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Arquivo : Leila Barros

Em severa crise, Brasília pede até ambulâncias da Rio-2016
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Daniel Brito

O GDF (Governo do Distrito Federal) terá de recorrer ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 para que possa haver ambulância para o público que vai participar do evento em Brasília. Foi um pedido da administração local ao comitê ante a crise que assola a capital federal. E que foi bem recebido no Rio-2016, segundo informou a secretária adjunta de Esporte do DF, a ex-jogadora Leila Barros.

“Avisamos ao Comitê Organizador dos Jogos-2016 que alguns itens da Matriz de Responsabilidade nós não temos condições de resolver, e não vamos resolver. Eles [Rio-2016] entenderam, porque houve um estudo em todos os aspectos da Matriz . Por exemplo, ambulância. São pedidas ambulâncias nos Centros de Treinamento, nos hotéis das delegações, nos locais de competição. Mas a gente não tem condições de fornecer isso. Temos dificuldades até para atender…então, eles entenderam e vão fornecer as ambulâncias”, explicou Leila ao blog durante evento do revezamento da Tocha Olímpica, com o ministro do Esporte e representantes da Coca-Cola, na terça-feira, 24.

O documento engloba os compromissos assumidos governo para organização dos Jogos do Rio-2016. A Matriz relaciona projetos e responsabilidades pela execução e aporte de recursos. Brasília ainda não fechou a sua, e não há uma data definida para divulgação.

Mas o GDF se comprometeu em reserva espaço nos hospitais da cidade para os Jogos. “Nós vamos oferecer a logística da capital: bombeiros, polícia militar, saúde, hospital, espaço nos hospitais para atendimento, e a operacionalização do estádio, que é de responsabilidade do GDF”, disse Leila.

Itens básicos em falta
O Distrito Federal atravessa uma severa crise na saúde. Por exemplo, dos 16 tomógrafos nos hospitais públicos, quatro estão quebrados. Restam 12 para atender mais de oito mil pacientes que estão na fila de espera. Faltam itens de primeira necessidades nas farmácias populares, o estoque de insulina é mínimo. No Hospital de Base, o principal da capital, cerca de 20 exames de diagnóstico não podem ser feitos por falta de reagentes.

Em setembro, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou um déficit superior a R$ 5 bilhões no orçamento, provocado por dívidas e compromissos firmados pelo governo anterior, de Agnelo Queiróz (PT).

Sem festa nas ruas
Por este motivo, o GDF também anunciou ao Comitê Organizador do Rio-2016 que não organizará festa ou espaços chamados no período da Copa do Mundo Fifa de “Fan Fest”. “Não é do interesse do Distrito Federal fazer festas, porque não temos dinheiro para isso, é mais interessante para eles, os patrocinadores dos Jogos, e vamos contar com a participação dos grandes patrocinadores dos Jogos para organizar esses espaços [fan fest]”, avisou a ex-jogadora, que disputou três edições dos Jogos Olímpicos pela seleção de vôlei.

O GDF estipulou que os Jogos custarão no máximo R$ 25 milhões à administração local. A Fifa anunciou há uma semana que o Mané Garrincha receberá os dois primeiros jogos da seleção brasileira masculina na primeira fase, em 4 de agosto, um dia antes da cerimônia de abertura, e o segundo em 7 de agosto.

O DF receberá dez jogos, sendo três do feminino.


Brasília erra e agora teme perder a Olimpíada-2016 para outra capital
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Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O Mané Garrincha corre o sério risco de ser excluído dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 porque o GDF (Governo do Distrito Federal) perdeu os prazos para firmar compromissos com o Comitê Organizador do evento.

A quase nove meses da abertura, o GDF não apresentou o caderno de encargos, nem a matriz de responsabilidade e nem tampouco cravou a data para assinar o contrato com com a organização dos Jogos.

A informação sobre a exclusão do Mané Garrincha foi divulgada no domingo, 25, na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. A nota informava que, por motivos de corte de gastos, Brasília perderia o direito de receber as 10 partidas de futebol que está prevista para sediar nos Jogos-2016.

Segundo a secretária-adjunta de Esporte e Lazer do DF, a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, Brasília sofre com a concorrência de outras cidades. “Eu liguei lá na Rio-2016 e eles me confirmaram que há uma capital trabalhando para receber as partidas de futebol que serão realizadas aqui”, contou a este blogueiro Leila, por telefone. O secretário-adjunto de Turismo do DF, Jaime Recena, disse ter a informação de que Recife pretende herdar o futebol que pode ser disputado na capital federal.

Tanto Leila quanto Recena afirmaram que Brasília não está atrasada, que está no mesmo patamar de outras cidades que receberão o futebol; São Paulo, Manaus, Belo Horizonte e Salvador são as outras sub-sedes dos Jogos. No início de outubro, São Paulo promoveu um evento em Itaquera para assinatura do contrato para sediar a Olimpíada-2016.

A assessoria de comunicação dos Jogos informou que Brasília e Salvador são as únicas que restam, mas que a capital baiana já está com tudo pronto, faltando apenas definir uma data para o evento de formalização.

“Entregamos na tade de hoje [segunda-feira, 26] o caderno de encargos feito com todos os entes envolvidos na realização dos Jogos aqui em Brasília. Um grupo de trabalho avaliará e em meados de novembro deve confirmar tudo. Estamos fazendo de tudo para que a Olímpiada seja em Brasília”, avisou Leila, dona de duas medalhas de bronze com a seleção feminina de vôlei, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

A assessoria do Rio-2016 não cravou uma data como o prazo final para a definição da permanência do Distrito Federal nos Jogos, mas disse que o tempo é exíguo e pode se encerrar nas próximas semanas. Assim como não confirmou se há a possibilidade de outra cidade sediar as partidas de futebol caso a capital da República seja excluída do evento.


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