Blog do Daniel Brito

Câmara aprova novo prazo para quitação de dívidas dos clubes de futebol
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Daniel Brito

No primeiro dia de trabalho dos deputados federais em Brasília, foi aprovada a reabertura do prazo para clubes de futebol aderirem ao parcelamento de dívidas previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, o Profut. O prazo havia sido encerrado em 30 de novembro de 2015 e o programa contou com a adesão de 111 agremiações, sendo 85 clubes de futebol, 20 clubes sociais e seis federações.

A votação no plenário da Câmara nesta noite de terça-feira, 16, terminou com vitória por 280 votos contra 187 do texto-base do projeto de lei de conversão da Medida Provisória 695/15.

De acordo com o relator, deputado Beto Faro (PT-PA), muitos clubes não conseguiram atender as exigências constantes na lei. O novo prazo para o parcelamento das dívidas nos padrões do Profut será 31 de julho de 2016.

Estima-se que os 12 maiores clubes de futebol devam R$ 1,59 bilhão à União. Para isso, eles terão prazo de até 240 meses para o financiamento, além de descontos em parcelas e juros. Como contrapartida, as agremiações devem limitar o número de mandatos do presidente, aumentar investimento na base e no futebol feminino, não atrasar salários, entre outras atribuições.

*Com informações da Agência Câmara


“Tem mais mosquito onde moro do que no Brasil”, diz canadense dos saltos
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Daniel Brito

Canadense Mitch Geller em Brasília: "Já estivemos na Índia e tantos outros lugares. A mídia faz muito barulho" (Divulgação/Ministério do Esporte)

Canadense Mitch Geller: ''Já fomos à Índia e tantos lugares. A mídia faz muito barulho'' (Divulgação/Ministério do Esporte)

É uma cena até engraçada. A atleta canadense tenta se concentrar na ponta do trampolim de três metros, mas é constantemente incomodada por mosquitos. Abana as mãos na frente do rosto para espantá-los e só aí consegue executar seu salto. Situação corriqueira por esses dias no centro de excelência em saltos ornamentais da UnB, em Brasília.

Não há quem garanta que algum daqueles mosquitos que atrapalhava a atleta era o temido aedes aegypti, transmissor da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya. Mesmo que fosse, os visitantes parecem não se preocupar.

“É infestados de mosquitos lá onde moro, na província de Ontário, no Canadá. E aqui no Brasil eu quase não vi mosquitos. Fico mais preocupado com o que se passa com nossos atletas no trampolim, na plataforma e na água. Mas, claro, não deixamos de colocar repelente”, disse ao blog Mitch Geller, técnico da seleção canadense de saltos.

Canadá é um dos sete países que aclimataram-se no Distrito Federal antes de disputar a etapa da Copa do Mundo da modalidade que servirá como evento-teste para os Jogos do Rio-2016, a partir desta quarta-feira.

No Centro Aquático Maria Lenk, a competição é realizada ao ar livre, o que não ocorria desde Barcelona-1992. Aumenta, portanto, o tempo de exposição do atleta aos mosquitos. Ainda assim, não há motivo para pânico, segundo Geller.

“Nós viajamos o mundo todo competindo. Já estivemos na Índia e tantos outros lugares. Mas a mídia faz muito barulho com isso. Antes de qualquer edição dos Jogos Olímpicos, a mídia bate bem forte em qualquer situação ou problema no país-sede. Dizem que não vão estar prontos. Eu ja li que as pessoas do país não apoiam o evento. Agora tem essa questão do vírus, que vai ser perigoso, vai ter isso ou aquilo. Essa será minha setima edição dos Jogos. Claro que tomarei todas as precauções, mas tenho certeza que quando chegar o momento dos Jogos Olímpicos, vai ser tudo especial, como sempre foi”, disse o treinador.

O Canadá é uma força emergente nos saltos ornamentais. No Mundial de Desportos Aquáticos do ano passado, em Kazan, na Rússia, conquistou quatro medalhas. Uma das responsáveis foi Pamela Ware, prata no salto sincronizado do trampolim de três metros. Ela replica o discurso do treinador e diz não temer o zika vírus.

