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Arquivo : Leonardo Picciani

Após críticas na Rio-16, De Rose é excluído na Agência Mundial Antidopagem
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Daniel Brito

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Eduardo de Rose foi gerente de dopagem na Rio-16, duramente criticado pela Wada

O médico gaúcho Eduardo de Rose perdeu dois cargos que ocupava na Wada (Agência Mundial Antidopagem, na sigla em inglês), ambos no topo do organograma da entidade, sediada em Montreal. Ele deixou o Comitê de Fundadores (Foundation Board, em inglês) e Comitê Executivo, após reunião da agência em Glasgow, na Escócia, no mês passado.

De Rose integrava o corpo diretivo da Wada havia quase duas décadas e sua saída coincide com o relatório produzido pela agência sobre o trabalho de controle de dopagem durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016.
Eduardo de Rose foi gerente-geral da área de antidoping do evento, encerrado em setembro, e um relatório divulgado em outubro espinafrou o trabalho comandado pelo médico na Rio-16. Em mais de 50 páginas, quase todas as ações que seriam de responsabilidade do departamento comandado por De Rose foram duramente criticadas.

Segundo o documento, diversos atletas escolhidos para os exames “simplesmente não puderam ser encontrados” e “mais de 50% dos testes foram abortados”. De acordo com a Wada, houve falta de coordenação na equipe encarregada de dirigir o departamento antidoping dos Jogos.

Uma das justificativas dada por De Rose foi corte de gastos do Comitê Organizador. Porém, havia o compromisso público do governo federal de arcar com os custos das análises de urina e sangue dos atletas, assim sendo, Rio-2016 não teria gastos com esta operação.

No Comitê dos Fundadores, ele foi substituído por Zlatko Matesa, presidente do Comitê Olímpico da Croácia. Esta comissão tem o status de um conselho de administração. É ele que avaliza os nomes para o Comitê Executivo, este sim, administra a gestão da Wada, tanto financeira quanto operacional.

Entre o fim da Rio-2016 e o relatório dos Jogos, o Brasil tentou usar o prestígio de De Rose na Wada para evitar o descredenciamento da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem). O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), levou o médico a Montreal, sede da Wada,  para mostrar que o país seguia todas as exigências.

Não surtiu efeito.

Nesta mesma reunião em que De Rose perdeu os cargos nos comitês, em Glasgow, em novembro, a ABCD foi descredenciada e, em breve, o mesmo pode ocorrer com o LBCD (Laboratório Brasileiro de Controle de de Dopagem), na UFRJ, construído por R$ 188 milhões.

Com a saída de De Rose, o Brasil não tem mais representantes em nenhuma das comissões da Wada.

Aqui no Brasil, o médico gaúcho mantém-se prestigiado.

No final de novembro, após perder os cargos na Agência Mundial Antidopagem, ele foi nomeado como um dos integrantes do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem, que até fevereiro deve estar em funcionamento, mantido com recursos da União. Além disso, o braço direito de De Rose na desastrada operação na Rio-2016, Alexandre Nunes, atualmente ocupa um cargo diretivo na ABCD.


Tem dinheiro do esporte sobrando no cofre do governo. São mais de R$ 200 mi
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Daniel Brito

Tem dinheiro do esporte sobrando todos os anos, sem uso. E não é pouco. São cerca de R$ 200 milhões que não conseguem sair dos cofres do governo para incentivar a prática desportiva. Trata-se de recurso da lei de incentivo ao esporte, que anualmente tem direito a R$ 400 milhões em renúncia fiscal. A lei não é nova, é de 2007, criada ainda no governo Lula, tem como fonte inspiradora a Rouanet, que fomenta a cultura nacional. Porém, a versão esportiva da legislação não consegue ter a mesma abrangência.

Funciona da seguinte maneira: R$ 400 milhões do orçamento geral da União do que seria arrecadado em impostos são destinados aos projetos de lei de incentivo ao esporte. Empresas podem reservar 1% do Imposto de Renda devido com base no lucro real para patrocínio, doação ou apoio a projetos desportivos e paradesportivos aprovados pelo governo. Para pessoas físicas, o teto é de 6%.

