FIVB – Blog do Daniel Brito http://blogdobrito.blogosfera.uol.com.br Um espaço sobre esportes olímpicos, não-olímpicos, paraolímpicos, futebol e um pouco do que é dito sobre isso tudo na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Fri, 31 Mar 2017 16:22:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Senado analisa igualdade nos prêmios para homens e mulheres em competições http://blogdobrito.blogosfera.uol.com.br/2017/02/22/senado-analisa-igualdade-nos-premios-para-homens-e-mulheres-em-competicoes/ http://blogdobrito.blogosfera.uol.com.br/2017/02/22/senado-analisa-igualdade-nos-premios-para-homens-e-mulheres-em-competicoes/#respond Wed, 22 Feb 2017 07:00:52 +0000 http://blogdobrito.blogosfera.uol.com.br/?p=1928 A polêmica diferença na premiação recebida pelas seleções vencedoras da Liga Mundial (masculina) e Grand Prix (feminina), ambos no vôlei, na temporada 2017 chegou até Brasília. Mais precisamente ao Senado Federal.

Está na pauta da Comissão de Educação, Cultura e Esporte projeto de lei que iguala premiação para homens e mulheres para eventos promovidos com verba pública ou por entidades que recebam dinheiro público, como as confederações de esportes olímpicos e paraolímpicos.

Em meados de 2016, ganhou destaque na imprensa internacional a disparidade do tratamento dado pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para a premiação distribuída aos melhores das duas principais competições internacionais organizadas pela entidade. Enquanto as mulheres que triunfaram no Grand Prix dividiram premiação de US$ 200 mil (R$ 618 mil na cotação atual), os homens que venceram na Liga Mundial repartiram US$ 1 milhão (R$ 3,1 milhões hoje).

Ante à polêmica, a FIVB, que é presidida pelo brasileiro Ary Graça, aumentou o prêmio do feminino para US$600 mil (R$ 1,8 milhão) nesta temporada.

Campeãs do Grand Prix-16 dividiram US$ 200 mil. Em 2017, premiação vai para US$ 600 mil

No Brasil, diversos campeonatos esportivos são realizados com verba pública, especialmente por meio da lei de incentivo ao esporte. E estes recursos, com frequência, são utilizados para pagar a premiação dos vencedores. Se o projeto passar no Congresso, homens e mulheres dividirão a mesma quantia. Isso vale para eventos esportivos promovidos também com recurso da lei Piva (que retira um percentual da premiação das loterias e destina ao esporte olímpico e paraolímpico) e convênios com poderes públicos (federal, estadual e municipal).

“Por que essa diferença? O esforço é o mesmo, a dedicação é a mesma, porque o prêmio tem que ser diferente? É porque ainda há a esse traço cultural que diferencia o valor das mulheres, que a gente também vê no mercado de trabalho”, afirmou a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

O que a senadora não mencionou é que no caso específico do Grand Prix ou Liga Mundial, dificilmente a lei fará efeito. Porque é promovido pela FIVB, que, até onde se sabe, não tem o governo brasileiro como uma de suas fontes de patrocínios.

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