“Estou aqui no Brasil há algum tempo e ainda não fui picada por mosquito algum. Uso repelente com frequência. Mas não me preocupo, porque temos muitos mosquitos no Canadá também”, afirmou a saltadora, de 23 anos.


Quanto vai custar a fita das medalhas distribuídas na Rio-2016?
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Pendurar uma medalha olímpica em volta do pescoço tem seu preço. Seja para o atleta ou para o país que vai receber uma edição dos Jogos Olímpicos. Neste ano, o Brasil vai desembolsar R$ 224,7 mil para a aquisição de fitas para as medalhas que serão distribuídas no Rio-2016.

A despesa será paga pela Casa da Moeda do Brasil e a encarregada, após licitação, pela fabricação será a BR Display, de Belo Horizonte, Minas Gerais. A informação foi publicada no Diário Oficial da União de quinta-feira, 11.

Os Jogos do Rio-2016 vão distribuir 75 mil medalhas de participação para os olímpicos e paraolímpicos. Nem todas terão a fita para pendurar em volta do pescoço. As medalhas de ouro, prata e bronze somarão um total de 4.924, de acordo com a organização.

Contando que as fitas licitadas pela Casa da Moeda serão utilizadas apenas nos metais que serão entregue aos que forem ao pódio, então cada uma vai custar cerca de R$ 45.

O design ainda não foi revelado. Nem tampouco as medalhas. A Casa da Moeda também é a responsável pela confecção das premiações.

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Coronel Nunes deve ser convocado a depor na CPI do Futebol no Senado
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O presidente interino da CBF, Coronel Antônio Nunes, entrou na mira da CPI do Futebol no Senado. Sua convocação para prestar esclarecimentos em Brasília deve ser votada tão logo os senadores retomem as atividades na comissão, a partir da próxima semana.
O cartola terá de explicar como foram gastos os recursos do governo do Estado do Pará para a Federação Paraense de Futebol, da qual Nunes foi presidente. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por esse patrocínio.

“Não é só uma análise formal dos gastos com dinheiro público. Vamos checar se os princípios da administração pública foram aplicados na gestão desses recursos financeiros. O presidente, por exemplo, não pode contratar pessoa com relação de parentesco ou afinidade'', afirmou ao jornal ''O Estado de S.Paulo'' o promotor Sávio Rui Brabo de Araújo, responsável pela investigação nas contas da Federação Paraense.

Se aprovada a convocação, será a segunda vez que Nunes deporá aos senadores na CPI do Futebol. Em outubro passado, ele compareceu na condição de convidado, ainda como mandatário da Federação Paraense, e exaltou o contrato entre a entidade e o governo estadual.

“O governo do Estado do Pará é o patrocinador master do futebol paraense. Recursos de convênios firmados com a Federação de Futebol, garantem o transporte, hospedagem e alimentação das delegações visitantes; publicidade do Banco do Estado do Pará, diretamente com os clubes. Então, o governo do Pará está nos ajudando a manter, vamos dizer assim, integrando o Estado do Pará, através do futebol. Há dois anos, houve uma campanha de divisão do Estado do Pará e usaram muito o futebol para dizer que o futebol já estava integrado ao futebol do Pará, não tinha por que dividir”, defendeu Nunes quando de sua primeira aparição na CPI no Senado.

Coronel Antônio Nunes também terá de prestar esclarecimentos sobre o processo de sucessão presidencial que está em curso na CBF. A CPI do Futebol no Senado ainda tem 17 requerimentos para ser votados nas próximas sessões.


Medalhista olímpica anuncia gravidez…Aos 51 anos.
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Daniel Brito

(Crédito: Reprodução)

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A jamaicana Juliet Cuthbert está grávida de seu segundo filho. Ela é dona de três medalhas olímpicas no atletismo, a última delas há 20 anos, em Atlanta-1996. Juliet Cuthbert completará no próximo mês de abril 52 anos.

A ex-atleta atualmente milita na política na Jamaica anunciou a gestação há três dias. Houve quem dissesse que seria marketing político, já que ela disputa eleição no parlamento pelo partido trabalhista na região de St. Andrew West Rural.

