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Arquivo : Ricardo Leyser

Governo brasileiro vai pagar por iluminação em estádio grego
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Daniel Brito

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A tocha olímpica da Rio-16 percorre a Grécia desde 21 de abril (Roberto Castro/ME)

É de responsabilidade do governo brasileiro o custeio da iluminação do histórico estádio Panathinaikos, na Grécia, na noite desta quarta-feira, 27, para cerimônia de encerramento do revezamento da tocha olímpica na Grécia e entrega da chama ao Brasil.

O DOU (Diário Oficial da União) publicou em sua edição desta terça-feira, 26, o termo aditivo no valor de e R$ 23.136,79 (vinte e três mil cento e trinta e seis reais e setenta e nove centavos) para “custeio da iluminação do Estádio Panathinaikos, que estará aberto ao público para festejar a passagem da Chama Olímpica na noite de 27 de abril de 2016”.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Esporte, será uma iluminação especial para o Brasil. “O Governo Federal está realizando uma ação de iluminar o estádio em verde e amarelo. É uma demanda do Brasil. A ação (iluminação do estádio em verde e amarelo) ocorrerá nos dias 27 de abril e também no dia 4 de agosto, véspera da abertura dos Jogos Rio-2016”.

A tocha foi acessa pela primeira vez em 21 de abril, em Olympia. O revezamento percorreu seis ilhas gregas e diversos pontos históricos. Chegou a Atenas, capital do país, nesta terça-feira. Amanhã, antes de entrar no Panathinaikos, que foi sede da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896, passará pelo museu de Acrópolis.

A iluminação não é o único gasto do governo brasileiro no revezamento da tocha na Europa. Em 14 de abril, o DOU publicou a despesa de R$ 26.325,97 (vinte e seis mil, trezentos e vinte e cinco reais e noventa e sete centavos) para “acendimento da Tocha Olímpica na Grécia e posterior revezamento na Suíça / Genébra, com a participação do Senhor Ministro de Estado do Esporte [Ricardo Leyser] e comitiva, no período de 19 a 30 de abril de 2016”.


Conselheiro do Coritiba é nomeado secretário nacional de futebol
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Daniel Brito

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Ricardo Gomyde (à dir.) com presidente da CBF, Del Nero (Divulgação)

O ex-deputado federal Ricardo Crachineski Gomyde (PCdoB-PR) foi nomeado nesta sexta-feira, 22, novo Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. O cargo estava vago havia duas semanas desde que Rogério Hamam (PRB-SP) fora exonerado, na esteira do desembarque de seu partido do governo Dilma.

Gomyde é membro vitalício do conselho deliberativo do Coritiba, clube do qual já foi diretor. A secretaria que ora ocupa no Ministério trata diretamente dos interesses dos clubes de futebol, com a fiscalização dos clubes devedores por meio do Profut, a lei de responsabilidade fiscal, e ações sociais.

Pela lei 12.813, em seu artigo 5º, há regras de veto para atuação de altos funcionários públicos (cargos de confiança) em empresas ou entidades. Um dos itens diz: “exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas.” No artigo 6o., está previsto que até seis meses depois de sair do cargo público é proibido ser conselheiro de entidade relacionada a sua atividade.

O ministério não se posicionou sobre a hipótese de conflito de interesse.

Gomyde foi deputado federal de 1995 a 1998, vereador em Curitiba, secretário de Esporte do Estado do Paraná e presidente da Paraná Esportes (empresa estatal de desenvolvimento ao esporte). É correligionário do ministro interino, Ricardo Leyser. Em 2015, o Tribunal de Contas do Estado incluiu o nome de Gomyde na lista de 35 vereadores que teriam de devolver dinheiro aos cofres públicos por salários recebidos indevidamente em 2003.


“O esporte está acima da crise”, afirma novo ministro
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Daniel Brito

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Leyser premia jogadora do Praia Clube em seu primeiro evento público como ministro do Esporte (Ivo Lima/ME)

O paulistano Ricardo Leyser foi nomeado oficialmente como ministro do Esporte há uma semana, na terça-feira, 29, e no domingo, 3, fez seu primeiro compromisso público no cargo. Esteve na final da Superliga feminina de vôlei, no ginásio Nilson Nelson, em Bras ília, premiou as três melhores equipes da competição e conversou por cinco minutos com o blog.

A crise econômica e política que o Brasil atravessa parece, pelo discurso de Leyser, passar ao largo da organização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Ele vê a realização do mega evento esportivo em agosto como um mecanismo para não só aliviar como superar as vicissitudes.

O novo ministro, que tem um orçamento inicial de R$1,3 bilhão, aproveitou para apontar sua preocupação com a gestão dos recursos públicos aportados nas entidades esportivas do país – de acordo com o TCU, serão R$ 7 bilhões desde 2012.

Já é possível notar no tom de Leyser um prenúncio de que após os Jogos-2016 esse investimento deixe de existir, por isso tem como meta “aproximar a iniciativa privada ao financiamento de projetos esportivos”.
Confira abaixo trechos da conversa com Leyser após a final da Superliga feminina de vôlei, no domingo, 3, em Brasília.