Nunca, em dez anos de lei, conseguiu-se chegar perto dos R$ 400 milhões captados. O máximo foram R$ 250 milhões. Para se ter uma ideia do que é possível investir com este montante não utilizado, esse é o valor médio que o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) arrecadou da Lei Piva (proveniente do prêmio das loterias federais) em cada um dos últimos quatro anos e distribuiu para 29 confederações de esportes olímpicos.

O Ministério do Esporte acredita que o limite de 1% de renúncia do imposto para empresas seria um dos fatores para que sobre tanto dinheiro anualmente.

“Em muitos casos, esgota-se o limite em que as empresas podem colaborar. Se aumentarmos o limite, elas contribuiriam mais. Neste primeiro momento, não estamos propondo o aumento do teto de R$ 400 milhões da lei, para não impactar as contas públicas, e também porque há um espaço muito grande a ser utilizado. A meta é atingir a integralidade do que está destinado à lei”, explicou o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), em Brasília, em entrevista na semana passada.

Os projetos podem ser de cunho educacional, participativo ou de alto rendimento. Os clubes de futebol, por exemplo, são grandes beneficiários desta lei. Mas no caso específico do futebol, os projetos só podem ser utilizado para as categorias de base. O Cruzeiro de Belo Horizonte, Minas Gerais, por exemplo, acaba de ser contemplado com quatro projetos que totalizam R$ 6 milhões.

É preciso encontrar empresas ou pessoas físicas que aceitem destinar parte dos impostos para apoiar o projeto aprovado. Aqueles que apresentam propostas com potenciais interessados em patrocinar via lei, têm prioridade de aprovação.

A canoagem brasileira é um caso emblemático. O BNDES injetou, por meio da lei, mais de R$ 24 milhões em programas da modalidade. “É um dinheiro carimbado. Tem que ser utilizado apenas e tão somente nos projetos aprovados. Há uma fiscalização muito rígida por parte do Tribunal de Contas da União na aplicação desse dinheiro”, explicou João Tomasini, presidente da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem).

 

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Picciani (à esq.) levou atletas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para pedir apoio ao projeto (Francisco Medeiros/ME)

O projeto para aumentar o limite da renúncia fiscal das empresas está trancando a pauta da Câmara dos Deputados. Deve ser votada na terça-feira, 22, ou quarta-feira, 23, da próxima semana, com o apoio do governo e de sua base. Também deve ser votada a extensão da validade da lei, atualmente prevista para se encerrar em 2022, proposto para que expire apenas em 2028.


Ex-zagueiro ídolo do Botafogo é nomeado em gabinete do ministro do Esporte
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Daniel Brito

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Gottardo treinava o VIlla Nova-MG até junho deste ano

O ex-zagueiro Wilson Gottardo, 53,  foi nomeado nesta segunda-feira, 11, assessor de gabinete do ministro do Esporte, Leonardo Picciani. A designação foi publicada na edição do dia do Diário Oficial da União. Ele vai ganhar o salário mensal de R$ 8.554, 70.

wilsongottardo15Gottardo foi ídolo no Botafogo e formou a história dupla de zaga com Mauro Galvão no título do Estadual do Rio em 1989, em final contra o Flamengo, time para o qual Picciani torce. Em sua carreira como jogador, teve três passagens pelo clube de General Severiano, e ainda teve passagens marcantes por Flamengo e Cruzeiro. Encerrou a carreira como jogador em 1999, no Sport Recife.

Em 2014 teve uma passagem frustrada como diretor de futebol do Botafogo e nos primeiros seis meses do ano  treinou o Villa Nova, de Nova Lima, Minas Gerais.

De acordo com a assessoria do ministro, Gottardo será um dos representantes do Ministério do Esporte na APFut (Autoridade Pública de Governança do Futebol), criada para fiscalizar a aplicação da Profut, a nova lei do futebol. Um outro nome, mais técnico, ainda deve ser anunciado, segundo a pasta.

