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Lewandowski: o que o presidente do STF tem a ver com o atacante polonês
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Daniel Brito

PARIS, FRANCE - JUNE 16: Robert Lewandowski of Poland reacts during the UEFA EURO 2016 Group C match between Germany and Poland at Stade de France on June 16, 2016 in Paris, France. (Photo by Shaun Botterill/Getty Images)

Robert Lewandowski tem foro privilegiado na seleção polonesa? (Shaun Botterill/Getty Images)

Difícil ver Robert Lewandowski em campo, hoje ele estará com a Polônia contra a Ucrânia, e não se perguntar: “Será que ele é parente do ministro do STF?”. A partir desta dúvida se prolifera uma montanha de trocadilhos e memes na internet envolvendo o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, 68, e o centroavante polonês, 40 anos mais jovem.

A dúvida é pertinente. Afinal, Lewandowski é um sobrenome incomum no Brasil. É difícil cruzar com alguém do lado de cá da linha do Equador cujo nome de família traga onze letras, só quatro vogais, duas vezes o W e um K de quebra.

Mas na Polônia é outra história. Lewandowski é o sétimo sobrenome mais popular do país. Mal comparando, seria como a família “Pereira” ou “Carvalho” no Brasil. Trata-se de um lugarejo na porção centro-norte da Polônia chamado Lowendów. Deriva do polonês antigo, da palavra Lewander que significa lavanda. Simples assim.

Mas não significa dizer que todas as pessoas de Lewandów compartilham do mesmo DNA. A mãe do ministro é da Suíça, e veio com o marido, Waclaw Marian, em meados dos anos 1940, para escapar da guerra. É de origem judaica, mas o presidente do Supremo é católico. Gosta de futebol, torce para o Palmeiras, mas dedicou-se mais ao polo sobre cavalo.

Robert é de Varsóvia, filho de um judoca com uma jogadora de vôlei. É um fervoroso católico. “Não tenho vergonha de Jesus”, disse em entrevista a um jornal polonês, em 2013. Ainda há outros dois futebolistas poloneses carregando o mesmo sobrenome, ambos com passagens pela seleção nacional, mas com zero relação entre as famílias.

Por causa da coincidência nos sobrenomes, muitas vezes o clipping de notícias diárias sobre os ministros do STF vem recheado de citações elogiosas a Lewanowski, geralmente é sobre o desempenho do jogador. Na sala de imprensa do Supremo há uma foto em que se vê dois jogadores do Borussia Dortmund (antigo time do polonês, hoje no Bayern de Munique) comemorando um gol. Um desses jogadores é Robert Lewandowski. E o outro é uma montagem do rosto do Ministro no corpo de um atleta.

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Esta montagem já foi vista na sala de imprensa do STF

As primeiras dúvidas quanto à relação entre o atleta e o presidente do STF surgiram exatamente em uma Eurocopa. Em 2012, quando a competição foi disputada na Polônia e na Ucrãnia, Robert Lewandowski começou a despontar como um jogador de nível internacional. O ministro, por sua vez, atuava no julgamento do caso do Mensalão do PT.

Certa oportunidade, após uma entrevista, um grupo de jornalista quis saber do atual presidente do Supremo se conhecia o jogador. “Acompanho a carreira dele [do polonês] de perto. Vai que é meu parente?”, fez troça o ministro, à época.

Portanto, sabe aquela dúvida que temos ao ver Lewandowski nos gramados da Europa? Então, até o presidente do Supremo Tribunal Federal também tem…

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Presidente do Supremo é filho de mãe suíça e é católico (TV UOL)


CBF vai ao STF contra condução coercitiva do Coronel Nunes à CPI do Futebol
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Daniel Brito

A CBF apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir, por intermédio de habeas corpus preventivo, que o presidente interino da confederação, coronel Antônio Nunes, seja alvo de condução coercitiva para depor na CPI do Futebol no Senado, na próxima quarta-feira, 16. A entidade também pede que o cartola compareça voluntariamente à sessão, na condição de convidado, e que tenha garantia de que não será preso ou ameaçado de prisão caso silencie ante respostas que considere que possa incriminá-lo.

A petição do advogado Mauro Couto de Assis, do escritório Couto de Assis Advogados, do Rio de Janeiro, e está na mesa do ministro Teori Zavascki desde o dia 4 de março à espera de uma decisão.

“O paciente [Coronel Nunes] vai prestar depoimento como executivo da maior entidade do futebol brasileiro como sabe ser a CBF, isso sob delirante e agressiva acusação de que sua eleição teria sido ‘manobra do grupo político do então Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero’ e sua ‘ascensão meteórica ao cargo de dirigente máximo da entidade’”, justificou Couto de Assis na petição ao STF.

Marco Polo também tentou utilizar deste mesmo instrumento antes de comparecer à sessão da CPI em 16 de dezembro. Ele recorreu ao STF com habeas corpus preventivo, mas o Supremo rejeitou. O cartola licenciado da CBF compareceu após acordo com membros da CPI como convidado.

Investigado x convidado
Nunes assumiu o posto de interino da CBF em 7 de janeiro após o titular do cargo, Marco Polo Del Nero, anunciar licença pela segunda vez em um período de dois meses. Sua saída coincide com a confirmação de que é alvo de investigações do FBI no caso de corrupção do futebol mundial que já levou vários dirigentes a prisão, incluindo José Maria Marin, seu antecessor na presidência da confederação.

