiro Danrlei (PSD-RS), Rogério Marinho (PSDB-RN), dirigente do ABC de Natal, Deley (PTB-RJ), o ex-armador do Fluminense, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), ex-presidente do STJD da CBF, e Evandro Rogério Roman (PSD-PR), ex-árbitro de futebol.

Ex-ministros dizem “não”
Pela rejeição ao processo de impeachment manifestaram-se o presidente da Federação Amapaense de Futebol, Roberto Góes (PDT-AP), José Rocha (PR-BA), cartola do Vitória da Bahia e recebedor de doações declaradas de campanha eleitoral da CBF, e Andres Sanchez (PT-SP), partidário da presidente Dilma e ex-presidente do Corinthians.

Os ex-ministros do Esporte Orlando Silva (PCdoB-SP) e George Hilton (PROS-MG) votaram “não”. O ex-judoca João Derly (Rede-RS) votou “sim”, assim como Márcio Marinho (PRB-BA), presidente da Comissão de Esporte da Câmara. Manifestação idêntica à de Mara Gabrilli (PSDB-SP), que mantém projetos voltados para desporto paraolímpico.


Renan determina que CPI vote novamente convocação de Del Nero e Teixeira
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Daniel Brito

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) determinou que a CPI do Futebol coloque novamente em votação a convocação do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o filho do cartola, o ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira, e o vice para a Região Nordeste, Gustavo Feijó.

Em uma manobra atípica, Renan atendeu ao pedido da Bancada da CBF na CPI, que determinou a suspensão da intimiação dos cartolas por “falta de quórum” na sessão em que esses requerimentos foram colocados em votação, na quarta-feira, 6. O presidente do Senado verificou as assinaturas do parlamentares que marcaram presença na CPI e ainda atestou que havia quórum. Ainda assim, suspendeu a convocatória e, nesta terça-feira, 12, exigiu que a CPI vote novamente a pauta.

A Bancada da CBF trabalha com afinco para evitar que Gustavo Feijó vá à Comissão Parlamentar de Inquérito para dar explicações sobre a suspeita de caixa dois O Blog do Juca no UOL Esporte noticiou que houve reunião no gabinete do senador Fernando Collor (PTC-AL) para derrubar a convocação de Feijó e o restante da pauta.


Bancada da CBF “some” e CPI aprova convocação de Teixeira e Del Nero
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Daniel Brito

Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero e o filho terão de prestar depoimento à CPI do Futebol no Senado. A sessão desta quarta-feira, 6, aprovou requerimentos para que os cartolas compareçam a Brasília para prestar esclarecimentos “na condição de testemunha” sobre movimentações financeiras suspeitas.

A Bancada da CBF na comissão não compareceu e, com isso, a confederação sofreu esta derrota no Senado nesta quarta-feira. Assinaram presença os senadores Humberto Costa (PT-PE), Paulo Bauer (PSDB-SC), Donizetti Nogueira (PT-TO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Zezé Perella (PDT-MG). Randolfe, Zezé e Romário permaneceram em plenário durante a sessão.

Marco Polo, que já depôs como convidado em dezembro, irá ao Senado como testemunha para esclarecer possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da seleção brasileira e de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações-2013 e da Copa do Mundo Fifa-2014. Já Marco Polo Del Nero Filho terá de explicar sobre a abertura de contas no exterior, fato que havia sido negado pelo pai no depoimento de dezembro à CPI.

A convocação de Teixeira havia sido barrada por Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão, em reunião da CPI em meados de março, sob  a alegação de “falta de embasamento”. A bancada da CBF apoiou o posicionamento de Jucá e derrubou a convocação de Teixeira na ocasião. Gladson Cameli (PP-AC), Hélio José (PMDB-DF), João Alberto (PMDB-MA), Ciro Nogueira (PP-PI), Davi Alcolumbre (DEM-AP) apoiaram a decisão de Romero Jucá em sessão realizada em março.

Porém, nenhum deles compareceu nesta quarta-feira, 6.

Nesta quarta-feira, contudo, o parlamentar de Roraima faltou à sessão e o requerimento para convocar o ex-presidente da CBF foi aprovado sem objeção. Teixeira também falará sobre os contratos feitos durante sua gestão na confederação (1989-2012) e a organização dos dois torneios da Fifa no Brasil, em 2013 e 2014.

Além dos três, o empresário Wagner Abrahão, que tem negócios com a CBF e com Marco Polo, e Gustavo Feijó, vice-presidente da CBF e prefeito de Boca da Mata, Alagoas, também foram convocados para a CPI. Feijó será inquirido sobre a eventual colaboração da CBF com recursos para sua campanha eleitoral quando candidato a prefeito do município de Boca da Mata, Alagoas, em 2012.


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