Blog do Daniel Brito

Segurança da tocha no DF tem varredura antibomba na mata e veto a drone
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Daniel Brito

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(Divulgação: Roberto Castro/ME)

A chegada da chama olímpica e o revezamento da tocha em Brasília nesta terça-feira, 3, estão sendo classificados pelo GDF (Governo do Distrito Federal) como o maior esquema de segurança já montado na capital federal para um só dia. Serão cerca de 3,5 mil policiais civis, militares e bombeiros envolvidos na operação.

No plano de ação está incluído uma varredura de todos os locais pelos quais o revezamento passará. Um desses pontos é o Parque Nacional de Brasília, popularmente conhecido como Parque da Água Mineral. A área das piscinas naturais será fechada duas horas antes da passagem da tocha para a última averiguação antibomba.

Em parceria com agentes de segurança do governo federal, eles também farão varredura dentro da mata, no cerrado, local no qual a tocha será conduzido por cerca de 150 m, sem a presença do público. Nem a imprensa terá acesso a este trecho.

Outro veto do protocolo de segurança do revezamento é o uso de drones. A imprensa não poderá acompanhar o comboio de carro, apenas fotógrafos e cinegrafistas do Rio-2016 têm direito a fazer imagens frontais de dentro do cordão de segurança dos condutores da tocha. Por este motivo, algumas empresas de comunicação cogitaram utilizar drones para obter melhores imagens. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal já anunciou o veto ao uso de drones durante o revezamento.

Em alguns pontos do percurso, como na Esplanada dos Ministério, Estádio Nacional Mané Garrincha, os helicópteros terão de ficar a 5 mil pés de altura (quase 1.5 mil metros). É mais uma medida de segurança. No trecho em que a tocha será conduzida no Lago Paranoá, em uma canoa havaiana, as embarcações da imprensa e do público em geral devem manter uma distância mínima de 200m.

Há pelo menos 15 dias, integrante do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) já realiza ensaios nos principais pontos do revezamento. A tocha percorrerá 105km dentro do Distrito Federal.


Campeã mundial pela Hungria tenta representar o Brasil na Rio-16
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Daniel Brito

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Emese Takacs, 38, é terceira colocada no ranking brasileiro de espada (divulgação)

Emese Takacs, 38, é brasileira de Budapeste, e está muito perto de conquistar uma vaga na delegação brasileira de esgrima nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Ela é a terceira colocada no ranking nacional de espada. As duas primeiras garantem vaga automaticamente nas Olimpíadas.

Ela naturalizou-se no final de 2014 e deu início à busca pela vaga no ano seguinte. No currículo, Emese (pronuncia-se “Eméche”) trouxe para o Brasil três título mundiais nas categorias de base, ainda nos anos 1990, e um mundial já no adulto por equipes. Todos eles representando a Hungria, seu país de origem.

A esgrima é o esporte que mais deu medalhas à Hungria nos Jogos Olímpicos: foram 83 pódios, 35 dos quais no ponto mais alto. Mas Emese nunca conseguiu integrar o time olímpico húngaro. Em 2012, largou o esporte após 23 anos de dedicação. Em seguida, casou-se com um brasileiro.

Das viagens dos tempos de atleta, manteve contato com Evandro Oliveira, mestre de armas e treinador de esgrima em Brasília, que a incentivou a retomar a prática da esgrima no Brasil. Emese conta que surgiu o interesse em competir pelo país a partir desta retomada.  Antes, porém, naturalizou-se brasileira e foi morar no Rio de Janeiro. “Tive que estudar a Constituição Federal e tive 100% de aproveitamento no questionário”, orgulhou-se ao contar, em entrevista em inglês, pelo telefone.

Entrou no circuito nacional e internacional da modalidade em 2015. Foi três vezes vice-campeã de torneios no Brasil e chegou duas vezes entre as 64 melhores e uma vez entre as 32 nos certames internacionais.

O curioso é que a líder do ranking brasileiro de espadas tampouco é nascida no Brasil. Nathalie Moellhausen é italiana, também conquistou títulos mundiais pelo seu país de origem e até disputou os Jogos Olímpicos de Londres-2012 pela Itália, mas naturalizou-se brasileira por ser filha de mãe ítalo-brasileira.. Ela já está garantida no Rio-16.

