Blog do Daniel Brito

Arquivo : CPI do Futebol no Senado

Coronel Nunes usa convocação da seleção para recusar convite da CPI
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Daniel Brito

O presidente interino da CBF, Coronel Antônio Nunes, recusou o convite de comparecer à CPI do Futebol no Senado e deu como justificativa os jogos da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa-2018 contra Uruguai e Paraguai. Acontece, que a comissão o convidou para depor no dia 2 ou 3 de março, e os duelos contra as seleções vizinhas só serão em 25 e 29 de março, respectivamente.

Em ofício enviado à secretaria da CPI, Coronel Nunes afirmou: “Informo minha impossibilidade de comparecer [à CPI no Senado] devido a compromissos inadiáveis, marcados anteriormente, que me impedem de ausentar-se da CBF nos dias 2 e 3 de março, dentre os quais a convocação da seleção brasileira para os jogos contra o Uruguai e Paraguai”.

A CBF publicou ontem que a convocação da seleção será às 11h da quinta-feira, 3 de março. Geralmente, as sessões da CPI ocorrem no início da tarde da quarta-feira, daí a proposta de comparecer em Brasília no dia 2. Mas o cartola declinou do convite.

Ele ainda informa que não poderá comparecer nos dias 7, 8, 9 e 10 de março e elencou os motivos: “Assembleia Geral Ordinária da CBF em 7 de março; reunião do Conselho Técnico da Série C do Campeonato Brasileiro, dia 8; Conselho Técnico da Série B do Campeonato Brasileiro, dia 9; Conselho Técnico da Série A do Campeonato Brasileiro, dia 10”.

Assim, o presidente interino da CBF tenta esfriar a CPI, uma vez que os senadores aliados à confederação e nem a assessoria parlamentar da entidade não conseguiram impedir em plenário a quebra de sigilos bancários e fiscais de diretores e ex-diretores da CBF.

Uma alternativa para a CPI será utilizar a intimação que foi feita no final do ano passado para que todos os presidentes de federações estaduais comparecessem ao Senado. Nunes é presidente licenciado da Federação Paraense de Futebol e, por isso, deve ser intimado a depor, apesar de tantos compromissos para o mês de março.


Coronel Nunes deve ser convocado a depor na CPI do Futebol no Senado
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Daniel Brito

O presidente interino da CBF, Coronel Antônio Nunes, entrou na mira da CPI do Futebol no Senado. Sua convocação para prestar esclarecimentos em Brasília deve ser votada tão logo os senadores retomem as atividades na comissão, a partir da próxima semana.
O cartola terá de explicar como foram gastos os recursos do governo do Estado do Pará para a Federação Paraense de Futebol, da qual Nunes foi presidente. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por esse patrocínio.

“Não é só uma análise formal dos gastos com dinheiro público. Vamos checar se os princípios da administração pública foram aplicados na gestão desses recursos financeiros. O presidente, por exemplo, não pode contratar pessoa com relação de parentesco ou afinidade”, afirmou ao jornal “O Estado de S.Paulo” o promotor Sávio Rui Brabo de Araújo, responsável pela investigação nas contas da Federação Paraense.

Se aprovada a convocação, será a segunda vez que Nunes deporá aos senadores na CPI do Futebol. Em outubro passado, ele compareceu na condição de convidado, ainda como mandatário da Federação Paraense, e exaltou o contrato entre a entidade e o governo estadual.

“O governo do Estado do Pará é o patrocinador master do futebol paraense. Recursos de convênios firmados com a Federação de Futebol, garantem o transporte, hospedagem e alimentação das delegações visitantes; publicidade do Banco do Estado do Pará, diretamente com os clubes. Então, o governo do Pará está nos ajudando a manter, vamos dizer assim, integrando o Estado do Pará, através do futebol. Há dois anos, houve uma campanha de divisão do Estado do Pará e usaram muito o futebol para dizer que o futebol já estava integrado ao futebol do Pará, não tinha por que dividir”, defendeu Nunes quando de sua primeira aparição na CPI no Senado.

Coronel Antônio Nunes também terá de prestar esclarecimentos sobre o processo de sucessão presidencial que está em curso na CBF. A CPI do Futebol no Senado ainda tem 17 requerimentos para ser votados nas próximas sessões.


Deputado já não esperava abertura de CPI do Futebol na Câmara
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Daniel Brito

Autor do pedido de instalação da CPI do Futebol na Câmara dos Deputados, o deputado João Derly (Rede-RS), disse que já não esperava a criação da comissão da comissão. A confirmação veio na noite de quinta-feira, 28, por meio de uma notícia da Agência Câmara, na qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O requerimento de Derly é de junho, na esteira das prisões efetuadas pelo FBI em Zurique, na qual José Maria Marin foi detido quando estava hospedado no luxuoso hotel Bar au Lac, na cidade Suíça.

“Eu já não esperava mais pela CPI. Mas no final de novembro do ano passado perguntei ao presidente Eduardo Cunha se havia a possibilidade de ela ser aberta. Foi quando ele me avisou que em março a CPI do Futebol seria instalada na Câmara”, disse Derly ao blog.

As irregularidades envolvendo os negócios da CBF e da Fifa no Brasil devem começar a ser debatidas pelos deputados ainda em fevereiro, após o fim da CPI do BNDES, prevista para a semana seguinte à do Carnaval. A demora para instalação da CPI na Câmara é justificada por um item no regimento interno da Casa. Apenas cinco comissões de inquérito podem ser realizadas paralelamente, o que já estava em curso em junho, quando Derly entrou com o pedido. Assim ele entrou em uma longa fila, que agora chega ao fim, segundo o anúncio de Cunha.

Ela vai correr em paralelo com a do Senado, de autoria de Romário (PSB-RJ), que também a preside. Os senadores já trabalham nas investigações desde agosto e a previsão é de que dure até a metade deste ano.

‘O ideal seria uma CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito], com a participação de senadores e deputados, mas não foi possível. Então, vamos estudar tudo o que foi feito no Senado, pegar alguns fatos que ocorreram lá para não errar na apuração na Câmara”, previu.

O deputado disse que não acredita que a abertura da CPI do Futebol tenha como propósito desviar os holofotes do processo de cassação de mandato de Cunha por envolvimento no escândalo da Lava Jato. “Isso só vou conseguir responder com certeza quanto estiver em Brasília”, avisou o deputado, que está em recesso até a próxima semana.


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