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“Ainda estou meio perdido”, diz Bernardinho sobre saída da seleção de vôlei
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Daniel Brito

O bicampeão olímpico Bernardinho disse que ainda está “um pouco perdido” desde que anunciou sua saída do cargo de treinador da seleção masculina de vôlei. Ele despediu-se da função após comandar o time nacional nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 na conquista do terceiro ouro olímpico da história da modalidade no país entre os homens.

Atualmente, comanda o Rio de Janeiro, time que disputa a Superliga feminina. Em entrevista à repórter Maíra Nunes, do Correio Braziliense, revelou que já recebeu diversas propostas desde que largou a seleção. Mas não tem um destino certo.

“Confesso que estou ainda um pouco perdido. É sofrido para mim. Todas as pessoas que eu encontro na rua me agradecem, mas dizem que estão chateadas pela minha saída. É uma espécie de luto, mas faz parte”.

(Getty)

“Eu estou em um momento diferente. Quanto ao meu futuro, a gente tem um time [o Rio de Janeiro, que disputa a Superliga feminina] para cuidar e um projeto para continuar. Também quero continuar estudando, aprendendo e inspirando pessoas. Eu tive alguns convites de fora com a notícia da minha saída da Seleção, muito sedutores financeiramente, mas que não me interessam. Não vou deixar uma grande equipe como é a Seleção Brasileira para treinar um outro grande time na Europa. Que sentido tem? Se fosse assim, continuaria na Seleção. Só a possibilidade de treinar um time universitário nos Estados Unidos me interessou mais, porque teria a questão de juntar educação, área acadêmica e esporte. Pelas meninas, filhas, poderia ser uma oportunidade interessante também.

A repórter também perguntou a Bernardinho sua opinião sobre o legado olímpico deixado pela Rio-2016 – assunto sobre o qual o UOL Esporte publicou um vasto matéria e você pode ler aqui.

Bernardinho disse: “Nosso país não tem um patamar de renda que sustente grandes arenas. Nem o futebol, quem dirá o esporte olímpico. O grande legado que as pessoas não sabem entender e explorar é que os nossos jovens não têm perspectiva nem esperança. Por isso que o legado são as três medalhas do Isaquias ou o ouro da Rafaela Silva. Quem diria que a menina que saiu da Cidade de Deus, tão violenta e tudo, conseguiria essa façanha. Ela mostra que é possível, com disciplina, planejamento e investimento correto. É o Serginho com quatro medalhas olímpicas saindo da periferia de São Paulo. Esse é o verdadeiro legado. As obras, infelizmente, são excessivas para um país que não tem condições de mantê-las. Então, tinha que ser tudo temporário”.

Leia a íntegra da entrevista de Bernardinho a Maíra Nunes do Correio Braziliense.

 


Estádio de Copa recebe jogo de lanternas da segundona do DF com 270 pessoas
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Daniel Brito

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Dono do estádio receberá R$ 13,50 pelo uso do estádio neste sábado (Credito: Daniel Brito/UOL)

O estádio que recebeu o maior público da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, em setembro, com mais de 68 mil pessoas, sediou na manhã deste sábado, 31, o melancólico encontro entre o lanterna e o antepenúltimo colocado da segunda divisão do Distrito Federal, diante de aproximadamente 270 pagantes.

Dom Pedro, pior time da Série B do DF, e Legião, 10º colocado se enfrentaram na última rodada do certame no estádio Mané Garrincha, reconstruído para a Copa-2014 ao valor estimado de R$1.6 bilhão (hum bilhão e seiscentos milhões de reais) do dinheiro público. A arena tem capacidade para 72 mil espectadores e recebeu sete jogos no Mundial da Fifa.

Logo, neste sábado, sobraram em torno de 71.730 assentos vazios no duelo entre Legião e Dom Pedro. Cada testemunha desembolsou R$ 5 e um quilo de alimento não perecível para assistir à partida. O que gerou uma renda de R$ 1.350 (hum mil, trezentos e cinquenta reais). Foram colocados pouco mais de seis mil ingressos à venda.

O GDF (Governo do Distrito Federal), dono do estádio, deu um tremendo desconto na taxa de ocupação para o Legião, dono do mando de campo. Apenas 1% (hum por cento) da renda será cobrado ao clube pela realização do jogo no estádio. Assim, o GDF deve receber R$ 13,50 (treze reais e cinquenta centavos) pela cessão do campo. Os alimentos não perecíveis não ficarão para o governo.

Os números oficiais devem ser publicados na terça-feira, 3, no site da Federação de Futebol do DF. A informação sobre o total de pagantes foi repassada a este blogueiro por um funcionário da entidade, que estava responsável pela bilheteria da partida.

Turista, claque e familiares
Entre o público presente, estavam 30 crianças carentes do Centro Espírita Irmã Celina, de Planaltina, cidade a 40 quilômetros do estádio. Outros 45 adolescentes de 12 a 17 anos da escola do bairro Pacaembu na cidade de Valparaíso de Goiás, na divisa com o Distrito Federal, também ocuparam as cadeiras do Mané nesta manhã de sábado.

“Os jovens ficaram emocionadas em conhecer o estádio, nenhum deles havia tido esta oportunidade de entrar no novo Mané Garrincha”, contou o vereador Elvis Santos (SD-GO), presidente da Câmara dos Vereadores de Valparaíso, que disse ter alugado o ônibus por conta própria para transportar os estudantes.