De acordo com os critérios da Confederação Brasileira de Esgrima, as duas primeiras do ranking garantem vaga automaticamente nos Jogos Olímpicos de agosto próximo. Assim, se Emese se classificar como segunda colocada, atrás apenas de Nathalie, o Brasil contará com duas naturalizadas na espada no Rio-16.

Antes, porém, a húngara de nascimento terá de desbancar a brasileira Rayssa Costa, do Distrito Federal, atual vice-líder do país. “Não estou tirando a vaga de ninguém, porque sou brasileira também, Fui muito bem recebida por todos e todos estamos fazendo o melhor que podemos pelo país”, diz Emese.

Caso não acumule pontos suficientes para superar a brasiliense no ranking, ainda há uma outra chance de ir aos Jogos-16. A comissão técnica da seleção convocará outras duas esgrimistas para compor o time com quatro atletas que representará o Brasil no Rio-2016 na disputa por equipes. “Tenho o sonho de representar o Brasil no Rio e também em Tóquio”, afirmou Emese, que estará com 42 anos nos Jogos Olímpicos de 2020.


Rio-2016 só dá desconto a estudante nos ingressos mais baratos
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Daniel Brito

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Meia-entrada estudantil dá direito aos assentos mais altos do Mané Garrincha (crédito: Daniel Brito/UOL)

É lei no Brasil: estudantes que quiserem pagar meia-entrada para assistir aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016 nas arenas só poderão fazê-lo para as categorias menores de ingresso, ou seja, para os assentos mais distantes da campo de jogo. Para as demais classes, não há desconto de 50% nem para estudantes e nem para professores do município do Rio de Janeiro.

Esta decisão foi aprovada no Senado há 20 dias e aguarda apenas a sanção presidencial.

Então, se o torcedor quiser fazer uso da carteirinha de estudante para pagar meia-entrada na cerimônia de abertura, caso ainda encontre ingresso à venda, só terá a oportunidade de adquirir um assento atrás de um dos gols do gramado do Maracanã, palco da festa inaugural em 5 de agosto.

Um lugar naquele ponto do estádio custa R$ 200 no valor da inteira. Em qualquer outro local do Maracanã, os estudantes estão impedidos de ganhar o desconto de 50% garantido, até então, por lei.

Há 15 dias, por exemplo, o arguto repórter do UOL Esporte, meu amigo Fabio Aleixo, mostrou que o ingresso mais barato para os jogos de futebol na Arena Corinthians custa R$ 20 mas é para uma vaguinha no cimento, sem o conforto de uma cadeira ou de lugar marcado. E é só ali que os estudantes têm direito à meia-entrada.

Em condições regulares de eventos esportivos no Brasil, as leis que tratam da meia entrada não falam em restrição de setores, por isso deve ser oferecida em todos os setores, com exceção de camarotes, segundo informou o Procon-RJ. Mas o Projeto de Lei que detalha os acordos firmados pelo Brasil para receber os Jogos-2016, derrubou esta prerrogativa.

“Por força da Lei Federal das Olimpíadas que foi aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, Lei federal nº  12.933/2013  (Lei da meia entrada), Lei estadual RJ nº 6.363/2012 e Lei municipal RJ nº 5.924/2015, o Comitê Rio 2016 não está obrigado a conceder desconto de meia-entrada. Por mera liberalidade, o Rio 2016 concede descontos para estudantes nas categorias de menor preço. Como estamos de acordo com a legislação brasileira , não existe confronto ou desacordo com o código de defesa do consumidor”, informou o Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, por e-mail.

O Comitê considera que o desconto estudantil torna o evento mais acessível. “O programa de meia-entrada dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos visa proporcionar uma experiência única a todos, através de preços justos e acessíveis. O conceito de estudantes pagarem meia-entrada apenas em sessões mais barata é para tornar o mais acessível possível a presença deste público nos Jogos”, informou a assessoria do Rio-16,

A Secretaria Nacional do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, não se pronunciou sobre o assunto.

Está garantida, contudo, a meia-entrada em todas as categorias de preço para residentes no Brasil com 60 anos ou mais e cadeirantes (com ou sem acompanhantes). No caso dos Jogos Paraolímpicos, também têm direito ao desconto cadeirantes, obesos, pessoas com outras deficiências ou com mobilidade reduzida (com ou sem acompanhantes).


