Segurança da tocha no DF tem varredura antibomba na mata e veto a drone
Daniel Brito
A chegada da chama olímpica e o revezamento da tocha em Brasília nesta terça-feira, 3, estão sendo classificados pelo GDF (Governo do Distrito Federal) como o maior esquema de segurança já montado na capital federal para um só dia. Serão cerca de 3,5 mil policiais civis, militares e bombeiros envolvidos na operação.
No plano de ação está incluído uma varredura de todos os locais pelos quais o revezamento passará. Um desses pontos é o Parque Nacional de Brasília, popularmente conhecido como Parque da Água Mineral. A área das piscinas naturais será fechada duas horas antes da passagem da tocha para a última averiguação antibomba.
Em parceria com agentes de segurança do governo federal, eles também farão varredura dentro da mata, no cerrado, local no qual a tocha será conduzido por cerca de 150 m, sem a presença do público. Nem a imprensa terá acesso a este trecho.
Outro veto do protocolo de segurança do revezamento é o uso de drones. A imprensa não poderá acompanhar o comboio de carro, apenas fotógrafos e cinegrafistas do Rio-2016 têm direito a fazer imagens frontais de dentro do cordão de segurança dos condutores da tocha. Por este motivo, algumas empresas de comunicação cogitaram utilizar drones para obter melhores imagens. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal já anunciou o veto ao uso de drones durante o revezamento.
Em alguns pontos do percurso, como na Esplanada dos Ministério, Estádio Nacional Mané Garrincha, os helicópteros terão de ficar a 5 mil pés de altura (quase 1.5 mil metros). É mais uma medida de segurança. No trecho em que a tocha será conduzida no Lago Paranoá, em uma canoa havaiana, as embarcações da imprensa e do público em geral devem manter uma distância mínima de 200m.
Há pelo menos 15 dias, integrante do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) já realiza ensaios nos principais pontos do revezamento. A tocha percorrerá 105km dentro do Distrito Federal.