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CBB monitora renovação contratual de Nenê para não perdê-lo nos Jogos-2016

Daniel Brito

Atual contrato de Nenê com Wizards lhe rende R$ 50 mil anuais (Divulgação)

Atual contrato de Nenê com Wizards lhe rende R$ 50 mi anuais (Divulgação)

A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está monitorando o pivô Nenê, do Washington Wizards, na temporada 2015-2016. A entidade acompanha de perto a negociação da renovação contratual do atleta com a agremiação da capital dos Estados Unidos. O objetivo é não ser surpreendido às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e não poder contar com o astro no evento em casa.

“Estamos monitorando a situação do Nenê, que vai estar sem contrato ao final da temporada. Conversamos semanalmente, se nao é com ele, é com o agente ou o responsável por ele, alguem que convive proximamente com o atleta. A expectativa é de que em maio, para que ele possa disputar a Olimpíada do Rio tranquilamente”, explicou Vanderlei Mazzuchini, diretor técnico da CBB.

O vínculo de três anos do Nenê com o Wizards se encerra, de fato, ao final do campeonato 2015-2016. O acordo lhe rende nada menos que US$ 13 milhões anuais (R$ 50 milhões). Pelo que indicou Vanderlei, ambas as partes (time e atleta) têm interesse na renovação. Nenê tem 32 anos.

Renovação de contrato costuma ser um dos maiores motivos alegados pelos jogadores da NBA para não se apresentar à seleção brasileira. É só lembrar que Tiago Splitter, até então assíduo frequentador da equipe nacional, não pôde comparecer no Pré-Mundial de 2013 e o Brasil teve uma participação vexatória. À época, Splitter negociava novos termos no acordo com o San Antonio Spurs. O mesmo houve com Leandrinho e também com Anderson Varejão, lá atrás, em 2007, quando desfalcou a seleção no Pan do Rio-2007.

Segundo Vanderlei, este problema dificilmente ocorrerá com a seleção masculina para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. “Estabelecemos a seguinte rotina para as convocações da seleção: nos anos que não há competição maiores, como um Mundial ou Jogos Olímpicos, a gente abre mão dos atletas da NBA, até para ter uma relação amistosa tanto com os agentes dos atletas, com os atletas e principalmente com as equipes da NBA. Em 2016, não vamos ter problemas com ninguém justamente por esse acordo”, explicou o ex-jogador e hoje dirigente, durante sessão da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados, em Brasília, na semana passada.