O pedido de habeas corpus preventivo entende que coronel Nunes não é investigado no caso e o pedido de condução coercitiva não se aplica a ele, porque não há requerimento aprovado pela CPI que peça sua convocação.

Manobras da bancada da CBF
A secretaria da comissão parlamentar de inquérito, no entanto, se pauta por requerimento aprovado em outubro do ano passado, quando todos os presidentes de federações estaduais foram convocados a depor. Nunes, há mais de 20 anos dando as cartas na Federação Paraense de Futebol, compareceu a uma sessão no final de outubro, mas na condição de convidado.

Desde que assumiu a cadeira de Marco Polo na CBF, o cartola do Pará licenciou-se do cargo na federação estadual, por isso considera que a convocação não é legalmente aplicável.

Na sessão da CPI do Futebol de ontem, 9, a bancada da confederação tentou armar uma ofensiva para derrubar a condução coercitiva no plenário. Mas o presidente da comissão, Romário (PSB-RJ), foi mais rápido e encerrou a reunião por falta de quórum.

Agora, a CBF espera decisão do ministro Zavascki para evitar o constrangimento de ver seu mandatário chegar ao Senado escoltado por policiais federais.


Jucá quer “convidar” Del Nero para CPI e entra em colisão com Romário
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O senador Romero Jucá (PMDB-RR) ignorou as investigações do FBI e da Justiça dos Estados Unidos e apresentou requerimento para que Marco Polo Del Nero seja “convidado” a comparecer na CPI do Futebol do Senado brasileiro.

“Que seja convidado a comparecer a esta comissão parlamentar de inquérito (CPI), no dia 15 de dezembro de 2015, o Sr. Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para contribuir com informações e sugestões relativas ao aprimoramento do arcabouço normativo aplicável à prática do futebol no Brasil”, justificou Jucá em seu requerimento, publicado hoje na página da comissão na internet.

Este pedido coloca Jucá, que é relator da CPI, em confronto direto com Romário (PSB-RJ), presidente da comissão. Ainda em agosto, em uma das primeiras sessões, o ex-jogador apresentou requerimento para convocar Marco Polo a depor. Nenhum dos dois pedidos foi colocado em votação na CPI.

Marco Polo Del Nero já havia sido convidado e sua presença era aguardada para a sessão desta terça-feira. Mas foi adiada porque o presidente licenciado da CBF não respondeu aos chamados da equipe do Senado.

A diferença entre convocação e convite é que o convidado pode recusar-se a comparecer. Caso vá a uma sessão da CPI, pode deixar de assinar o termo de compromisso de falar apenas a verdade em seu depoimento. Foi o que fizeram os presidentes de federações em recente audiência pública desta mesma CPI. Os convocados são obrigados a marcar presença na sessão.

Del Nero tentou barrar sua ida ao Senado antes mesmo de o requerimento convocando-o fosse apreciado. Ele entrou com um habeas corpus preventivo no STF, em que pedia para não ser obrigado a comparecer e, se o fizesse, não precisasse assinar o termo para dizer a verdade em depoimento e nem tampouco pudesse ser preso por desacato ou por não responder. O ministro Gilmar Mendes negou o pedido do cartola.

A sessão da CPI em que os requerimentos de Jucá e Romário entrarão em pauta está agendada para esta quarta-feira, 9, às 14h30.


Del Nero entra com habeas corpus para não ser preso na CPI do Futebol
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Daniel Brito

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, entrou com um pedido de habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para que não seja preso durante depoimento da CPI do Futebol no Senado. A medida já está na mesa do ministro Gilmar Mendes e chegou à secretaria da comissão parlamentar de inquérito nesta quinta-feira, 12.

Del Nero quer a garantia de que não será preso ou ameaçado de prisão durante seu depoimento. Ele também pede o direito de permanecer calado e de estar acompanhado de seu advogado na sessão, com quem pretende ter o direito de se comunicar durante o depoimento. O cartola também requereu o direito de não assinar o termo de compromisso de só falar a verdade na CPI.

Detalhe, Del Nero nem sequer foi convocado ainda para depor na CPI. Há, apenas, um proposta de convocação, apresentada no plano de trabalho, de agosto, pelo relator Romero Jucá (PMDB-RR). O habeas corpus foi confeccionado pelo escritório José Batochio Advogados Associados, de São Paulo.

E ele vai na contramão do discurso de Marco Polo à imprensa. Uma das justificativas para não acompanhar a seleção nos jogos fora do Brasil é de que está ocupado com a CPI do Futebol. Quando há a perspectiva de que participe, pede para manter-se calado e não se compromissar em dizer a verdade.

O habeas corpus chega à CPI um dia depois de fracassar a sessão secreta em que 23 requerimentos seriam colocados em votação, mas não foi realizada por falta de quórum.

Testemunha x Investigado
A justificativa de Del Nero para que entrasse com o habeas corpus antes mesmo da convocação por considerar que a CPI o trata como investigado e não como mais uma testemunha do objeto de investigação da comissão.

“É fato inequívoco que o Paciente [Marco Polo Del Nero]  não é – e nem nunca foi testemunha dos fatos […]. Ele está claramente sendo chamado de suspeito, segundo massivamente publicado na mídia e proclamado por alguns parlamentares. Tanto assim que [Del Nero] viu aprovada a quebra do seu sigilo fiscal e bancário.”

Outro motivo para entrar com a medida no STF é a postura do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI, nas entrevistas, em que afirma que um dos objetivos da comissão é prender o presidente da CBF.


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