Federação de remo pede em manual que atletas evitem até o mar na Rio-16
Daniel Brito
A FISA (sigla em francês para federação internacional de remo) divulgou um informativo elaborado por seu departamento médico com instruções de saúde e higiene aos atletas e treinadores que estarão no Rio para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Em cinco páginas, a entidade faz diversos alertas, muitos deles bem dsitante da realidade brasileira.
Por exemplo: logo na primeira página, a FISA alerta para que os atletas “não mergulhem no mar antes de qualquer competição” e lembrou que após as chuvas, há um aumento significativo da bactéria E.Coli, um microrganismo que afeta o interstino e pode até levar a morte, como ocorreu com algumas dezenas de pessoas na Europa, em 2011.
A entidade pede também que para escovar os dentes, os atletas usem apenas água potável de garrafa lacrada e não da pia. Antes das refeições, a FISA recomenda que as mãos sejam lavadas com água e, em seguida, com alcool em gel.
A federação faz um alerta para que só comam na Vila Olímpica, nos hotéis ou no local de competição, porque os alimentos são “controlados”. “Doenças originadas por comida e bebida são um problema significante. Têm alto risco os alimentos crus, como mariscos, ovo, salada, frutas, sorvetes ou alimentos que não estão em ambiente de refrigeração controlada. O risco mais alto está nos vendedores de rua e nos restaurantes de mercados”, apontaram os médicos da FISA.
A federação “recomenda fortemente” que o estrangeiro que vier ao Brasil tome uma bateria de vacinas para evitar o contágio de doenças como influenza, febre tifóide e hepatite tipo A. Além disso, pede uma atualização na carteira de vacina contra difteria, tétano, pertussis, sarampo, caxumba e rubéola, catapora, e diarreia.
A FISA lembrou que acompanha o monitoramento da água da Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão realizadas as provas de remo, mas pede que os atletas jamais bebam a água do local. E, ao final das cinco páginas de informativo, afirma: “A FISA comprovou de forma independente que os testes de nível da bactéria E.Coli fornece a informação necessária para fazer este julgamento”.
O material foi divulgado na quarta-feira, 24 de fevereiro, e pode ser lido na íntegra, em inglês, aqui neste link.