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Arquivo : Jovair Arantes

Clube de relator do impeachment é condenado a pagar 30% da renda a atleta
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Daniel Brito

Trinta porcento da renda líquida dos jogos do Atlético-GO podem ser penhorados para pagamento da dívida do clube com o lateral-direito Marcos Martins, que jogou no clube em 2012, e atualmente defende o CRB-AL. A agremiação da capital de Goiás foi condenado a pagar cerca de R$ 290 mil ao atleta, referentes a salários, gratificação natalina (13º salário) e multas.

O Atlético de Goiânia é o favorito para conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro deste ano. O clube também faz parte do privilegiado grupo de agremiações que possuem um representante na Câmara dos Deputados.

O presidente do Conselho Deliberativo do Atlético é o deputado federal Jovair Arantes, líder do PTB, e um dos integrantes a da bancada da CBF. Em 2015, ele foi contra a abertura da CPI do Futebol, que deveria apurar os escândalos de corrupção envolvendo dirigentes da CBF em contratos de compra e venda de direitos de transmissão.

Porém, o seu momento de maior visibilidade em Brasília ocorreu neste ano, quando foi o relator do processo de impeachment na Câmara da então presidente Dilma Rousseff. Em setembro último, ele faltou à sessão de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Atlético-GO tentou derrubar o bloqueio
Como havia recebido apenas 5% do total devido pelo clube quando do julgamento, o lateral Marcos Martins recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para que fossem cobrados os 30% sobre os valores que o clube receberia na venda de ingressos para jogos do Campeonato Brasileiro, ou  seja, “na boca do caixa”. O Atlético, por sua vez, pediu a nulidade do bloqueio ou a redução para somente 15% da renda líquida.

O TST, em decisão da ministra Maria Helena Mallmann, negou o pedido de Marcos Martins de bloquear o dinheiro da venda de ingressos e manteve a decisão do TRT-GO (Tribunal Regional do Trabalho de Goiás) de reter 30% da renda líquida das partidas.

Em recente entrevista a uma emissora de rádio de Goiás, Arantes admitiu que o clube tem R$ 110  milhões em dívidas. Dos quais, R$ 80 milhões são em impostos e o restante em dívidas trabalhistas, como a movida por Marcos Martins.  Recentemente, o deputado federal comemorou o acordo entre o Atlético-GO e a Caixa, que estampará sua logo na camisa do time por R$ 3 milhões mensais, de acordo com Arantes.


Como votaram os deputados ligados ao futebol e a outros esportes
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Daniel Brito

A votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, encerrada nas primeiras horas desta segunda-feira, 18, contou com apoio dos parlamentares que tem ligações políticas com o esporte no país. Os
deputados federais que mantém ligações com a CBF se dividiram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, como mostrou o meu companheiro de blog no UOL Esporte, Rodrigo Mattos. A confederação conta com nada menos que dois diretores e um vice-presidente na Câmara dos Deputados.

Outros parlamentares que compõem a “bancada do esporte” – que inclui não só o futebol, mas esportes olímpicos, paraolímpicos e até ex-ministros – optaram majoritariamente no “sim” ao impedimento da presidente.

Um dos líderes da bancada da bola e relator da abertura do processo de impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), como era de se esperar, foi a favor do afastamento de Dilma. Seguiram o entendimento do goiano os deputados Goulart (PSD-SP), que tem o apoio da “Gaviões da Fiel’, Darcísio Perondi (PMDB-RS), que já recebeu doações de campanha da CBF e irmão de um ex-vice da confederação, Afonso Hamm (PP-RS) e Washington Reis (PMDB-RJ), membros da bancada da bola.

Também votaram “sim” o presidente da CPI da Máfia do Futebol, recém-instalada na Câmara, Laudívio Carvalho (SD-MG), Jaime Martins (PSD-MG), dirigente do Guarani de Divinópolis, Arnaldo Faria de Sá, ex-presidente da Portuguesa, Otávio Leite (PSDB-RJ), que, em 2015, relatou a MP do Futebol, Sílvio Torres (PSDB-SP), relator da CPI CBF/Nike, o ex-goleiro Danrlei (PSD-RS), Rogério Marinho (PSDB-RN), dirigente do ABC de Natal, Deley (PTB-RJ), o ex-armador do Fluminense, Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), ex-presidente do STJD da CBF, e Evandro Rogério Roman (PSD-PR), ex-árbitro de futebol.

Ex-ministros dizem “não”
Pela rejeição ao processo de impeachment manifestaram-se o presidente da Federação Amapaense de Futebol, Roberto Góes (PDT-AP), José Rocha (PR-BA), cartola do Vitória da Bahia e recebedor de doações declaradas de campanha eleitoral da CBF, e Andres Sanchez (PT-SP), partidário da presidente Dilma e ex-presidente do Corinthians.

Os ex-ministros do Esporte Orlando Silva (PCdoB-SP) e George Hilton (PROS-MG) votaram “não”. O ex-judoca João Derly (Rede-RS) votou “sim”, assim como Márcio Marinho (PRB-BA), presidente da Comissão de Esporte da Câmara. Manifestação idêntica à de Mara Gabrilli (PSDB-SP), que mantém projetos voltados para desporto paraolímpico.


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