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Arquivo : Manoel Luiz Oliveira

Handebol promoverá “trem da alegria” com federações estaduais na Rio-2016
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Daniel Brito

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Manoel Oliveira, presidente da CBHb há 27 anos: “Não será dispendioso” (divulgação)

A CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) fará um “trem da alegria” com os presidentes de federações estaduais com dinheiro público durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016.  O presidente da confederação, Manoel Luiz Oliveira, no cargo desde 1989, vai pagar com recursos dos patrocínios as passagens aéreas e os ingressos a todos os 27 presidentes das afiliadas à CBHb. Coincidência ou não, esses são os que têm direito a voto na CBHb.

É uma promessa feita em público e até mesmo registrada em cartório. Consta na ata da assembleia da CBHb de março passado, com todos os cartolas estaduais. Manoel Luiz Oliveira reiterou a promessa na reunião e até informou que só não arcará com a hospedagem do grupo porque ficou muito caro.

“Não vai ser nada dispendioso, porque não vamos pagar  hospedagem, que nesta época vai estar caríssima no Rio.  Serão só os presidentes de confederação, os diretores da CBHb e alguns membros da comissão técnica, que não podem ser inscritos na delegação olímpica”, explicou-me, por telefone, Oliveira.

Ele não revelou o total desembolsado pelo trem da alegria do handebol, mas disse que será pago com recursos dos patrocinadores da CBHb. No ano passado, a confederação faturou cerca de R$ 10 milhões em patrocínios. A entidade sobrevive graças a volumosos aportes finaceiros de estatais, notadamente Correios e Banco do Brasil. No entanto, no exercício de 2015, a CBHb registrou um déficit superior a R$ 2 milhões.

“Muitos dos gestores [presidentes de federações]  vêm de Estados de origem de atletas que estão representando a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio. Nem todos os jogadores são de Rio ou São Paulo. Tem gente de todos os cantos do país, e é importante que essas pessoas [presidentes de federações]  tenham a oportunidade de participar da Olimpíada, porque é um aprendizado. Eles [presidentes de federações]  vão fazer análises e verificação de tendências, inovações no jogo e monitoramento das novas regras do handebol”, justificou-se Manoel Luiz Oliveira.

Os presidentes de federações estaduais se organizaram e alugaram uma casa no Rio para se hospedar. A casa,  no entanto, não acomoda 27 dirigentes por dia, houve até um princípio de desentendimento, porque alguns teriam que ser obrigados a dormir no chão. Assim, nem todos ficarão no Rio durante todo o período dos Jogos Olímpicos, muito embora tenham ingressos garantidos para todas as apresentações das seleções brasileiras masculina e feminina.

Questionado sobre a possibilidade de bancar ex-atletas ou representantes históricos da modalidade no país, Oliveira desculpou-se: “Não vamos poder contemplar os ex-atletas olímpicos do handebol,Adoraria, mas é que não estamos em condições de ter este gasto agora.”


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