CPI do Futebol aprova quebra de sigilo de ex-namorada de Del Nero
Daniel Brito
A CPI do Futebol no Senado aprovou a quebra dos sigilos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, incluído o Relatório de Informações Fiscais (RIF) da apresentadora e modelo Carolina Galan, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da CBF, desde 1 de janeiro de 2013 até hoje.
Mas a CPI retirou da pauta a quebra dos sigilos de Kleber Leite, da sua empresa, a Kefler, e do advogado ngelo Frederico Gavotti Verospi, além de adiar o requerimento que pede a cópia dos os dois contratos envolvendo o jornalista Mário Rosa, apreendidos na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),na cidade do Rio de Janeiro (RJ), como parte da Operação Acrônimo.
Desde novembro que o pedido para investigar as atividades telefônicas, fiscais e bancárias de Carol Galan estavam na pauta, mas foi constante adiado pelos senadores. As análises da equipe da CPI encontraram movimentações suspeitas nas contas da modelo. O requerimento só entrou em votação realizada nesta quarta-feira, 17, na primeira sessão do ano.
Carol manteve um relacionamento estável com Marco Polo por quase cinco anos até meados de 2014, enquanto Del Nero era o mandatário da FPF (Federação Paulista de Futebol). Durante este período, foi apresentadora de um programa infantil de auditório em espaço na grade de programação da Rede Vida comprado pela FPF.
Coronel Nunes convidado
A comissão também aprovou o convite ao presidente interino da CBF, Coronel Antônio Nunes, na primeira sessão deste ano, na tarde desta quarta-feira, 17. O cartola terá de explicar como foram gastos os recursos do governo do Estado do Pará para a Federação Paraense de Futebol, da qual Nunes foi presidente. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por esse patrocínio.
Dos 13 requerimentos colocados em votação, todos foram aprovados sem ressalvas. Inclusive a quebra dos sigilos de Rogério Caboclo, homem de confiança de Marco Polo, diretor executivo de gestão da CBF, Ariberto Pereira dos Santos, tesoureiro da confederação durante a gestão Ricardo Teixeira (1989-2012), Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário-geral da CBF, Antônio Osório Lopes Ribeiro da Costa, ex-diretor financeiro da confederação.
Já o empresário Wagner José Abrahão, envolvido em negociações de imóveis com Marco Polo, terá de abrir seu sigilo telefônico e telemático (mensagens escritas) quebrados desde maio de 2007 a maio de 2015. O sigilo fiscal e bancário do empresário já havia sido quebrado.
Também serão devassadas pela CPI com a abertura do sigilo telefonico e/ou fiscal e bancário Lilian Cristina Martins, Rita de Cássia Rodrigues Moreira, Fernando Jales Oliveira, além das empresas Atena Operadora Turística Ltda e Zayd Empreendimentos 2025 Ltda.
“Nenhum requerimento entrou na pauta porque o presidente desta comissão acha ou pensa alguma coisa de alguém. Tudo que é proposto aqui é baseado nas investigações da nossa equipe aqui do Senado, que encontrou irregularidades envolvendo algum desses. É tudo baseado em dados e análises feitas com as quebras de sigilos desta CPI”, explicou Romário (PSB-RJ), presidente da CPI do Futebol no Senado.