BLOG DO BRITO: como você vê a realização dos Jogos Olímpicos em meio a esta crise política e econômica?
RICARDO LEYSER: Os Jogos vêm na hora certa. Porque nas horas de dificuldade que nós precisamos achar projetos que unam a nação. Acredito que todas as pessoas, apoiem o governo ou sejam contra, gostam do esporte, torcem pelo Brasil, querem melhor para o país. E os Jogos Olímpicos é um projeto em que não importa em quem você tenha votado, você é o Brasil. Além disso, você tem a oportunidade de conhecer atletas que nunca teria acesso normalmente. Acredito que a população vai gostar demais dos Jogos, vai ajudar a superar o momento de crise e intolerância e é a contribuição do esporte para geração de emprego, de renda.

Acredita que as manifestações populares também atinjam a organização dos Jogos-2016?
Tudo o que temos visto é apoio, todos felizes apoiando. As pessoas entendem que o esporte está acima de tudo isso e o país está acima de tudo isso.

Agora na condição de ministro, você tem algum projeto que pensa em se dedicar?
Estamos vindo de uma linha já de anos com vários ministros mantendo o trabalho dos antecessores. Isso explica um pouco do sucesso do Ministério do Esporte, por isso que o Ministério consegue entregar suas obras, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Mas temos algumas questões a olhar estrategicamente. Um deles é a gestão das entidades esportivas, como é que a gente consegue dar um salto nessa gestão. É claro que tem melhorado, já há bons indicadores, mas ainda precisamos melhorar muito. Temos que nos preparar para gerir o legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos e o da Copa do Mundo. Com uma infraestrutura sensacional, como receber outros eventos? Do ponto de vista nacional, você tem 12 cidades que receberam a Copa, fora outros estádios que foram construídos, como do Palmeiras e do Grêmio. E todo o legado olímpico, com pistas de atletismo e ginásios. É importante um trabalho para gerir isso. Outro trabalho que achamos importante, é aproximar mais a iniciativa privada do financiamento do esporte. O esporte ainda depende demais do governo federal. Esporte é prioridade no governo Dilma, mas nós gostaríamos que houvesse uma maior aproximação das empresas privadas, para que a gente possa ir realocando os recursos públicos mais na base e na inclusão, para identificar o segmento que está precisando mais e destinar o investimento público. Trazer a iniciativa privada é uma das nossas tarefas.

Qual é o acordo com o Palácio do Planalto? Você fica como interino até que seja nomeado novo ministro?
A presidente me convidou para tocar Jogos Olímpicos e estamos normalmente, um dia depois do outro nos dedicando ao trabalho.


Ricardo Leyser deve ser efetivado como ministro do Esporte
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Daniel Brito

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Está na mesa da presidente Dilma Rousseff a nomeação de Ricardo Leyser como ministro do Esporte, em substituição a George Hilton, demitido na manhã desta quarta-feira, 23. Leyser é remanescente da gestão PC do B na pasta, e está diretamente envolvido com a preparação da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016.

Leyser é do PC do B do Rio Grande do Sul e até então ocupava o cargo de secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR). Durante os primeiros 11 meses da administração Hilton na pasta, respondia como secretário-executivo do ministério, o segundo na hierarquia. Porém, para agradar o PRB, então partido de Hilton, Leyser foi exonerado do cargo e realocado na SNEAR. Em sua vaga, assumiu Marcos Jorge, presidente do PRB de Roraima.

Marcos Jorge permanece onde está. Faz parte do acordo político entre Palácio do Planalto e PRB, manter os secretários no Ministério do Esporte e ejetar George Hilton, que transferiu-se para o PROS na esperança de continuar como senhor de um orçamento estimado em R$ 1,3 bilhão só para este ano.

Participou da organização do Pan-07
Diferentemente de Hilton, Leyser conhece os atletas e os dirigentes. Ingressou no Ministério do Esporte em 2003H, na fundação da pasta, como assessor de Agnelo Queiroz. Entre 2005 e 2007, Leyser foi secretário-executivo para os Jogos Pan-Americanos do Rio-07. Trabalhou diretamente na candidatura carioca para receber os Jogos Olímpicos-2016.

Em junho de 2010, o TCU (Tribunal de Contas da União) condenou Leyser a devolver R$ 18 milhões aos cofres públicos por irregularidades cometidas na época do Pan. Segundo o jornal O Globo, a conta incluiu, por exemplo, R$ 4,1 milhões de pagamentos feitos em duplicidade. O dirigente se declarou inocente e chegou a dizer que a decisão parecia encomendada para atingí-lo. Recorreu da decisão e foi inocentado posteriormente.

O dirigente assumiu em 2009 a Secretaria Nacional de Alto Rendimento – substituiu ao ex-nadador Djan Madruga.

Na secretaria, Leyser estreitou o contato do governo com confederações esportivas e atletas. Trabalhou pela reformulação de políticas de apoio governamental a esportistas e foi um dos grandes responsável pelo plano Brasil Medalhas, lançado em 2012 visando a colocar o Brasil entre os dez países com mais medalhas na Olimpíada de 2016 (nos Jogos de 2012, o país foi 22º).


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