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Nuzman diz que não fará mais eventos esportivos: “Cheguei ao meu limite”
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Daniel Brito

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Nuzman fez palestra aos servidores do Senado, em Brasília (Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, 74, disse que não irá organizar mais eventos esportivos. A afirmação ocorreu na tarde de terça-feira, 25, no Senado, em palestra voltada apenas para servidores da casa. Em pouco mais de uma hora, Nuzman falou sobre os resultados dos Jogos Olímpicos e comentou sobre seus próximos passos.

“É muito importante vivermos de desafios. Eu adoro. Saindo aí de 15 anos organizando grandes eventos: Jogos Sul-Americanos-2002, Pan-Americanos-2007, Jogos Olímpicos-2016, é natural que eu tenha me questionado sobre os próximos desafios. Bom, em breve eles virão, mas eu não vou organizar mais eventos. Chega. Cheguei ao meu limite ao terminar os Jogos Olímpicos”.

Como já é sabido, Nuzman conquistou o direito de passar mais quatro anos à frente do Comitê Olímpico Brasileiro. Se este for seu último mandato, como se crê, deixará a entidade em 2020, após os Jogos de Tóquio, com 25 anos de presidência. Cogitou-se a possibilidade de ele candidatar-se à presidência da ODEPA (Organização Desportiva Pan-Americana), responsável pela organização do Pan e dos Jogos Sul-Americanos.

Após o fim da palestra, questionei Nuzman sobre esta afirmação. O diálogo transcorreu da seguinte forma.

– Blog do Brito: Em sua apresentação, você disse que não fará mais eventos esportivos, porque chegou ao seu limite. Quais são seus próximos planos?
Carlos Arthur Nuzman: Por enquanto não tem nada. Quando houver, anunciarei.
– Mas a Odepa é um horizonte?
Não tenho nenhuma decisão a respeito. 
– Vitor de Moraes (repórter do Correio Braziliense): Existe a possibilidade de você se afastar do COB para concorrer à presidência da Odepa?
Eu me afastar? Primeiro, não precisaria. Segundo, eu não decidi sobre isso.

Também perguntei sobre sua sucessão no COB e o novo vice-presidente da entidade, Paulo Wanderley, advindo da Confederação Brasileira de Judô. “O André Richer [vice de Nuzman no COB até então] foi durante muito tempo meu vice, mas ele já não queria mais continuar. Então escolhi o Paulo Wanderley, pelo excepcional trabalho que faz no judô. Agora, sobre sucessão, quem trata são as confederações, não sou eu”.

Antes de Tóquio-2020, bem antes, Nuzman afirma querer lançar dois livros e um filme sobre os Jogos Olímpicos do Rio-2016, do qual era presidente do Comitê Organizador. Os livros serão sobre a candidatura do Rio para receber a Olimpíada e outro sobre os Jogos em si. Já o filme, será como um documentário do evento. “Até o final do ano fica pronto, Aí a gente traz aqui [no Senado] e convida os senadores. Vamos dar essa colher de chá para eles”.


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