É guerra? Brasil compra seis mil pistolas e outras armas para a Rio-16
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Daniel Brito

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O Brasil está armando-se o quanto pode para receber os Jogos do Rio-2016, cuja cerimônia de abertura daqui a 100 dias, em 5 de agosto.. O Ministério da Justiça comprou seis mil pistolas Taurus .40 (ponto quarenta) modelo 840. Dois tipos de fuzis e um lote de outra pistola está em processo de aquisição por menor preço.

Foram contingenciados para a aquisição de todo esse armamento R$ 15 milhões para as .40 e outros R$ 25 milhões para o restante do arsenal.

É uma quantia inferior ao que foi gasto pelo governo na aquisição de armas não letais para ser utilizada durante a Copa do Mundo Fifa 2014, no Brasil. Em 2013 e 2014, foram desembolsados quase R$ 70 milhões para compra de espingardas de cartuchos elétricos, espuma de pimenta, bombas de efeito moral, granada de emissão lacrimogênea entre outros.

Um material voltado para conter as manifestações populares que à época tomavam conta das ruas das cidades sedes tanto da Copa das Confederações-2013 como do Mundial-14. Muito do que foi adquirido para o torneio de futebol poderá ser aproveitado para fazer a segurança dos Jogos Olímpicos-2016.

Para os Jogos Olímpicos, no entanto, os protestos contra a realização do evento são muito menores do que aqueles anti-Fifa e anti-Copa, e a segurança está muito empenhada em conter o terrorismo e a violência urbana contra turistas e participantes dos Jogos, daí a aquisição desse tipo de equipamentos. As demais armas a serem compradas pela União são 130 (cento e trinta) pistolas 9mm, 120 (cento e vinte) fuzis de assalto 5,56 mm e 26 (vinte e seis) fuzis de precisão semi- automático 308.  No

Em janeiro deste ano, o blog mostrou que o governo federal também lançou edital de valor máximo de R$ 2,7 milhões para compra de um veículo blindado antitumulto, que na linguagem das ruas é conhecido como “Caveirão”.
De acordo com a Força Nacional de Segurança, vinculada ao Ministério da Justiça, há uma diferença muito grande entre o total de profissionais da área mobilizados para o Rio-2016 em comparação com a Copa do Mundo. Em 2014, eram 1,8 mil pessoas fazendo a segurança, apenas pela Força Nacional, e nos Jogos Olímpicos serão de 9,6 mil pessoas.

Após o fim dos Jogos, parte do armamento será doado a unidades da Federação assim como servirá para repor o inventário da Força nacional.

Algumas informações desta nota foram encaminhadas pela por meio da Lei de Acesso à Informação do governo federal.

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Convite a Neymar pai é motivo de discussão na CPI da Máfia do Futebol
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Daniel Brito

O empresário Neymar da Silva Santos, pai do atacante Neymar, foi convidado a comparaecer à CPI da Máfia do Futebol, na Câmara dos Deputados em Brasília. Os parlamentares colocaram em votação o convite para Neymar pai “colaborar” com a comissão. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) manifestou-se contrário ao convite e deu início a um debate.

O requerimento de Fernando Monteiro (PP-PE), relator da CPI, pedia a convocação sob a alegação de que Neymar pai pudesse “colaborar para esclarecer aspectos relacionados a contratos de marketing, direitos de mídia, patrocínios e eventos envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF)''.

Maia se opôs ao requerimento. “Sou contra o chamamento dele [Neymar pai], assim como do Dunga porque não é bom para o futebol brasileiro. Eu até estou com raiva do Dunga, porque cortou o [goleiro] Jéfferson da seleção, mas não acho que seja assunto para esta CPI”, argumentou Rodrigo Maia.

Monteiro rebateu: “Como ele é pai de jogador, quero convidá-lo como colaborador, para tratar de um problema da base, da relação da família com empresário e com o clube”. Arnaldo Jordy (PPS-PA) corroborou com o parlamentar de Pernambuco. “Que não se confunda com o ídolo do futebol que é o jogador Neymar, mas o pai dele é importante para esclarecer as denúncias de irregularidades. Como gerente dos negócios, há questionamentos sobre sonegação fiscal. Não podemos nos privar de enfrentar o que tem de ser enfrentado. ainda que reflita num ídolo de todos nós.”

