Blog do Daniel Brito

Arquivo : FIBA

FIBA quer desfiliar CBB e criar nova confederação de basquete no Brasil
Comentários Comente

Daniel Brito

23070123176_44bd6a39f1_z

A gestão desastrada de Carlos Nunes na CBB deve provocar desfiliação da CBB à Fiba

A Fiba (Federação Internacional de Basquete) já tem uma proposta para solucionar a grave crise na qual a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está envolta. E é uma medida drástica.

O interventor da Fiba no Brasil , o espanhol José Luiz Saez, levou à direção da entidade na Alemanha a ideia de desfiliar a CBB da Fiba e fundar uma nova confederação brasileira, livre das dívidas.

Desde novembro, no entanto, a CBB vem passando por uma intervenção da Fiba, por falta de cumprimento em acordos financeiros. O que irrita os estrangeiros é a insistência da gestão Nunes de manter-se no poder mesmo diante de um cenário de caos administrativo e financeiro.

De acordo com Fabio Balassiano, meu colega de blog no UOL Esporte, a confederação terminou o exercício de 2015 com R$ 17 milhões de déficit. Isto num cenário de bonança pré-Rio-2016, com recorde de investimento do governo federal e patrocínio do Bradesco (R$ 8.7 milhões). Um dos pontos que está em discussão é quem assumiria o passivo deixado pela desastrosa gestão do gaúcho Carlos Nunes à frente da confederação.

Este não é o primeiro caso de confederação que sofre intervenção e é desfiliada para dar lugar a uma nova entidade, com outro nome, assumir sua função. Há dez anos, ocorreu processo semelhante com a vela. A CBVM (Confederação Brasileira de Vela e Motor) sofreu intervenção do COB, após um período de seis anos, foi desfiliada da ISAF (Federação Internacional da modalidade), foi extinta e aí surgiu a atual CBVela, livre das dívidas, que foram cobradas dos antigos gestores da CBVM.

A CBB é afiliada da Fiba desde 1935, dois após sua fundação no Rio de Janeiro, ainda com o nome de Federação Brasileira de Basketball. É uma das mais antigas entidades esportivas do país ainda em atividade, que vai chegando a um final trágico, tal qual ocorre com as seleções brasileiras nas quadras.


COB escala ex-diretor da Rio-16 como “bombeiro” nas confederações em crise
Comentários Comente

Daniel Brito

O novo diretor executivo de esportes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Agberto Guimarães 59, tem como uma de suas missões atuar como “bombeiro” nas confederações que estejam em crise. Atualmente, pelo menos três entidades filiadas ao comitê atravessam momento de grave turbulência: taekwondo (CBTKD), basquete (CBB) e desportos aquáticos (CBDA).

“Neste meu retorno ao COB, uma das missões que me foi dada pelo presidente Nuzman diz respeito a trabalhar mais junto às confederações para incrementar ou ajudar a melhorar a governança, gestão, prestação de contas, todo esse tipo de coisa. Todo problema de gestão atrapalha e interfere no objetivo fim, que é trabalhar com os atletas no alto rendimento”, disse Guimarães.

Ele está no cargo desde outubro deste ano, após o fim dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016. Até então, trabalhara como diretor de esportes da Rio-16. Também estivera envolvido no comitê de candidatura-2016, e no Pan do Rio-07. Antes disso, atuara no COB na área de solidariedade olímpica. Nos anos 1980, foi um dos grandes meio-fundistas do país, com três participações olímpicas: Moscou-80, Los Angeles-84 e Seul-88.

image (2)

Agberto Guimarães disputou três Olimpíadas como corredor (reprodução/TV Câmara)

Em seu discurso, durante sessão na comissão de esporte da Câmara dos Deputados, na semana passada, em Brasília, Guimarães deixou claro que o COB vai participar muito mais da gestão das confederações, muitas delas mantidas quase que 100% com recurso da Lei Piva, gerido pelo comitê.

“Nessa reestruturação que foi feita agora com nossa equipe de esportes, dividimos as tarefa. Vamos ter uma área que vai cuidar especificamente do relacionamento com as confederações e também oferecendo um apoio às confederações para melhorar o processo de gestão e administração de cada uma delas. Área será lidera pela Adriana Behar e sua equipe”, explicou, citando a vice-campeã olímpica no vôlei de praia, atualmente gerente de planejamento e relacionamento com as confederações do COB.

“O objetivo é oferecer ferramentas para que o processo de gestão melhore. As confederações que hoje têm problemas, precisam resolvê-los. O COB vai, sempre que for necessário, apoiá-las porque são problemas que também nos afetam, se não forem resolvidos”, explicou Guimarães.

Atualmente, a entidade está envolvida na crise pela qual atravessa o basquete brasileiro. A FIBA (Federação Internacional de Basquete) nomeou um interventor para administrar a entidade. O COB, embora não use a palavra “intervenção” e sim apenas “suspensão”, diz estar em contato com a federação internacional e com o “interventor” para tentar encontrar uma solução até o final de janeiro de 2017.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>