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Subsecretário diz que 80% das UPPs estarão seguras para visitas no Rio-2016

Daniel Brito

Arquivo Pessoal

Nadadores italianos pediram para visitar a Rocinha antes do Desafio Raia Rápida, na semana passada

Ocorre com frequência entre os estrangeiros que desembarcam no Rio a curiosidade de conhecer uma favela. Foi assim, por exemplo, na semana passada. Os nadadores italianos que vieram ao país participar do desafio da Raia Rápida, no Rio, pediram para fazer o roteiro básico do gringo na cidade: Corcovado, Pão de Açúcar, Maracanã, churrascaria e…Rocinha.

Foram, tiraram foto, postaram nas redes sociais, ganharam destaque na imprensa italiana. E seguiram viagem.
Para Roberto Alzir, subsecretário Extraordinário de Grandes Eventos, da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, é uma prática comum, mas que merece ressalvas.

“É uma curiosidade, normalmente o estrangeiro gosta de conhecer nossas favelas, porque elas são famosas. Nós temos 38 UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora] instaladas, com nove mil policiais em atividade. O critério que utilizamos para visita é que, primeiro, se for para alguma favela, se houver essa curiosidade, essa necessidade, que vá para uma com UPP instalada”, pediu Alzir, durante sessão na Câmara dos Deputados nesta semana que debateu o planejamento de segurança pública dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio.

“Dentre as que têm Unidade de Polícia Pacificadora, há 80% pacificada e temos 20% que apresentam algum nível de preocupação. Nesse contato que a gente tem com as delegações, com a representações estrangeiras, com os corpos consulares, a gente procura direcionar as visitas para aquelas favelas que estão pacificadas”, recomendou.

A segurança dos visitantes é um tema muito comentado pela imprensa internacional. Em recente viagem a Washington D.C., a presidente Dilma Rousseff afirmou repetidas vezes aos jornalistas dos Estados Unidos que o Brasil receberá com segurança todos que participarem dos Jogos-2016.

Alzir reforçou a tese da presidente na Câmara e afirmou que a violência do Rio de Janeiro é disseminada sem embasamento pela internet. “O Rio tem uma tradição muito grande de atendimento ao turista. realizamos todos os anos o Réveillon e o carnaval  recebendo gente de todos os lugares. Somos sempre bem avaliados, a despeito da imagem negativa que o Rio de Janeiro tem no cenário nacional e internacional. Isso se deve muito em função das redes sociais, por vezes descolada dos números oficiais. Até por ser uma caixa de ressonância do Brasil, tudo o que acontece no Rio ganha uma repercussão muito maior que ocorre nas outras cidades”, defendeu.

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