Deputado, diretor da CBF, se cala sobre prisão de Cunha, seu maior aliado
Daniel Brito
Desde que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi preso, o blog tenta contato com o deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG). Ele acumula o cargo com o de diretor de “Ética e Transparência” da CBF e é um dos maiores aliados de Cunha. Porém, desde que começou a derrocada de Cunha em Brasília, quando teve o mandato cassado, em setembro, Aro tirou o time de campo.
Aro tinha no ex-presidente da Câmara uma espécie de irmão mais velho. Sempre o acionava em brigas e desavenças nas comissões. Quando ainda era vereador em Belo Horizonte, Aro concedeu título de cidadão honorário de Belo Horizonte ao carioca, que agora está em vias de perdê-lo.
Cunha deu uma sala na Câmara à liderança do nanico PHS, do qual o mineiro foi líder no início do mandato. Frequentemente, Aro puxava coro do plenário: “Olê olê olê olá Cunha Cunha”. O jornal “O Estado de Minas” aponta influência de Cunha na indicação do mineiro para o corpo diretivo da CBF. Parentes de Aro já foram alvo da CPI do Futebol, no Senado, em 2001. A família dele ficou à frente da FMF (Federação Mineira de Futebol) de meados de 1960 até os anos 1990.
Aro notabilizou-se durante o processo de admissibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao ir às sessões com uma miniatura do boneco do ex-presidente Lula em traje de presidiário, popularmente chamado de Pixuleco
Não compareceu à sessão que votou pela cassação de Cunha. Em sua página no Facebook disse com todos as letras: “A cassação é uma medida excessiva”.
E sobre a prisão de Cunha?
Bom, o blog não obteve retorno do deputado federal Marcelo Aro desde que o ex-parlamentar do PMDB do Rio trocou o terno e gravata de Brasília pelo uniforme de presidiário, em Curitiba.