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Arquivo : Teddy Riner

Astro da NBA e melhor judoca do mundo disputam bandeira francesa na Rio-16
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Daniel Brito

PARIS, FRANCE - SEPTEMBER 17: France's Gold Olympic judo athlete Teddy Riner arrives for a ceremony with France's President Francois Hollande at Elysee Palace on September 17, 2012 in Paris, France. (Photo by Antoine Antoniol/Getty Images)

O gigante Riner, de 2,04m, recusou ser porta-bandeir aem Londres-2012 (Antoine Antoniol/Getty)

O posto de porta-bandeira da França na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 é motivo de disputa eleitoral. Nove atletas pleiteiam, nas urnas, o direito de carregar o estandarte do país no Maracanã em 5 de agosto. A ideia partiu do CNOSF (sigla em francês para Comitê Olímpico da França), que terceirizou a responsabilidade de eleger o porta-bandeira aos próprios atletas olímpicos.

Cinquenta e dois competidores escolhidos por sua federação e que comporão a delegação do país no Rio-16 têm direito a eleger o porta-bandeira, ou porte-drapeau, como se diz na França. Ao analisar os nomes dos candidatos é possível entender o quão árdua é a tarefa de tirar apenas um para a missão.

São tantas feras, tantos atletas renomados e laureados que fica difícil encontrar uma unanimidade. Por enquanto, quem lidera uma pesquisa feita na página do jornal esportivo L’Equipe é Tony Parker, mítico armador do San Antonio Spurs. Seu concorrente direto na consulta feita pelo é o judoca Teddy Riner, o maior do mundo na modalidade, que não perde uma luta desde 2008.

Os demais postulantes também têm predicados invejáveis. Renaud Lavillenie, campeão olímpico no salto com vara, vice-campeã mundial no lançamento de disco, Melina Robert-Michon, Cécilia Berder e Gauthier grumier, Laura Georges e Wendie Renard, do futebol feminino, e Céline Dumerc, estrela da seleção feminina de basquete vice-campeã olímpica em Londres-2012.

LONDON, ENGLAND - MAY 26: Wendie Renard of Lyon in action during the UEFA Women's Champions League Final between Lyon and Turbine Potsdam at Craven Cottage on May 26, 2011 in London, England. (Photo by Laurence Griffiths/Getty Images)

Wendie Renard é zagueira e capitã da França, corre por fora (Getty)

O problema é que na França corre uma lenda olímpica segunda a qual o porta-bandeira carrega consigo uma maldição e nem sempre consegue exercer seu favoritismo durante os Jogos. Nem isso, contudo, parece assustar o gigante Riner, de 2,04m de altura. “Sinto-me legitimado para ser porta-bandeira do meu país no Rio”, disse, em entrevista ao Le Figaro, o judoca. Em Londres-2012, Riner se recusou a carregar o pavilhão francês, sob a justificativa de não ter sido campeão olímpico. O ouro veio exatamente em Londres, o que, segundo ele, o torna digno de ser porte-drapeau no Rio.

Segundo os critérios de campeão olímpico, portanto, Tony Parker está longe de ser merecedor de ostentar o lábaro francês no Maracanã. Ele só disputou Londres-2012, quando teve de usar óculos após acidentar-se em uma briga entre rappers, e caiu nas quartas de final para a Espanha.

A decisão final sairá em 24 de julho, em Paris, em evento a ser realizado logo após o fim do Tour de France, cuja linha de chegada é na Champs Elysees.

LONDON, ENGLAND - JULY 31: Tony Parker #9 of France looks on in the Men's Basketball Preliminary Round match between France and Argentina on Day 4 of the London 2012 Olympic Games at Basketball Arena on July 31, 2012 in London, England. (Photo by Christian Petersen/Getty Images)

Porte-drapeau favorito: Com uma lesão no olho, Parker disputou Londres-12 com óculos (Christian Petersen/Getty)


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