Ex-ministro podia não ser chegado ao esporte, mas se divertiu para valer
Daniel Brito
Havia sete meses que George Hilton caíra de paraquedas no Ministério do Esporte. Na cerimônia de entrega de medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015, ele subiu ao degrau mais alto do pódio para entregar o ouro ao judoca brasileiro Charles Chibana. Mal percebeu a grande heresia que cometera, ou na linguagem das ruas, uma tremenda gafe.
Quem é do esporte sabe: pódio é solo sagrado, só os atletas premiados podem pisar nele.
Com o gesto, George Hilton apenas confirmou o que deixara avisado no dia de sua posse, ainda na primeira semana de janeiro de 2015: “Posso não entender de esporte, mas entendo de gente”.
Hilton vai-se da Esplanada com um inventário raso para o Esporte, com poucos programas de autoria própria. Foi beneficiado pelo trabalho feito na gestão anterior, de Aldo Rebelo, hoje na Defesa. Mas ocupou o quadro de secretários do segundo escalão com antigos correligionários do PRB, partido que ele trocou para permanecer no cargo. O que não ocorreu. E os secretários permanecem, sem perspectiva de sair.
Pode orgulhar-se, contudo, de ter passado alguns dos 15 meses mais divertidos da sua vida.
Se não, vejamos: