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Jadel Gregório, 35, treina nos EUA para último salto da carreira na Rio-16
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Daniel Brito

Jadel Gregório vem aí.

Não é a primeira vez que o leitor atento ao noticiário olímpico lê esse tipo de aviso. Mas esta pode ser a última. Pelo menos, no que diz respeito à participação do triplista paranaense em Jogos Olímpicos.

Nascido há 35 anos na pequenina Jandaia do Sul, de apenas 20 mil habitantes, Jadel dedica-se para conquistar a vaga no salto triplo nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. É lá no Estádio Engenhão onde ele espera se despedir da carreira como atleta.

É a quinta vez que ele tenta garantir-se em uma Olimpíada. Participou de Atenas-2004 e Pequim-2008. Não fosse pelas lesões, poderia ter ido a Londres-2012 e até Sydney-2000, quando ainda nem completara 20 anos.

Desta vez, ele exilou-se voluntariamente em San Diego, Califórnia. Foi com a mulher e os filhos. Lá treina, estuda e compete. No mês passado, ganhou destaque no jornal da cidade pelos resultados obtidos em competições locais.

“A ressureição da carreira de triplista brasileiro”, estampou o San Diego Tribune em sua edição impressa e online. A matéria assinada pelo jornalista Mark Zeigler traça um perfil discreto de Jadel na prova em San Diego. “Jadel já saltou mais longe do que qualquer um ali na competição, com seus 20 e poucos anos, poderia sonhar. Sem roupas de marca e com seu tênis resistido, sem marca. ‘Comprei esses aqui por US$9 na internet’”, relatou Zeigler em seu texto.

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Importante lembrar que Jadel passou por cirurgia nos dois joelhos em 2011 e, coincidentemente, após este episódio, perdeu o patrocínio de uma fabricante de material esportivo.

Do Brasil, Jadel recebe orientações de Antônio Carlos Gomes, seu técnico há cinco anos, e superintendente de alto rendimento da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). A partir de suas orientações, Jadel tem conquistado marcas importantes. No dia em que falou ao San Diego Tribune, em 16 de abril, alcançou 16,27m, e foi segundo lugar. Melhorou a marca nove dias mais tarde, em outra competição com 16,35m e sagrou-se campeão do Triton Invitational, na Universidade de San Diego.

“Jadel virá ao Troféu Brasil muito bem. Até agora está indo muito bem nos torneios nos Estados Unidos, acreditamos que virá para o índice olímpico em junho”, projetou o técnico Antônio Carlos Gomes.

Para garantir vaga, ele precisa saltar 16,85m, no mínimo, no Troféu Brasil, no final de junho, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Atualmente, é o quarto do ranking nacional. Só os três primeiros com índice vão ao Rio-2016. “Jadel cumpriu o papel dele no atletismo, foi medalhista mundial indoor e outdoor, campeão do Pan-Americano, recordista brasileiro e sul-americano, enfim…Fizemos uma preparação longa para que ele encerre bem a carreira aqui no Brasil, nos Jogos Olímpicos do Rio-2016”, disse Gomes.

 


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