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Arquivo : Zezé Perrela

Picciani nomeia aliado de Ricardo Teixeira para secretaria de futebol
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Daniel Brito

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Weber (à esq.) foi chefe da delegação brasileira no Mundial-02 (Juca Varella/Folhapress)

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), nomeou nesta sexta-feira, 15, o ex-vice-presidente da CBF Weber Magalhães como diretor do Departamento de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor. Ele embolsará mensalmente o salário de R$ 11.235,00 do Ministério.

Terá como chefe Gustavo Perrella, filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor. Weber era assessor do parlamentar no senado. Ou seja, mudou de cargo, mas continua sob as ordens da família Perrella.

Weber_Magalhaes_AE_Fabio_Motta_292Até abril de 2015, Magalhães ocupava a cadeira de vice-presidente da CBF, quando teve início a gestão Marco Polo Del Nero e foi sacado do cargo. Magalhães ocupou o posto de 2004 a 2015, durante a gestão Ricardo Teixeira e José Maria Marin. Contratos feitos pela confederação neste período estão sob suspeição e em investigação pela Justiça dos Estados Unidos.

Antes de ser vice de Teixeira, fora chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo da Coreia do Sul e Japão, em 2002. Usou o “pé quente” da conquista do pentacampeonato mundial como slogan para tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados, mas não obteve êxito.

Gustavo Perrella é o protagonista da nomeação mais controversa da gestão Picciani, iniciada em maio. Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo. Após as investigações, a Justiça entendeu que não havia envolvimento dos Perrella. O helicóptero foi devolvido à família.

Na CPI do Futebol no Senado, Perrella pai vota constantemente em favor dos interesses da CBF, embora o discurso seja de “moralidade no futebol brasileiro”.


Dono de helicóptero apreendido com cocaína é nomeado para o Esporte
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O Diário Oficial da União, em sua edição desta sexta-feira, 17, publicou a nomeação de Gustavo Henrique Perrella Amaral Costa para o cargo de  Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. Ele substitui a Ricardo Crachineski Gomyde, que ocupou o cargo até a semana passada, remanescente da gestão Dilma Rousseff na presidência da República.

Gustavo Perrella, 28, é filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro de Belo Horizonte, Zezé Perrella (PTB-MG). Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo.

Após as investigações, a Justiça entendeu que não havia envolvimento dos Perrella. O helicóptero foi devolvido à família.
Este não é o único secretário nomeado pelo novo ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que leva um histórico polêmico à Esplanada.

O filho do cantor Wando, Vanderley Alves dos Reis Júnior, conhecido como Vandinho Pitbull, foi nomeado no início do mês como assessor especial do Ministério dos Esportes. Ele já foi condenado na Justiça do Rio de Janeiro por porte ilegal de armas, de drogas e dupla tentativa de homicídios, conforme mostrou meu colega de UOL aqui em Brasília, Leandro Prazeres.

O secretário executivo do Esporte, Fernando Avelino, é ex-diretor do Detran do Rio e ganhou destaque na imprensa por estacionar seu carro blindado em local proibido, em frente à sede do Detran —foi flagrado pelo jornal “O Dia’‘ cometendo a infração por dois dias seguidos. Numa das vezes, o motorista parou o carro no corredor exclusivo de ônibus. Na outra, o carro do presidente do Detran ficou embaixo da placa de proibido estacionar.

Em maio,  Leandro Cruz Froes da Silva tomou posse como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. No currículo, carrega a mácula de ter sido preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade.


Novo secretário do Ministério do Esporte foi preso por porte ilegal de arma
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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) nomeou Leandro Cruz Froes da Silva para secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. A efetivação no cargo foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23.
Froes foi assessor da liderança do PMDB na Câmara quando Picciani fazia as vezes de líder do partido na Casa. E também fez parte da equipe de Picciani em seu gabinete na Câmara. Ele carrega no currículo, no entanto, uma mácula.

Quando era secretário de Transportes e Serviços Públicos de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Froes foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade. O caso ocorreu em setembro de 2006, quando Froes estava em um carro com outros três amigos no momento da prisão e teria discutido com os policiais, que chegaram ao local através de uma denúncia anônima.

Aqui está a notícia da época da prisão do novo secretário escolhido por Picciani.

Outros secretários escolhidos por Picciani também chegam ao ministério com um histórico de controversias. Basta lembrar que Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrella (PTB-MG) deve ser o secretário de futebol. Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo.

Já o secretário executivo do ministério será Fernando Avelino, ex-diretor do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio e ligado ao PMDB fluminense. Na semana passada, a Folha de S.Paulo publicou que Avelino ficou famoso por estacionar seu carro blindado em local proibido, em frente à sede do Detran —foi flagrado pelo jornal “O Dia” cometendo a infração por dois dias seguidos.
Numa das vezes, o motorista parou o carro no corredor exclusivo de ônibus. Na outra, o carro do presidente do Detran ficou embaixo da placa de proibido estacionar.