Rodrigo Maia manteve-se firme. “Tudo bem, deputado Arnaldo Jordy, mas ele pode ser convocado para outra CPI, não para esta aqui, não tem nada a ver”. Fernando Monteiro retrucou: “Quero convidá-lo como colaborador, ele não está sendo investigado pela CPI, mas convidado. Não custa nada a quem quer colaborar. Ele vem apenas como pai. Se não quiser, não vem. Mas não custa nada”.

Em votação simbólica, o convite a Neymar pai foi aprovado, mas Rodrigo Maia pediu verificação dos votos. Após 25 minutos, abriram-se os votos no painel e o convite ao empresário foi aprovado por 14 votos a favor do convite, um voto contrário e uma abstenção.

J.Hawilla e Marin terão de depor
A sessão desta terça-feira, 26, aprovou o depoimento do empresário J. Hawilla e do ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Ambos estão em Nova York, o cartola em regime de prisão domiciliar. Os requerimentos aprovados tanto servem para que uma comitiva da CPI vá aos Estados Unidos para colher estes depoimentos como também para que comparecessem à Câmara dos Deputados. É preciso, no entanto, que a Justiça dos Estados Unidos autorize que a comitiva vá colher o depoimento em território americano – ou que Hawilla e Marin regressem ao Brasil.

A CPI também aprovou requerimento para visitar o técnico Dunga para discutir sobre os rumos do futebol assim como da seleção nacional.


Governo brasileiro vai pagar por iluminação em estádio grego
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Daniel Brito

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A tocha olímpica da Rio-16 percorre a Grécia desde 21 de abril (Roberto Castro/ME)

É de responsabilidade do governo brasileiro o custeio da iluminação do histórico estádio Panathinaikos, na Grécia, na noite desta quarta-feira, 27, para cerimônia de encerramento do revezamento da tocha olímpica na Grécia e entrega da chama ao Brasil.

O DOU (Diário Oficial da União) publicou em sua edição desta terça-feira, 26, o termo aditivo no valor de e R$ 23.136,79 (vinte e três mil cento e trinta e seis reais e setenta e nove centavos) para “custeio da iluminação do Estádio Panathinaikos, que estará aberto ao público para festejar a passagem da Chama Olímpica na noite de 27 de abril de 2016”.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Esporte, será uma iluminação especial para o Brasil. ''O Governo Federal está realizando uma ação de iluminar o estádio em verde e amarelo. É uma demanda do Brasil. A ação (iluminação do estádio em verde e amarelo) ocorrerá nos dias 27 de abril e também no dia 4 de agosto, véspera da abertura dos Jogos Rio-2016''.

A tocha foi acessa pela primeira vez em 21 de abril, em Olympia. O revezamento percorreu seis ilhas gregas e diversos pontos históricos. Chegou a Atenas, capital do país, nesta terça-feira. Amanhã, antes de entrar no Panathinaikos, que foi sede da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, passará pelo museu de Acrópolis.

A iluminação não é o único gasto do governo brasileiro no revezamento da tocha na Europa. Em 14 de abril, o DOU publicou a despesa de R$ 26.325,97 (vinte e seis mil, trezentos e vinte e cinco reais e noventa e sete centavos) para “acendimento da Tocha Olímpica na Grécia e posterior revezamento na Suíça / Genébra, com a participação do Senhor Ministro de Estado do Esporte [Ricardo Leyser] e comitiva, no período de 19 a 30 de abril de 2016”.


Astro do rock arrecadou R$ 5 milhões para filha vir ao Rio-16. E ela falhou
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Daniel Brito

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A amazona norte-americana Jessica, 24, é filha de Bruce Springsteen (Kevork Djansezian/Getty Images)

Quando os Estados Unidos divulgaram o nome dos cavaleiros que disputarão a prova de saltos no hipismo nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 a presença de campeões olímpicos na lista não foi o que mais chamou a atenção da midia. A ausência de uma certa amazona chamada Jessica, 24, que provocou um certo burburinho na internet.

Jessica é filha do ícone do rock Bruce Springsteen com a guitarrista e compositora norte-americana Patti Scialfa. Ela buscava um posto na seleção de seu país que estará em Deodoro em agosto próximo saltando por medalha. Jessica havia sido reserva da equipe americana nos Jogos de Londres-2012. Dizia ser seu sonho competir no Rio como titular.

