Blog do Daniel Brito

Arquivo : Sochi-2014

Protestos e pau de selfie estão proibidos nas arenas da Rio-16
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Daniel Brito

SYRACUSE, NY - FEBRUARY 14: Fans use a selfie stick to photograph the Syracuse Orange student section before the game against the Duke Blue Devils on February 14, 2015 at The Carrier Dome in Syracuse, New York. (Photo by Brett Carlsen/Getty Images)

Pau de selfie foi vettado da Rio-16 por questões de segurança (Brett Carlsen/Getty Images)

Pau de selfie está vetado nos Jogos Olímpícos. Junto com ele, dezenas de outros itens, como cartazes e faixas de protestos, bandeira de países que não participam dos Jogos do Rio-2016, até instrumentos musicais, como pandeiro, tamborim, tantan, atabaque, e vuvuzelas.

A lista é longa e já está disponível no site do Rio-2016. Os itens proibidos foram distribuídos em sete categorias. O pau de selfie enquadra-se no sétimo item, intitulado apenas de “Outros”. Está junto com “marketing de emboscada”, “Itens com um tema político, religioso ou outro que pode ser usado para ofender ou incitar discórdia.”

Nos outros seis itens há a proibição para objetos que obviamente trazem risco à segurança do público e dos atletas, como explosivos, substâncias tóxicas, instrumentos cortantes ou perfurantes.

Esta não é a primeira vez que o COI (Comitê Olímpico Internacional) veta o pau de selfie nos Jogos Olímpicos. Há dois anos, em Sochi, na Rússia, ele foi proibido nas arenas durante os Jogos de inverno. Aqui no Brasil, nem durante Copa do Mundo Fifa 2014 o item era vetado nos estádios, embora a febre à época fosse muito maior do que atualmente.

A maior preocupação é com a segurança, uma vez que em caso de tumulto, o pau de selfie tem potencial para tornar-se uma arma branca, além de incomodar as pessoas que estão ao redor de quem usa o objeto para tirar um auto-retrato obstruindo a vista de terceiros.

Já o veto aos protestos são praxe em eventos do COI. Cartazes e faixas com ofensas ou mensagens política ou religiosa serão tomados pela segurança nas arenas e do Parque Olímpico.

Bicicleta, skate e patins também são proibidos, assim como animais, a menos que seja cão-guia.

Garrafas plásticas só terão entrada permitida nas instalações olímpicas vazias e sem tampa. Nas Cidades do Futebol (Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Salvador e Manaus) não será permitido o acesso de espectadores portando bolsas, malas, mochilas a menos que sejam  transparentes, de modo a permitir a visualização do conteúdo

Não vai ter samba
Se as regras de segurança forem seguidas à risca, não vai ter samba nas arquibancadas das instalações olímpicas. Instrumentos musicais estão entre os itens vetados pela organização. Pandeiro, atabaque, tantan, chocalho, corneta, nada disso tem autorização para entrar no Parque Olímpico ou qualquer outra arena.


O que o skeleton da Rússia tem a ver com canoagem slalom do Brasil?
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Daniel Brito

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O russo Tretiakov foi ouro com sobras no skeleton em Sochi-14

A seleção brasileira de canoagem slalom vai se mudar para o Rio de Janeiro para ter o privilégio de treinar diariamente nas corredeiras que receberão os Jogos Olímpicos-2016. A CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem) vai alugar casas em um condomínio em Dedoro, próximo ao rio artificial construído especialmente para a Olimpíada-16, e manter os principais brasileiros em treinamento intensivo até abril do próximo ano.

“Vai ser um intensivão mesmo, treinamentos de segunda a sexta-feira de manhã e de tarde, de acordo com as necessidades dos treinadores. No sábado e no domingo não haverá treinamentos, porque o canal estará aberto para a população”, explicou João Tomasini, que há 27 anos responde como presidente da CBCa.

“Conhecer a corredeira é fundamental na canoagem slalom e queremos usar do fator casa para chegarmos no Rio-2016 com chance de colocarmos um atleta nosso no pódio nesta modalidade”, acrescentou o cartola.

A tática da CBCa faz lembrar o que o time de skeleton da Rússia fez na preparação para disputar os Jogos Olímpicos de Inverno, em 2014, na cidade de Sochi. Os russos praticamente se internaram no Cáucaso e treinaram exaustivamente na pista de gelo erguida para aquela olimpíada. Deixaram até de participar do Mundial da modalidade para conhecer melhor o percurso.

O skeleton é uma modalidade em que o atleta desce deitado em um trenó por um trajeto de gelo e cada segundo é importante. De tal maneira que o conhecimento prévio da pista é fundamental, tal qual a canoagem slalom. Mas sobre a Rússia recaiu a suspeita de colocar seus desportistas para treinar no local de competição de forma secreta, para ter mais facilidade na hora da disputa por medalha.

Suspeita que nunca se confirmou, mas o fato é que a Rússia faturou duas medalhas em Sochi nesta prova, ouro no masculino e bronze no feminino, além de ter chegado à final com três competidores entre os seis mais rápidos em ambos os gêneros.

Mesmo que queira, e isso não está nos planos até onde se sabe, a seleção brasileiro de canoagem slalom não conseguirá fazer treinos secretos em Deodoro. Em abril, a venue (nome em inglês para local de competição), será lacrada e nenhuma atleta poderá usá-la até que se iniciem os Jogos Olímpicos.

Nesta semana, a corredeira de canoagem slalom será avaliada em uma competição pela primeira vez, no “Aquece Rio”, evento teste para 2016. O grande nome da modalidade no país é Ana Sátila, que disputou Londres-2012, com apenas 16 anos e terminou em 16º. Em 2015, ganhou ouro no C1 e prata no K1 nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Já na primeira etapa da Copa do Mundo em Praga na República Tcheca outro feito inédito, um bronze pelo C1.

A equipe nacional terá o reforço do espanhol Jordi Domenjó Cadefau, que comporá a comissão técnica brasileira a partir do evento teste em Deodoro.

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Ana Sátila foi ouro e prata no Pan-15 na canoagem slalom


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