Policiais estrangeiros circularão entre os torcedores no Parque Olímpico
Daniel Brito
A segurança dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016 contará com o reforço de agentes policiais de outros países transitando entre os locais de competição e de grande concentração de público.
Eles se juntarão aos mais de 47 mil agentes de segurança pública do Brasil que serão responsáveis pelo bom andamento das competições. Grande parte deles ficará na região da Barra da Tijuca, que concentra 57% dos eventos dos Jogos-2016.
Os policiais que circularão entre o público não estarão armados e devem trajar a farda da corporação que representa, mesmo estando em atividade no Rio. Por exemplo, o policial argentino ou russo, poderá ser reconhecido por ostentar o uniforme que utiliza em operações no país de origem. E estarão sempre acompanhado de um policial federal brasileiro. A PF chama este agente de “spotter”, que em tradução livre do inglês significa “detetive”.
“Os spotters trazem um efeito positivo porque o estrangeiro vê aquela figura e pensa: “Opa, aqui tem policial do meu país”. Traz aquela certeza do apoio e até um efeito de constrangimento de ação, já que o policial está ali para evitar qualquer ação. E tem também a questão do idioma. Quando falamos aqui de argentinos, ingleses, espanhóis, é fácil dialogar com eles, mas há países com idiomas que os policiais brasileiros não dominam, com idiomas raros, e esses policiais vêm para auxiliar”, explicou Andrei Augusto Passos Rodrigues, Secretário Extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça.
Ele está à frente da pasta criada para coordenar, avaliar e definir os atos da segurança pública dos Jogos. E tem a obrigação de promover a integração de todos os niveis de governo, inclusive com as polícias estrangeiras. A informação sobre a atuação dos spotters foi dada durante audiência pública na Câmara dos Deputados na Comissão de Esporte.