Contou com o apoio incondicional do pai, também chamado no mundo do rock como o The Boss (O Chefe). Bruce, aliás sempre esteve ao lado da filha no esporte. Foi por intermédio dele que Jessica iniciou-se no hipismo, ainda aos 4 anos de idade. Por causa dela e dos outros dois filhos que Bruce largou a badalada Los Angeles para viver em uma grande fazenda no Estado de Nova Jersey, na outra ponta do país. Fugiu, assim, da sanha dos papparazzi, e pôde criar os filhos com privacidade. Neste ambiente, Jessica aprendeu a amar os cavalos e decidiu se tornar atleta.

Já em 2016, ela foi campeã em duas provas no torneio de inverno na cidade de Wellington, na Flórida; no ano passado triunfou em competições na Irlanda, na Itália e nos Estados Unidos.

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Em janeiro, pai e mãe de Jéssica promoveram um jantar beneficente, para arrecadar fundos para a equipe de atletas que virá ao Brasil. Era uma festa para 600 convidados, e havia 10 ingressos VIP, cada qual no valor de US$ 600 mil (R$ 2.1 milhões).

O brasileiro Rodrigo Pessoa, campeão olímpico em Atenas-2004, era um dos convidados, discursou e desejou as boas-vindas aos americanos no Rio-2016. O traje da festa de acordo com o convite era “festivo brasileiro”, que viria a ser algo como esporte fino colorido e com estampas (no caso dos vestidos das mulheres). Foram leiloados diversos itens como ingressos para cerimônias de gala no Hall da Fama do tênis ou viagens em jatinho particular para a Califórnia. Ao final, após show intimista de Bruce, o time olímpico de hipismo dos Estados Unidos angariou US$ 1.5 milhão (R$ 5.3 milhões).

Mas isso tudo foi em janeiro. De lá para cá, a performance de Jessica não justificou uma possível convocação e ela ficou de fora da lista olímpica.

O montante amealhado no jantar ficou, obviamente, para o time que virá ao Rio-16.

Se Jessica quiser desistir do sonho olímpico, pode optar por retomar outra carreira ligada ao esporte pela qual já se aventurou: embaixadora mundial da Gucci, luxuosa grife italiana, no hipismo.

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Jessica e Bruce em foto na popular conta de Instagram dela (reprodução/Instagram)


Conselheiro do Coritiba é nomeado secretário nacional de futebol
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Daniel Brito

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Ricardo Gomyde (à dir.) com presidente da CBF, Del Nero (Divulgação)

O ex-deputado federal Ricardo Crachineski Gomyde (PCdoB-PR) foi nomeado nesta sexta-feira, 22, novo Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. O cargo estava vago havia duas semanas desde que Rogério Hamam (PRB-SP) fora exonerado, na esteira do desembarque de seu partido do governo Dilma.

Gomyde é membro vitalício do conselho deliberativo do Coritiba, clube do qual já foi diretor. A secretaria que ora ocupa no Ministério trata diretamente dos interesses dos clubes de futebol, com a fiscalização dos clubes devedores por meio do Profut, a lei de responsabilidade fiscal, e ações sociais.

Pela lei 12.813, em seu artigo 5º, há regras de veto para atuação de altos funcionários públicos (cargos de confiança) em empresas ou entidades. Um dos itens diz: “exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas.'' No artigo 6o., está previsto que até seis meses depois de sair do cargo público é proibido ser conselheiro de entidade relacionada a sua atividade.

O ministério não se posicionou sobre a hipótese de conflito de interesse.

Gomyde foi deputado federal de 1995 a 1998, vereador em Curitiba, secretário de Esporte do Estado do Paraná e presidente da Paraná Esportes (empresa estatal de desenvolvimento ao esporte). É correligionário do ministro interino, Ricardo Leyser. Em 2015, o Tribunal de Contas do Estado incluiu o nome de Gomyde na lista de 35 vereadores que teriam de devolver dinheiro aos cofres públicos por salários recebidos indevidamente em 2003.


PGR vai receber relatório da CPI do futebol para aprofundar investigações
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Daniel Brito

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Presidente da CPI do Futebol, Romário, encontrou-se com Janot na terça-feira, 19 (Divulgação)

O presidente da CPI do Futebol no Senado, Romário (PSB-RJ), levou ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a investigação que está em curso na comissão. O encontro ocorreu na terça-feira, 19, sem alarde e sem a presença da imprensa.

Os dois já haviam se encontrado antes do início da CPI, em julho, ainda na esteira das prisões efetuadas pelo FBI no hotel Bar au Lac, em Zurique, na qual um dos detidos fora o ex-presidente da CBF, José Maria Marin – atualmente em prisão domiciliar em Nova York.