O ex-zagueiro não possui experiência em cargos público, mas é mais um ex-atleta que chega à equipe de Picciani. O ex-nadador Luiz Lima é secretário nacional de Alto Rendimento, o campeão olímpico do judô, Rogério Sampaio, foi nomeado chefe da Autoridade Braisleira de Controle de Dopagem.

Até então, Picciani se cercara de nomes polêmicos para sua equipe, como o secretário nacional de futebol, Gustavo Perrella, dono de um helicóptero apreendido em Espírito Santo com quase meia tonelada de cocaína. E Vanderley Alves dos Reis Júnior, conhecido como Vandinho Pitbull, foi nomeado no início do mês como assessor especial do Ministério dos Esportes. Ele já foi condenado na Justiça do Rio de Janeiro por porte ilegal de armas, de drogas e dupla tentativa de homicídios.

Sobre esses nomes, Picciani disse-me, em entrevista na semana passada que nada ficou comprovado contra eles.


“Não haverá caça às bruxas”, diz campeão olímpico novo chefe do antidoping
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Daniel Brito

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O campeão olímpico Rogério Sampaio, 48, é o novo chefe da ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem), órgão do Ministério do Esporte que regular os exames antidoping no país. E, antes mesmo da nomeação ser publicada no Diário Oficial, avisou: “Não haverá caça às bruxas, tem que haver respeito aos atletas”, disse Sampaio ao blog, por telefone.

Ele substitui a Marco Aurelio Klein, que fundou e estruturou a ABCD em um trabalho iniciado em 2011, atendendo a exigências da WADA (Agência Mundial Antidoping). Ele nem sequer foi informado da trocapelo ministro Leonardo Picciani (PMDB-RJ), mas sua queda já estava programada desde o início da semana, quando ele se encontrou com Sampaio e ofereceu-lhe o cargo na ABCD. A informação foi publicada no blog de Fernando Rodrigues, no UOL, na manhã desta quarta-feira, 29.
Sampaio foi ouro no judô em Barcelona-1992 e acumula experiência de 11 anos na gestão pública nas secretárias de esporte da prefeitura de Santos e de São Paulo.

Um dos fatores que pode ter acarretado a substituição de Klein por Sampaio foi a suspensão do LBCD (Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem), no Rio de Janeiro, pela Wada, por problemas técnicos.

Uma das primeiras atribuições do ex-judoca é acompanhar, na próxima semana, uma comissão da Wada que visitará o laboratório erguido ao custo estimado de R$ 180 milhões para realizar todo os exames antidopagem dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016.  Ele confia que o LBCD voltará a ser considerado apto a realizar os testes durante o evento.

“Enquanto a nomeação não sai, estou tomando conhecimento de todo o processo no Brasil. Vamos seguir todas as diretrizes e programação da Wada para controle de dopagem dos atletas brasileiros e estrangeiros. Vamos trabalhar em conjunto com as confederações brasileiras. Tem que haver o respeito ao atleta, não vai  ter perseguição e nem caça às bruxas”, avisou.

Na tarde desta quarta-feira, 29, a assessoria de imprensa do Ministério do Esporte divulgou nota informando que a saída de Klein não tem relação com a suspensão do LBCD. Confira a íntegra da nota, abaixo:

 

A troca no comando da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) se deu seguindo determinação do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, já anunciada desde que tomou posse, de que faria alterações nas secretarias do ministério para ter como assessores próximos pessoas de sua confiança. A mudança não tem nada a ver com a suspensão do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês). O ministro agradece Marco Aurelio Klein pelo trabalho realizado no período. Para sua vaga, o ministro convidou o ex-campeão olímpico Rogério Sampaio, que aceitou.


Dono de helicóptero apreendido com cocaína é nomeado para o Esporte
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Daniel Brito

O Diário Oficial da União, em sua edição desta sexta-feira, 17, publicou a nomeação de Gustavo Henrique Perrella Amaral Costa para o cargo de  Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte. Ele substitui a Ricardo Crachineski Gomyde, que ocupou o cargo até a semana passada, remanescente da gestão Dilma Rousseff na presidência da República.