Há, no entanto, quem celebre o milagre da vida, porque gravidez após os 45 anos é raridade. Perto dos 40 anos há uma queda acentuada na produção de óvulos. Brasil, na Jamaica, ou em qualquer lugar,  gestação aos 50 até hoje intriga os médicos.

Juliet Cuthbert já é mãe. Ela tem um filho de 27 anos do primeiro casamento. Nasceu antes que ela subisse ao pódio olímpico pela primeira vez, o que veio a ocorrer em Barcelona-1992, quando conquistou metade das medalhas jamaicanas naqueles Jogos.

Foi prata nos 100m e nos 200m, de um total de quatro láureas da ilha caribenha na edição espanola da Olimpíada. Em Atlanta-1996, faturou sua terceira medalha, com um bronze no revezamento 4x100m.

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Juliet (esq.) e Merlene em 1992

Ela é contemporânea de Merlene Ottey, a mais longeva das atletas jamaicanas – disputou Moscou-1980 -, hoje naturalizada eslovena, tem 55 anos. Após Barcelona-92, Juliet Cuthbert morou 20 anos nos Estados Unidos. Regressou à Jamaica no início dos anos 2000. Por muito pouco escapou da morte, quando foi vítima de um sequestro em Kingston, capital jamaicana.

Dedicou-se à política em seguida, ostentando a plataforma de defender e trabalhar para os menos favorecidos. Manteve-se sempre em forma e praticando exercícios físicos regularmente. Aos 51 anos, aparenta ser mais jovem do que realmente é, o que ela atribui ao sexo. “Quando me exercito, sinto uma descarga de adrenalina no corpo, o que acaba aumentando meu desejo sexual. Quanto mais exercício pratico, mais sensual eu fico”, explicou em entrevista ao jornal Jamaica Gleaner, em 2012, quando casou-se com Levaughn Flynn, um executivo de marketing, 14 anos mais jovem que ela.

Juliet Cuthbert não informou se a gravidez é natural ou assistida.

 


Remo, hipismo, aquáticos…Rio-16 acumula críticas de órgãos internacionais
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Daniel Brito

A espiral de polêmicas em que estão metidos os Jogos do Rio-2016 faz o evento acumular reprimendas e questionamentos públicos de entidades esportivas internacionais. São críticas, muitas das vezes duras, de instituições diretamente afetadas pelos problemas que teimam em brotar com frequência quase que semanal neste período de preparação para os Jogos.

Toda organização para receber mega eventos é marcada por imprevistos, mas o imponderável parece estar jogando contra o Rio-2016 até agora. E as federações internacionais que podem, não perdem a oportunidade de cobrar soluções rápidas e satisfatórias.

A mais recente cobrança veio de Ingmar De Vos, presidente da FEI (Federação Equestre Internacional). As obras no Centro Olímpico de Hipismo, em Deodoro, estão paralisadas desde o rompimento do contrato com a construtora Ibeg, em janeiro.

''Claro que estamos desapontados que toda a infraestrutura não está pronta. Em um mundo ideal, isso teria sido feito antes do evento-teste [realizado em agosto de 2015]. Mas temos de ser realistas e entender a situação e o contexto da crise econômica. Esta é uma das desvantagens de se escolher a sede dos Jogos tão antecipadamente'', comentou Ingmar De Vos, no início desta semana.

Remo: “redução de custos, redução de receita”

117380_8-MD-SDSete dias antes da crítica do dirigente do hipismo, os Jogos-2016 foram questionados por Jean-Christophe Rolland, presidente da FISA (Federação Internacional de Remo, na sigla em francês). A modalidade foi diretamente afetada pelo recente anúncio de corte de gastos feito pelo Comitê Organizador-2016.

Uma das medidas de contenção de despesa é exclusão do projeto de construção de uma arquibancada móvel com capacidade para 4.000 espectadores na Lagoa Rodrigo de Freitas.

O que é curioso porque uma das fontes de renda dos Jogos é justamente a venda de ingressos. Mas o Rio-2016 eliminou essa possibilidade para uma das modalidades mais tradicionais do evento e com certa popularidade na cidade, que é o remo . Mais um indicativo de que a procura por bilhetes patina para atingir suas metas.

