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Autódromo abandonado ganha R$ 30 mi em reforma e passa à iniciativa privada
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Daniel Brito

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF com obras paradas

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF com obras paradas

O Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília, está em pedaços e em desuso desde que o GDF (Governo do Distrito Federal) decidiu abrir mão de receber uma etapa da Fórmula Indy, em março de 2015. Desde então, tornou-se um elefante branco no centro da capital do país, que tem como “vizinho de porta” outro animal da espécie: o Estádio Nacional de Brasília.

Ambos oneram o DF, que arde em uma grave crise financeira, com dificuldades até para pagar o 13º salários dos servidores. A solução encontrada pela equipe do governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) foi repassar o autódromo à iniciativa privada, com a forma de uma parceria público-privada.

Ciente de que dificilmente conseguirá interessados em um autódromo aos cacos, o GDF vai contingenciar R$ 30 milhões para refazer a obra que começou a ser feita para a Indy e, aí sim, repassar ao consórcio vencedor da concorrência pública. “Cerca de R$ 30 milhões serão investidos para reformar a pista, guard rail, barreiras de pneus e defensas metálicas”, explicou.Júlio César Reis, presidente da Terracap, a  Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal , dona do terreno.

A empresa que apresentar a melhor proposta ainda terá que arcar com a reforma das edificações e construção de boxes, galpão multiuso e heliporto após as intervenções citadas por Reis. A previsão de volta ao funcionamento normal é setembro de 2017.

O Estádio Nacional também está à espera de parceria público-privada, mas ainda não foram anunciados vencedores ao chamamento público. Enquanto isso, ele onera em mais de R$ 700 mil mensais o GDF com os gastos de manutenção.


Ex-governador do DF é condenado por improbidade por contrato para F-Indy
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Daniel Brito

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF com obras paradas

Cancelamento da Indy deixou Autódromo do DF destruído, com as obras paradas

O ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi condenado pela 2ª Vara da Fazenda Pública por improbidade administrativa pela da contratação de empresa para transmissão de etapas da Fómula Indy, no Autódromo Internacional de Brasília. Os eventos, que aconteceriam a partir do ano de 2015, nunca se realizaram.

A Rádio e TV Bandeirantes, de São Paulo, firmaram contrato com a Terracap, empresa do GDF (Governo do Distrito Federal), para a transmissão da Fórmula Indy no Distrito Federal em março de 2015. O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) informou que a condenação prevê suspensão dos direitos políticos por cinco anos e multa correspondente a duas vezes o valor do dano.

O governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), que sucedeu a Agnelo, cancelou a etapa da Indy porque descobriu uma brecha no acordo para sediar o evento, segundo a qual a administração da capital não tinha a obrigação contratual de arcar com a multa pela quebra do acordo com a promotora da corrida, o Grupo Bandeirantes.

“Antes, pensava-se que o governo teria de arcar, por quebra de contrato, com multa no valor de R$ 70 milhões, mas o montante só vale em caso de rompimento entre a Fórmula Indy e a emissora de televisão”, informou a assessoria do Palácio do Buriti, sede do governo local, ao UOL Esporte à época.

O GDF segue uma recomendação do próprio MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios), que expediu uma recomendação para que o presidente da Terracap para não “licitar, realizar, autorizar, empenhar, liquidar, reconhecer ou pagar quaisquer despesas” relacionadas com a reforma do autódromo.

Em fevereiro do ano passado, já sido havia determinado o bloqueio dos bens do ex-governador na ação cautelar para garantir a efetividade de uma possível condenação por improbidade administrativa.

Da sentença de 1ª Instância desta quarta-feira, 17, ainda cabe recurso.


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