Gustavo Perrella, 28, é filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro de Belo Horizonte, Zezé Perrella (PTB-MG). Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo.

Após as investigações, a Justiça entendeu que não havia envolvimento dos Perrella. O helicóptero foi devolvido à família.
Este não é o único secretário nomeado pelo novo ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que leva um histórico polêmico à Esplanada.

O filho do cantor Wando, Vanderley Alves dos Reis Júnior, conhecido como Vandinho Pitbull, foi nomeado no início do mês como assessor especial do Ministério dos Esportes. Ele já foi condenado na Justiça do Rio de Janeiro por porte ilegal de armas, de drogas e dupla tentativa de homicídios, conforme mostrou meu colega de UOL aqui em Brasília, Leandro Prazeres.

O secretário executivo do Esporte, Fernando Avelino, é ex-diretor do Detran do Rio e ganhou destaque na imprensa por estacionar seu carro blindado em local proibido, em frente à sede do Detran —foi flagrado pelo jornal “O Dia’‘ cometendo a infração por dois dias seguidos. Numa das vezes, o motorista parou o carro no corredor exclusivo de ônibus. Na outra, o carro do presidente do Detran ficou embaixo da placa de proibido estacionar.

Em maio,  Leandro Cruz Froes da Silva tomou posse como secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. No currículo, carrega a mácula de ter sido preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade.


Ministro do Esporte vai aos EUA e Inglaterra falar de Rio-16 e zika vírus
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Daniel Brito

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), vai aos Estados Unidos encontrar-se com membros do USOC (Comitê Olímpico dos EUA, na sigla em inglês) na próxima semana. É parte da agenda da primeira viagem internacional de Picciani à frente da pasta. Na pauta, a preparação do Rio para os Jogos-2016. E, certamente, como o Brasil está se prevenindo para evitar um surto de vírus zika durante o evento.

Nos Estados Unidos há uma campanha crescente da imprensa sobre a doença no Brasil. Na semana passada, o Senado do país enviou carta ao USOC demonstração preocupação com os atletas. Nessa quinta-feira, 2, Tejay van Garderen, que concorria uma vaga na equipe de ciclismo estrada dos EUA, anunciou a sua desistência da disputa por casa do medo do vírus zika. A sua esposa está grávida do segundo filho do casal.

O encontro do ministro com o USOC será em Washington D.C. na próxima quinta-feira, dia 9. Ainda nos EUA, ele tem agenda na SHHS (sigla em inglês para Secretaria de Saúde e Serviços Humanos do país), e com a diretora-executiva do Conselho de Esporte, Nutrição e Fitness dos Estados Unidos, Shellie Pfohl.

Antes, porém, na segunda-feira, 6, ele irá ao Parque Olímpico Rainha Elizabeth II, em Londres, sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de quatro anos atrás, na capital inglesa. Picciani tem compromisso com o Secretário de Estado para Cultura, Mídia e Esporte, John Whittingdale (equivalente britânico ao Ministro do Esporte do Brasil). Em seguida, encontra-se com Guy Taylor, diretor nacional do Talented Athlete Scholarship Scheme (TASS), organismo que fez parceria o Ministério do Esporte em intercâmbio de atletas escolares.

Novo secretário-executivo
O ministro viajará e deixará a pasta a cargo de Fernando Avelino Vieira, nomeado nesta sexta-feira,  3, novo secretário-executivo do ministério. Ele substitui a Ricardo Leyser, que compunha o ministério desde sua criação, em 2003. Avelino, dos quadros do PMDB do Rio,  foi diretor do Detran-RJ e tem pouca ligação com esporte. Sua nomeação foi publicada hoje no Diário Oficial da União.


Dilema de um campeão olímpico: ir para o ministério ou tentar a Rio-16?
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Daniel Brito

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Dante foi vice-campeão japonês e maior pontuador do time na temporada (Divulgação/FIVB)

O ponteiro Dante, 35, campeão olímpico com a seleção de võlei, está chegando a uma daquelas esquinas da vida. Recentemente, encontrou-se com o novo ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), e ouviu dele que pensa em contar com o atleta para o cargo de secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento.