“Originalmente, a arena do remo foi planejada para acomodar 14.000 espectadores. Então, este número foi reduzido para cerca de 10 000 lugares. Com o anúncio da remoção de uma plataforma flutuante, estaríamos hoje em 6 000 lugares, talvez menos. Para uma competição olímpica de remo, é algo jamais visto. Em Londres, a raia tinha arquibancadas para até 25.000 espectadores. Foram vendidos ingressos para fora todos os dias”,disse o dirigente.

“Rio-2016 evoca uma questão de redução de custos. O problema é que a decisão foi tomada sem consultar-nos e sem nos dar a oportunidade de encontrá-los com uma solução que seja satisfatória para todos. Seria interessante estudar o assunto como um todo, ou seja, os custos, mas também a receita da competição. Depois de remo, haverá canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas, em seguida, os Jogos Paraolímpicos. Ao remover uma arquibancada, os organizadores reduzem as despesas, mas eles também perdem receita”, completou o cartola da FISA em entrevista ao site francês FrancsJeux.

Grita geral nos desportos aquáticos

parque-aquatico-maria-lenk-no-rio-de-janeiro-uma-das-instalacoes-construidas-para-o-pan-de-2007-02052011-1304381000441_615x300Em setembro do ano passado, o repórter Guilherme Costa, meu colega de UOL Esporte, revelou outros dois casos de federações publicamente insatisfeitas com o Rio-2016. A FINA (Federação Internacional de Natação na sigla em francês) não está satisfeita com a organização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Segundo o órgão, as competições de esportes aquáticos estão sendo tratadas com ''desrespeito'' e as instalações estão abaixo do padrão.

Na mesma semana, a United States Aquatic Sports, entidade responsável pelos esportes aquáticos dos Estados Unidos, ampliou a discussão. Os norte-americanos endossaram críticas da Fina e cobraram ação do prefeito Eduardo Paes (PMDB).

Críticas provocam demissão na vela

fb26b9d0-f545-40ee-8267-4bd30907b3ad Até agora, nem o dirigente do remo e nem tampouco do hipismo tiveram destino semelhante ao do inglês Peter Sowrey. Há pouco mais de duas semanas ele anunciou em sua conta no Twitter que fora demitido do cargo de CEO da ISAF (sigla em inglês para Federação Internacional de Vela) por ser um crítico voraz da realização das provas na Baía de Guanabara. Ele defendia que a vela no Rio-2016 fosse para Búzios.

Além da sugestão de mudança do local de competição da vela, a postura agressiva de Sowrey, que reconheceu que tinha pouca experiência em lidar com a política de federações esportivas, pesou para a saída.

Reunião inédita de ''atualização'' na Suíça
Essas são apenas algumas das entidades que verbalizaram suas insatisfações com o Rio-2016. No final de janeiro, o COI (Comitê Olímpico Internacional) realizou uma até então inédita reunião com representantes de 28 federações internacionais para que debatessem suas ideias em conjunto com o Comitê Organizador-2016. Segundo informou o site inglês Inside The Games, as federações “sentiram-se agradecidas pelas atualizações feitas pelo Rio-2016 e pela abertura em ouvir a situação individual de cada entidade”.


Após foto sensual e Jogos de inverno, esquiadora vem ao Rio fazer história
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Daniel Brito

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Ela encarou montanhas congeladas, e o perigo extremo do esqui slalom. Foi porta-bandeira do país nos Jogos de Inverno de Turim-2006 e Vancouver-2010. Figurou no centro de uma polêmica ao posar com poucos trajes para um calendário voltado para o público feminino. Agora, tornou-se a primeira mulher do Líbano a se classificar para os Jogos Olímpicos de verão.

Chirine Njeim, 31, estará no Rio-2016 como maratonista. Até então, toda mulher do Líbano que disputou os Jogos o fazia por intermédio de um convite do COI (Comitê Olímpico Internacional). A ex-esquiadora terminou em terceiro a maratona de Houston, Texas, com o tempo de 2h44min14 e conseguiu o índice.

Ela trilha um longo caminho no esporte, desde que saiu da casa dos pais, em Beirute, a capital do Líbano, aos 14 anos para se dedicar ao esqui. Em seguida, mudou-se para o meio-oeste dos Estados Unidos para estudar e se preparar para representar seu país nos Jogos de Inverno. Classificou-se para os Jogos de Salt Lake City-2002, onde estudava e treinava.

