Bancada da CBF “some” e CPI aprova convocação de Teixeira e Del Nero
Daniel Brito
Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero e o filho terão de prestar depoimento à CPI do Futebol no Senado. A sessão desta quarta-feira, 6, aprovou requerimentos para que os cartolas compareçam a Brasília para prestar esclarecimentos “na condição de testemunha” sobre movimentações financeiras suspeitas.
A Bancada da CBF na comissão não compareceu e, com isso, a confederação sofreu esta derrota no Senado nesta quarta-feira. Assinaram presença os senadores Humberto Costa (PT-PE), Paulo Bauer (PSDB-SC), Donizetti Nogueira (PT-TO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Zezé Perella (PDT-MG). Randolfe, Zezé e Romário permaneceram em plenário durante a sessão.
Marco Polo, que já depôs como convidado em dezembro, irá ao Senado como testemunha para esclarecer possíveis irregularidades em contratos feitos para a realização de partidas da seleção brasileira e de campeonatos organizados pela CBF, assim como para a realização da Copa das Confederações-2013 e da Copa do Mundo Fifa-2014. Já Marco Polo Del Nero Filho terá de explicar sobre a abertura de contas no exterior, fato que havia sido negado pelo pai no depoimento de dezembro à CPI.
A convocação de Teixeira havia sido barrada por Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão, em reunião da CPI em meados de março, sob a alegação de “falta de embasamento”. A bancada da CBF apoiou o posicionamento de Jucá e derrubou a convocação de Teixeira na ocasião. Gladson Cameli (PP-AC), Hélio José (PMDB-DF), João Alberto (PMDB-MA), Ciro Nogueira (PP-PI), Davi Alcolumbre (DEM-AP) apoiaram a decisão de Romero Jucá em sessão realizada em março.
Porém, nenhum deles compareceu nesta quarta-feira, 6.
Nesta quarta-feira, contudo, o parlamentar de Roraima faltou à sessão e o requerimento para convocar o ex-presidente da CBF foi aprovado sem objeção. Teixeira também falará sobre os contratos feitos durante sua gestão na confederação (1989-2012) e a organização dos dois torneios da Fifa no Brasil, em 2013 e 2014.
Além dos três, o empresário Wagner Abrahão, que tem negócios com a CBF e com Marco Polo, e Gustavo Feijó, vice-presidente da CBF e prefeito de Boca da Mata, Alagoas, também foram convocados para a CPI. Feijó será inquirido sobre a eventual colaboração da CBF com recursos para sua campanha eleitoral quando candidato a prefeito do município de Boca da Mata, Alagoas, em 2012.