Eurico Miranda e Alexandre Kalil são convidados a depor na CPI do Futebol
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Eurico Miranda e Alexandre Kalil são esperados na próxima sessão da CPI do Futebol no Senado. A audiência com os dois cartolas está agendada para a tarde da quarta-feira, 14. Sessões em semana com feriado, como esta que entra, costumam ser menos frequentadas, mas a contar pelas discussões quentes das duas últimas reuniões, esta pode ser uma das mais barulhentas.

Eurico incentivou o Baixinho a entrar na política. Embora se considerem amigos, os dois se encontram em lados diferentes.

O Vasco deve muito à CBF. Conforme mostrou meu colega Rodrigo Mattos em seu blog no UOL Esporte, o clube de São Januário é o maior devedor da confederação, com R$ 16 milhões a pagar. E a CBF foi generosa: “O dinheiro terá de ser pago a longo prazo pelo balanço vascaíno. Do total do débito do clube, só R$ 1,2 milhão terá de ser quitado em 2014, sendo o restante de R$ 14,8 milhões nos anos seguintes”, explicou Mattos em sua página.

Romário não se furta em atacar a CBF seja nos discursos em plenário, ou nas entrevistas. Já foi advertido por senadores sobre sua postura, mas ele mantém-se disparando contra a entidade, a qual deu um novo significado para a sigla CBF: “Casa Bandida do Futebol”.

Rivalidade mineira em Brasília
Já Kalil, ex-presidente do Atlético-MG, recém-eleito presidente da Liga Sul-Minas-Rio, reencontrará Zezé Perrella (PDT-MG), ex-presidente do Cruzeiro. Os dois tiveram diversos embates públicos quando davam as cartas em seus clubes em Minas Gerais. Ao saber que Kalil seria convidado para a CPI, Perrella interveio: “Convoca ele também, uai”, pediu na última quarta-feira, 7.

Porque a convocação não pode ser recusada, já o convite sim, e cartolas dos clubes da liga presidida por Kalil foram todos convidados a comparecer à última audiência pública da comissão, mas cada um alegou um motivo para não se fazer presente.

Perrella elogiou a iniciativa de levar o atleticano à CPI, mas não deixou de provocar: “A gente discutia muito, cada um defendendo, obviamente, o seu clube, mas eu o respeito como dirigente, foi um excelente dirigente. Quando eu estava lá, ele não ganhou nada. Até brinquei com ele dizendo que depois que eu saísse ele teria alguma chance. E acabou sendo campeão da Libertadores. Mas é um grande dirigente. E a contribuição dele aqui eu sei que vai ser importante para a gente.”


Senador da CPI do Futebol prega a extinção das federações estaduais*
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Daniel Brito

Zezé Perrela fez discursos contra as federações (crédito: Folhapress)

Em discurso, Perrela disse que federações estaduais são “apenas cartórios” (crédito: Folhapress)

O senador Zezé Perrella (PDT-MG) terá a oportunidade de repetir aos presidentes das federações estaduais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, nesta terça-feira, 29, o que sempre bradou nas tribunas do Senado: o fim das federações estaduais de futebol.

A 11ª sessão da CPI do Futebol nesta terça terá a presença do Rubens Lopes, mandatário da entidade que comanda a modalidade no Estado do Rio, e Castellar Modesto Guimarães Neto, gestor em Mnas Gerais. Perrela é um dos membros da comissão.

Desde os acalorados debates para a MP 671 (a Medida Provisória do Futebol, o Profut) ainda no primeiro semestre, Perrella apregoa a extinção dessas federações. Logo nas primeiras reuniões da CPI no Senado, ele voltou à carga.

“Na verdade, as Federações Estaduais são cartórios apenas para registrar os jogadores. Esse modelo é atrasado. É o único país do mundo que tem federações estaduais ou regionais”, criticou Perrela, ainda na 3ª sessão da CPI, no início de agosto. “O Brasil é o único país do mundo que tem campeonatos estaduais. As federações, para mim, não têm necessidade de existir, todas elas. E os campeonatos estaduais só existem porque se os campeonatos estaduais acabarem as federações acabam junto”, completou.

Para atacar as entidades regionais, filiadas à CBF, Perrella critica, e muito, a existência dos campeonatos estaduais. “É um negócio inexplicável que ainda exista campeonato estadual no Brasil. Eu acho que, enquanto nós não acabarmos com isso, dificilmente vamos evoluir. E as federações são fechadas. Obviamente que o dia em que não tivermos mais os estaduais, acabam-se as federações”, opinou.

O posicionamento de Perrella foi corroborado por todos os membros da CPI, que concordaram em convidar os presidentes de federações para uma audiência pública. Além de Rubens Lopes e Guimarães Neto, foram chamados para a reunião Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, de São Paulo, Evandro Barros de Carvalho, de Pernambuco, Gustavo Vieira, do Espírito Santo.

A mesa diretora da CPI chegou a anunciar o cancelamento da audiência, porque os cartolas não avisaram se viriam Apenas no início da noite dessa segunda-feira, 28, foi confirmada a sessão, com Lopes e Guimarães Neto.

* Atualização: O senador Zezé Perrella não compareceu à audiência pública com os presidentes de federações estaduais na CPI do Futebol no Senado.


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