Sozinho em uma fileira de cadeiras estava o catarinense Wellington Dallabilia. De passagem por Brasília, acompanhando a mulher que participa de um congresso de radiologia, tirou a manhã de sábado para conhecer o estádio. “Eu vim conhecer, descobri na porta que estava tendo jogo, resolvi entrar. É bonito mesmo, grande, né?”, disse Wellington.

Um pouco mais próximo do gramado estava Antônio Carlos Santana. Ele é pai do lateral-direito do Dom Pedro, André, que estuda proposta para defender o Operário de Ponta Grossa (PR) na próxima temporada. Antes de ir embora, Antônio tirou do bolso um saquinho plástico e recolheu o lixo deixado pelos torcedores que estavam ao seu redor. “Educação é sempre bom para todos. Faço isso em todos os jogos que vou e em todos os estádios”, garantiu.

Manutenção
O Mané Garrincha é um grande problema para o GDF. Custa, mensalmente, R$ 700 mil apenas para manutenção. Só recebeu nove jogos de futebol neste ano. Com o deste sábado, completaram-se dez.

Uma dessas partidas foi Flamengo 0 x 2 Coritiba, na noite de 17 de setembro de 2015. Mais de 68 mil pessoas, a maioria rubro-negra, pagaram para assistir à derrota do clube da Gávea em Brasília. O ingresso mais barato custava dez vezes mais que o de Legião x Dom Pedro: R$ 50.
O GDF deu um desconto de 50% para que o Flamengo pudesse atuar no DF e cobrou apenas 7% da renda do jogo pela taxa de ocupação. O que proporcionou ao GDF uma arrecadação de R$ 268.273,00.

Há a previsão de que o time comandado por Oswaldo de Oliveira volte a jogar em Brasília em 22 de novembro, contra a Ponte Preta, pela 36ª rodada.

E o jogo?
Bom, o jogo.

Legião e Dom Pedro tiveram, neste sábado, seus últimos compromissos na temporada 2015. Em campo, um campeão mundial: Márcio Costa, ex-volante do Corinthians no título de 2000, disputado no Brasil. É o capitão do Dom Pedro. No Legião, Jefferson, sobrinho do zagueiro pentacampeão Lúcio, que é de Brasília, compunha o meio de campo. Aliás, o time é presidido e treinado pelo padrasto do zagueirão, hoje no futebol indiano.

Com o gramado alto e um tanto falho, devido à falta de manutenção, conforme publicou nesta semana o Correio Braziliense, os dois times tiveram dificuldades em proporcionar uma manhã divertida aos torcedores.

Ao final dos 90 minutos, o Legião saiu-se melhor, e venceu por 1 a 0, gol de Brayan, após falha de Márcio Costa.


Time do DF na Sul-Americana muda uniforme para não se associar ao PT
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Daniel Brito

 

O Brasília apresentou os uniformes e a logo em agosto

Ex-Colorado: o Brasília apresentou os uniformes, com menos vermelho, e no novo escudo, em agosto

O Brasília Futebol Clube, que enfrenta na noite desta quarta-feira, 23, o Atlético-PR pela segunda fase da Copa Sul-Americana, promoveu há pouco mais de um mês uma repaginada no visual. Entre as mudanças, está a adição do azul ao uniforme da equipe, para se associar ao predominante vermelho e aos detalhes em branco.

Assim, o time que disputou o Candangão-2015 (Campeonato do Distrito Federal) carregando a alcunha de “Colorado”, se tornou tricolor na Sul-Americana. O mais curioso é a motivação da troca.

“Vermelhão não está muito em alta ultimamente e gera identificação com coloração partidária com a qual 93% da população não está muito afinada”, disse um membro do corpo diretivo da agremiação ao jornalista Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense, referindo-se ao PT.

Mudança de gestão explica
Até o início deste ano, o Brasília Futebol Clube era de propriedade de Luiz Carlos Alcoforado, advogado e amigo do ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Sem apelo entre os moradores do DF, o futebol candango mostrou-se deficitário para Alcoforado, que vendeu mais de 90% de sua parcela no clube ao também advogado e empresário da construção civil na capital, Luiz Felipe Belmonte. Ele mora em Londres, mas trouxe a Brasília o empresário José Carlos Brunoro e lhe deu o cargo de diretor executivo do clube. Desde então iniciaram-se as mudanças.

O escudo do clube, que era um esboço do Plano Piloto de Brasília traçado pelo genial Lúcio Costa para a fundação da nova capital, deu lugar a uma águia, ao melhor estilo escudo dos times de futebol americano. A cor vermelha, cuja versão oficial dizer aludir ao barro característico do Planalto Central, ganhou a companhia do azul e uma carregada no branco.

A torcida, pequena, mas barulhenta. Belmonte chegou até a responder os comentários desaforados nas redes, até que a nova administração do clube optou por se desfazer da águia de futebol americano e manteve a logo que estava quando da gestão de Alcoforado. Houve ainda a promessa de retomar a camisa vermelha, mas nos dois jogos em que se apresentou na Sul-Americana, contra o Goiás, mas não foi o que se viu em campo.

 

 Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco

Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco


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