Para assumir o posto, contudo, ele teria que dar um tempo na carreira de jogador. Seria impossível conciliar as duas funções.

Mas Dante ainda vive a expectativa de disputar os Jogos Olímpicos pela quinta vez seguida – disputou Sydney-2000, foi campeão em Atenas-04, vice em Pequim-08 e em Londres-12. Ele não foi convocado por Bernardinho para a equipe que se prepara para a Rio-16, mas seu nome já foi lembrado pelo treinador, caso a seleção necessite de uma “bola de segurança” na ponta. Ou seja, há chance de estar no Maracanãzinho em agosto, mês dos Jogos. com a seleção.

Dante foi vice-campeão japonês com o Panasonic Panthers, o maior pontuador da equipe na temporada, e entende que ainda tenha muita lenha para queimar em quadra. Largar a carreira de atleta e aceitar a proposta de Picciani seria entrar num ambiente que pouco o tocou ao longo da carreira.

A Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento com seus programas de bolsas e convênios influenciaram  em quase nada na carreira deste goiano da cidade de Itumbiara. É que o Ministério não é exatamente a principal fonte de recursos do vôlei nacional. Por outro lado, se aceitar o convite, Dante agregaria um valor até aqui esquecido por Picciani na montagem de sua pasta.

Os secretários escolhidos pelo pemedebista do Rio são, no mínimo, controversos. No início desta semana, Picciani nomeou Leandro Cruz Froes da Silva para secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. No currículo, carrega a mácula de ter sido preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade.

Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrella (PTB-MG) deve ser o secretário de futebol. Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo.

Já o provável secretário executivo do ministério será Fernando Avelino, ex-diretor do Detran do Rio e ligado ao PMDB fluminense. Na semana passada, a Folha de S.Paulo publicou que Avelino ficou famoso por estacionar seu carro blindado em local proibido, em frente à sede do Detran —foi flagrado pelo jornal “O Dia” cometendo a infração por dois dias seguidos. Numa das vezes, o motorista parou o carro no corredor exclusivo de ônibus. Na outra, o carro do presidente do Detran ficou embaixo da placa de proibido estacionar.

A maior acusação que se tem notícia contra Dante diz respeito à sua atuação contra a Argentina nas quartas de final de Sydney-2000, o que causou a eliminação da seleção daquela Olimpíada. Nada que a torcida já não o tenha perdoado.


Novo secretário do Ministério do Esporte foi preso por porte ilegal de arma
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Daniel Brito

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) nomeou Leandro Cruz Froes da Silva para secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. A efetivação no cargo foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23.
Froes foi assessor da liderança do PMDB na Câmara quando Picciani fazia as vezes de líder do partido na Casa. E também fez parte da equipe de Picciani em seu gabinete na Câmara. Ele carrega no currículo, no entanto, uma mácula.

Quando era secretário de Transportes e Serviços Públicos de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Froes foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade. O caso ocorreu em setembro de 2006, quando Froes estava em um carro com outros três amigos no momento da prisão e teria discutido com os policiais, que chegaram ao local através de uma denúncia anônima.

Aqui está a notícia da época da prisão do novo secretário escolhido por Picciani.

Outros secretários escolhidos por Picciani também chegam ao ministério com um histórico de controversias. Basta lembrar que Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrella (PTB-MG) deve ser o secretário de futebol. Em novembro de 2013, uma operação da Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrella em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, interior do estado do Espírito Santo.

Já o secretário executivo do ministério será Fernando Avelino, ex-diretor do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio e ligado ao PMDB fluminense. Na semana passada, a Folha de S.Paulo publicou que Avelino ficou famoso por estacionar seu carro blindado em local proibido, em frente à sede do Detran —foi flagrado pelo jornal “O Dia” cometendo a infração por dois dias seguidos.
Numa das vezes, o motorista parou o carro no corredor exclusivo de ônibus. Na outra, o carro do presidente do Detran ficou embaixo da placa de proibido estacionar.


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