Romário informou que o procurador colocou à disposição da CPI o corpo técnico da PGR (Procuradoria Geral da República) para colaborar com a parte propositiva da comissão. A ideia é que eles acrescentem ideias no combate à corrupção no futebol brasileiro.

No encontro ficou acordado que Romário entregará o relatório final da CPI, com previsão de ser encerrada até agosto próximo, para que a PGR possa se aprofundar nas investigações iniciadas no Senado.

A CPI está sofrendo diversos ataques da Bancada da CBF, que travou a pauta com pedido de suspensão da intimiação de cartolas da confederação, como o presidente Marco Polo Del Nero e seu filho, além do vice-presidente para a região Nordeste, Gustavo Dantas Feijó, Os parlamentares alinhados à CBF alegaram “falta de quórum” na sessão em que esses requerimentos foram colocados em votação, na quarta-feira, 6 de abril. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) verificou as assinaturas do parlamentares que marcaram presença na CPI e ainda atestou que havia quórum. Ainda assim, suspendeu a convocatória.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) recorreu da decisão de Renan e a validade da sessão do dia 6 passará pelo crivo da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, em seguida, pelo plenário do Senado.

A Bancada da CBF trabalha com afinco para evitar que Gustavo Feijó vá à Comissão Parlamentar de Inquérito para dar explicações sobre a suspeita de caixa dois na eleição para prefeito de Boca da Mata, Alagoas, em 2012. Mensagens e-mails de Del Nero para Feijó dão indícios de que a confederação teria contribuído com R$ 600 mil na campanha. Este montante não consta na prestação de contas da campanha de Feijó no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 


Brasileira que tenta vaga na Rio-16 retorna do Equador após terremoto
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Daniel Brito

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Priscilla Carnaval chegou ao Equador no sábado e voltou na segunda-feira (Instagram)

Foram precisos alguns segundos para a ciclista de BMX Priscilla Carnaval entender que a terra que se tremia sob seus pés e as coisas que balançavam na prateleira não eram fruto de um mal estar repetino, mas sim um grave terremoto no Equador – tratado com desdém pela imprensa brasileira.

Na noite de sábado, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o litoral do Equador. Segundo o governo, 480 pessoas morreram e mais de 2.000 ficaram feridas de acordo com os registros divulgados na noite da terça-feira, 19.

A sorocabana Priscilla Carnaval chegou a Quito, capital equatoriana, na manhã do sábado. Competiu na Copa Nacional de BMX do Equador, evento que conta pontos no ranking qualificatório para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. No início da noite, quando estava no mercado, sentiu o chão balançar.

“Pensei que eu estava zonza por qualquer motivo, não imaginava que fosse terremoto, nem me preocupei. Após alguns minutos, uma amiga me mandou mensagem perguntando se eu havia sentido o temblor [tremor, em espanhol]. Quando fui ver o noticiário eram 50 mortos, subiu para 70, mais de 100 mortos. Aí eu já estava bem preocupada. Mas por sorte o terremoto ocorreu a 280km de onde nós estávamos, então ali eu senti apenas o reflexo do tremor no litoral”, relatou Priscilla, na tarde de terça-feira, 19, já de volta ao Brasil.

O mais curioso é que apesar de ter apenas 21 anos, Priscilla enfrentou pela segunda vez na vida um terremoto. O primeiro ocorreu em 2011, quando ainda tinha 16 anos, no Chile. “Nossa, fiquei muito assustada na época. Estava jantando e parecia que havia alguém dando joelhadas debaixo da mesa. Mas via todas as pessoas ao redor bem calmas. Ficou como aprendizado para este terremoto no Equador, tentei manter a calma e tive a sorte de não estar na área mais afetada”, disse a atleta.

O governo decretou Estado de Emergência e todas as atividades do Equador foram suspensas até a segunda-feira, 18. A competição, portanto, foi remarcada para daqui 15 dias, mas a presença de Priscilla já é improvável.

Ela estará a caminho da etapa holandesa da Copa do Mundo de BMX e lidera o ranking olímpico entre as brasileiras. Sua rival é a também sorocabana Bianca Quinalha, que também estava no Equador neste final de semana. Dentro de 20 dias, uma das duas será escolhida como representante do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.