Era vista com estranheza pelos atletas. “As pessoas pensam que no Líbano só tem areia, camelo e deserto. Há bons picos nevados lá para esquiar”, disse Chirine.

Mas terminou na 36ª no slalom e 45ª no slalom gigante em Salt Lake-2002. Em Turim-2006, carregou a bandeira do Líbano na abertura, mas o resultado foi semelhante ao de quatro anos antes.

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No ano seguinte, teve de superar a morte do namorado, que também era seu treinador, vítima de um tumor no cérebro. Começou a participar de corridas de rua para condicionar-se fisicamente para as provas de slalom, uma das mais perigosas e desafiadoras dos Jogos de Inverno. Após a participação em Vancouver-2010, cujo melhor resultado foi a 37ª colocação no slalom Super G.

Durante um período em que se preparava na Áustria para tentar a vaga em Sochi-2014, recebeu um convite para posar para um calendário de fotos sensuais com ao lado da compatriota Jack Chamoun. As fotos causaram revolta do governo libanês, que entendeu ser um desrespeito por parte das garotas de se deixarem fotografar com poucos trajes. Jack teve de vir a público pedir desculpas. Chirine Njeim nunca falou sobre o caso.

Por problemas com a federação libanesa de esqui, não foi a Sochi.

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Já em 2015, com o episódio das fotos superado, Chirine dedicou-se às maratonas com o intuito de chegar ao Rio-2016. Correu três maratonas em três meses. Há uma semana, conseguiu superar a marca de 2h45 que lhe dava a vaga olímpica. E ainda conseguiu baixar em 15 minutos (quinze minutos) o recorde nacional da prova.

Pela marca que alcançou nas ruas de Houston, deve ter uma participação semelhante às que experimentou nos Jogos de Inverno, distante do pódio. Mas poderá se orgulhar de integrar a exclusiva lista dos cerca de 130 atletas que participaram tanto nos Jogos de inverno quanto nos de verão.

 


Iraquianos pedem fim de tiros de metralhadora para comemorar vaga na Rio-16
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Daniel Brito

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A dramática classificação da seleção do Iraque para o torneio de futebol dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 contou com o apelo de um grupo de jovens de Bagdá, a capital do país. Durante o Pré-Olímpico Asiático, encerrado no domingo, foram espalhados cartazes e distribuídos panfletos pela cidade pedindo para que os torcedores se contivessem na comemoração. E, em caso de classificação para o Rio-2016, não mandassem tiros ao ar.

Tiros de metralhadora.

“Nossa mãe Bagdá, por favor não disparar tiros aleatoriamente caso nosso time vença”, era o que se podia ler nos cartazes exibidos em pontos estratégicos da cidade. O intuito era o de evitar feridos e até mortos por conta dos disparos.

As balas costumam ser atiradas de um ângulo no qual elas conseguem cair com uma certa velocidade capaz de provocar mortes, e não em queda livre vertical, que traz menos perigoso.

O futebol frequeteentemente consegue unir sunitas e xiitas pela seleção nacional. Mas a violência e, pior ainda, o terror ainda compõem a rotina do povo do Iraque. Basta lembrar que em 2007, quando o Iraque foi campeão asiático, um carro bomba explodiu nas ruas de Bagdá durante a festa da torcida.

Antes da partida decisiva, o capitão do time e autoridades fizeram diversos apelos públicos para que deixassem suas armas em casa para não haver feridos acidentalmente com os disparos para o ar. A polícia está autorizada a prender quem for flagrado celebrando com tiros de armas de fogo.

Não houve registros de mortos após a classificação do Iraque para o Rio-2016. O time terminou na terceira colocação o Pré-Olímpico Asiático, vencendo os anfitriões Qatar por 2 a 1 na prorrogação. No 117º, um iraquiano salvou um gol quase certo do Qatar ao atirar-se dentro da pequena área e defendendo com a barriga o chute que tinha como destino o fundo das redes. Na chegada em Bagdá, os jornais iraquianos registraram grande festa nas ruas e muitos fogos de artifício. Nada de tiros de metralhadora.

