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Governo do DF recomenda férias escolares durante Jogos Olímpicos-2016
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Daniel Brito

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Mané Garrincha, que terá 10 jogos em 2016, segue servindo de terminal (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O GDF (Governo do Distrito Federal) pede às instituições de ensino da capital federal que “considere a possibilidade” de dar férias aos alunos durante a realização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Brasília foi contemplada com 10 partidas de futebol nos Jogos-2016 em um período de oito dias, de 4 a 12 de agosto.

É justamente neste período que o GDF sugere as férias aos colégios da rede privada. “No caso de suspensão das atividades escolares, a instituição deverá lançar no calendário escolar os respectivos dias como recesso escolar, ressaltando-se a necessidade de cumprir os dias letivos e a carga horária total previstos na legislação em vigor”, ressalvou o governo local em resolução publicada no DODF (Diário Oficial do Distrito Federal) de 29 de setembro. O ano letivo deve contar com 200 dias e carga horária mínima de 800 horas.

A ideia é replicar o modelo que deu certo durante a Copa do Mundo do ano passado, em que houve férias de um mês entre o primeiro e o segundo semestre na rede pública. O calendário letivo de 2016 das escolas do governo ainda não foi divulgado oficialmente.

A recomendação de folga durante a realização de grandes eventos na cidade se dá para que não haja problemas com trânsito para turistas e delegações estrangeiras. No Mundial da Fifa funcionou.

Mas o curioso é que o estádio Mané Garrincha, reerguido, inicialmente, com o propósito de ser uma das sedes da Copa do Mundo, terá quase 50% a mais de jogos nas Olimpíadas do que no evento da Fifa, em 2014. O Mundial levou ao Distrito Federal sete partidas em um período de 24 dias.

Para 2016, o prazo mínimo de 72 horas respeitado pela Fifa entre duas partidas só será respeitado uma vez. Até porque os Jogos-2016 têm 16 dias de duração, contra 30 do Mundial. Nas olimpíadas, haverá rodadas duplas em Brasília nos dias 7, 9 e 10 de agosto.


Jogo do Fla no DF rendeu mais à FERJ do que ao dono do Mané Garrincha
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Daniel Brito

A FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) lucrou mais que o dono do estádio Mané Garrincha no jogo da quinta-feira, 17, em Brasília. Na vitória do Coritiba por 2 a 0 sobre o Flamengo diante de mais de 67 mil torcedores a entidade fluminense apurou R$ 383.247,00. O Governo do Distrito Federal (GDF), que ainda administra o estádio, recebeu 30% a menos.

Os anfitriões ficaram com somente R$ 268.273,00 que corresponde a 7% da renda bruta. Já o quinhão da FERJ representa 10%. O jogo bateu recorde de bilheteria. Foram arrecadados, segundo divulgou a FERJ em borderô publicado no sábado, no site da CBF, R$ 3.995.500.

Abaixo, o resumo do boletim financeiro da partida:

Receita R$ 3.995.500
Taxa FERJ R$ 383.247
INSS 5% Decreto 832 R$ 188.775
Arbitragem (taxa de arbitragem, seguro, reembolso passagem) R$ 10.219,76
Despesa operacional (com INSS) R$ 24.000
Delegado (com INSS) R$ 2.760
Controle de Doping R$ 4.920
Seguro público presente R$ 3.350,55
Taxa de ocupação do estádio R$ 268.273,25
Material de expediente R$ 20
Taxa Federação Brasiliense de Futebol R$ 191.623
Credenciamento R$ 3.675
Ingressos promocionais R$ 163.025
Supervisor de protocolo CBF R$ 1.000
Despesa do Flamengo R$ 6.000
Operação do jogo R$ 1.286.274
Retenções (INSS e IRRF arbitragem, operacional) R$ 2.108,31
Total de despesas R$ 2.548.165,00
Penhora R$ 217.100,25
Resultado Final para o Flamengo R$ 1.230.234,75

O Flamengo só jogou em Brasília porque o GDF promoveu um desconto de 50% na taxa de ocupação do Mané Garrincha, que até então só havia recebido cinco partidas neste ano. O estádio representa um problema para o governo da capital.

Sem uso, ele consome aproximadamente R$ 800 mil mensais de manutenção do GDF. A taxa de 15% é considerada alta pelos clubes, que quando querem vender o mando de campo a alguma empresa, vão para Cuiabá, por exemplo. Por isso, o governo teve de dar este abatimento, principalmente no momento em que o DF passa por um severa crise financeira. A reconstrução do Mané Garrincha para a Copa do Mundo, no valor estimado de R$ 1,8 bilhão contribuiu para o agravamento do problema.