Japão e Coreia do Sul serão os demais representantes da Ásia no Rio-2016.

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Sete atletas gays que devem estar na Rio-2016 em busca do ouro
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Daniel Brito

Os Jogos Olímpicos Rio-2016 se encaminham para ser um grande evento de celebração da diversidade. Há menos de duas semanas, o COI (Comitê Olímpico Internacional) permitiu a participação de atletas transgêneros sem a necessidade de passarem por cirurgia. Ainda em dezembro, o site inglês Gay Star News, de conteúdo voltado para o público LGBT, elencou os sete atletas gays com chances de ganhar medalhas de ouro nas arenas cariocas neste ano.

“Mais uma vez, o campo para atletas gays, lésbicas ou bissexuais está crescendo. Além dos nomes consagrados como Tom Daley e Ian Thorpe, alguns novos rostos em modalidades menos populares estão treinando insanamente para os Jogos-2016”, escreveu a jornalista Stefanie Gerdes.

Na lista dos atletas citados pelo Gay Star News não há brasileiros, em mais um indicativo de o que o assunto ainda é um tabu por aqui. Os Jogos do Rio-2016 são mais uma grande oportunidade para derrubá-lo de vez.

Um dos listados por Gerdes é o britânico Tom Bosworth. Em outubro do ano passado, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, disse:  ''Ainda há pouco gay no esporte, e isso tem de mudar''.

Enquanto isso, fiquemos atento à performance de alguns dos atletas que já se revelaram publicamente gay e que têm chances de vir ao Rio-2016, segundo o Gay Star News.

Jamie Bissett (saltos ornamentais)

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Megan Rapione (futebol)

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Rose Cossar (Ginástica rítmica)

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Robbie Manson (remo)

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Sam Sendell (ginástica de trampolim)

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Tom Bosworth (marcha atlética)

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Connor Taras (canoagem)

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Leia aqui o que disse o Gay Star News sobre cada um desses atletas.

 


Deputado já não esperava abertura de CPI do Futebol na Câmara
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Daniel Brito

Autor do pedido de instalação da CPI do Futebol na Câmara dos Deputados, o deputado João Derly (Rede-RS), disse que já não esperava a criação da comissão da comissão. A confirmação veio na noite de quinta-feira, 28, por meio de uma notícia da Agência Câmara, na qual o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O requerimento de Derly é de junho, na esteira das prisões efetuadas pelo FBI em Zurique, na qual José Maria Marin foi detido quando estava hospedado no luxuoso hotel Bar au Lac, na cidade Suíça.

“Eu já não esperava mais pela CPI. Mas no final de novembro do ano passado perguntei ao presidente Eduardo Cunha se havia a possibilidade de ela ser aberta. Foi quando ele me avisou que em março a CPI do Futebol seria instalada na Câmara”, disse Derly ao blog.

As irregularidades envolvendo os negócios da CBF e da Fifa no Brasil devem começar a ser debatidas pelos deputados ainda em fevereiro, após o fim da CPI do BNDES, prevista para a semana seguinte à do Carnaval. A demora para instalação da CPI na Câmara é justificada por um item no regimento interno da Casa. Apenas cinco comissões de inquérito podem ser realizadas paralelamente, o que já estava em curso em junho, quando Derly entrou com o pedido. Assim ele entrou em uma longa fila, que agora chega ao fim, segundo o anúncio de Cunha.

Ela vai correr em paralelo com a do Senado, de autoria de Romário (PSB-RJ), que também a preside. Os senadores já trabalham nas investigações desde agosto e a previsão é de que dure até a metade deste ano.

‘O ideal seria uma CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito], com a participação de senadores e deputados, mas não foi possível. Então, vamos estudar tudo o que foi feito no Senado, pegar alguns fatos que ocorreram lá para não errar na apuração na Câmara”, previu.

O deputado disse que não acredita que a abertura da CPI do Futebol tenha como propósito desviar os holofotes do processo de cassação de mandato de Cunha por envolvimento no escândalo da Lava Jato. “Isso só vou conseguir responder com certeza quanto estiver em Brasília”, avisou o deputado, que está em recesso até a próxima semana.