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Arquivo : Mané Garrincha

Deputados aprovam projeto e Olimpíada deve custar R$ 25 milhões ao DF
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Daniel Brito

A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, na noite de terça-feira, 10, o projeto de lei que garante o estádio Mané Garrincha como uma das sedes para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Por unanimidade (21 votos), os deputados distritais autorizaram o encaminhamento da proposta.

Não houve, no entanto, previsão orçamentária. À réporter Larissa Rodrigues, no portal Fato On Line, de Brasília, a secretária-adjunta de Esporte do Distrito Federal, Leila Barros, disse que os Jogos Olímpicos custará R$ 25 milhões aos cofres da capital.

A aprovação na Câmara coincidiu com o anúncio da Fifa de que o Mané Garrincha receberá os dois primeiros jogos da seleção brasileira masculina na primeira fase da Rio-2016.  A seleção anfitriã estará no Grupo A e estreará em Brasília, em 4 de agosto, às 16h. O segundo também acontecerá em Brasília, às 22h do dia 7 de agosto.

O DF receberá dez jogos, sendo três do feminino.

O Mané Garrincha corria o sério risco de ser excluído dos Jogos-2016 porque o GDF (Governo do Distrito Federal) perdeu os prazos para firmar compromissos com o Comitê Organizador do evento. A quase nove meses da abertura, o GDF não apresentou ao Rio-2016 o caderno de encargos, nem a matriz de responsabilidade.

Agora, o texto aprovado na Câmara Legislativa do Distrito Federal vai para a sanção do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e, em seguida, publicado no Diário Oficial do DF. A assessoria do Rio-2016 informou que o GDF procurou o Comitê Organizador ainda na noite de terça-feira para comunicar sobre a aprovação o projeto pelos distritais. Assim, o Rio-2016 tem uma garantia de que a cidade está se movimentando para confirmar logo sua participação nos Jogos. A organização da Olimpíada aguarda agora a chegada do caderno de encargos e a matriz de responsabilidade, o que deve ocorrer nos próximos dias.


Só o Flamengo alivia as contas do Mané Garrincha em 2015. Saiba como
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Lanternas da segundona do DF jogam em Mané vazio (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O Flamengo jogou apenas duas vezes no estádio Mané Garrincha em 2015 e rendeu ao GDF (Governo do Distrito Federal), que administra a arena, quase a metade do que foi arrecadado nesses últimos 10 meses. Todos os eventos e a arrecadação oficial do gigante de 72 mil lugares foram publicados no DODF (Diário Oficial do Distrito Federal), há uma semana.

O clube da gávea enfrentou em janeiro, ainda na pré-temporada, o Shakhtar Donetsk, que contemplou o GDF com pouco mais de R$ 290 mil, para um público anunciado de 26 mil pagantes. O Flamengo só voltou a se apresentar no Distrito Federal em setembro, contra o Coritiba, pelo Campeonato Nacional. Com o recorde de 68 mil espectadores, a arrecadação do dono do Mané Garrincha foi de R$ 268.273,00.

A soma dos dois eventos dá algo em torno R$ 558 mil. E isso é o suficiente para representar 45% do que o Mané angariou com eventos neste ano. Segundo o DODF, o estádio rendeu aos cofres públicos R$ 1.2 milhão em 2015 com taxa de ocupação.

Definições de elefante branco
Diz-se que um estádio é um elefante branco por não ter uso, servir para pouco (ou poucos) ou quase nada. Este é um dos conceitos da expressão tão usada desde a Copa do Mundo. Mas veja você que o Mané Garrincha, que recebeu sete jogos no Mundial-14, acumulou em sua agenda nada menos que 35 acontecimentos desde de 1º de janeiro até outubro.

Foram os mais variados tipos de eventos. Só de shows foram nove. Desde a banda de rock Kiss, em abril, até a gravação do DVD do cantor de música popular Wesley Safadão. Aconteceram também festas, circuito nacional de vôlei de praia, exposições, festivais de pets e de cerveja. Houve dez jogos de futebol, uma média de um por mês.

Mas isso aí tudo, somado, não chega a R$ 800 mil de arrecadação. Nesta conta aí, como se vê, não estão os dois jogos do Flamengo.

Acontece que o estádio é tão grande e é tão caro mantê-lo de pé e funcionando que nem esta quantidade de eventos é suficiente para bancar os custos do Mané Garrincha. De onde extraímos, portanto, mais uma definição de elefante branco: aquele espaço incapaz de produzir receita suficiente para pelo menos cobrir as despesas.

Quanto custa o Mané Garrincha?
O Tribunal de Contas do Distrito Federal calculou que R$1,6 bilhão dos cofres da capital federal foram utilizados para derrubar o antigo Mané Garrincha, aquele para 40 mil torcedores, construído em 1974, para levantar este gigante de concreto com 72 mil assentos, para a Copa do Mundo.

Passado o Mundial, o estádio agora tem o custo mensal de manutenção em torno de R$ 800 mil. Ou seja, com o que foi angariado com esses 35 eventos no dá para cobrir o que o Mané Garrincha consome de dinheiro público em dois meses.

Para evitar que o espaço fique ocioso, o GDF concede isenções aos que querem promover eventos no estádio. O Banco do Brasil, por exemplo, deveria pagar R$ 170 mil para realizar a etapa de Brasília do circuito de vôlei de praia. Mas o governo deu 99% de isenção e o banco só desembolsou R$ 1,7 mil.

O jogo entre Flamengo e Coritiba, em setembro, também ganhou desconto do governo. A taxa de ocupação foi de apenas 7% da bilheteria e não os usais 15%. O que fez com que o GDF recebesse menos que a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio).

No último final de semana, do feriado de Finados, o último e o antepenúltimo colocados da segunda divisão do futebol do DF jogaram pela última rodada do certame, com igual promoção na taxa de ocupação (99% de desconto). Não foram vendidos mais do que 300 bilhetes na entrada.

Volta, Flamengo
Para alívio do GDF, há a previsão de que o time comandado por Oswaldo de Oliveira volte a jogar em Brasília em 22 de novembro, contra a Ponte Preta, pela 36ª rodada.


Estádio de Copa recebe jogo de lanternas da segundona do DF com 270 pessoas
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Dono do estádio receberá R$ 13,50 pelo uso do estádio neste sábado (Credito: Daniel Brito/UOL)

O estádio que recebeu o maior público da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, em setembro, com mais de 68 mil pessoas, sediou na manhã deste sábado, 31, o melancólico encontro entre o lanterna e o antepenúltimo colocado da segunda divisão do Distrito Federal, diante de aproximadamente 270 pagantes.

Dom Pedro, pior time da Série B do DF, e Legião, 10º colocado se enfrentaram na última rodada do certame no estádio Mané Garrincha, reconstruído para a Copa-2014 ao valor estimado de R$1.6 bilhão (hum bilhão e seiscentos milhões de reais) do dinheiro público. A arena tem capacidade para 72 mil espectadores e recebeu sete jogos no Mundial da Fifa.

Logo, neste sábado, sobraram em torno de 71.730 assentos vazios no duelo entre Legião e Dom Pedro. Cada testemunha desembolsou R$ 5 e um quilo de alimento não perecível para assistir à partida. O que gerou uma renda de R$ 1.350 (hum mil, trezentos e cinquenta reais). Foram colocados pouco mais de seis mil ingressos à venda.

O GDF (Governo do Distrito Federal), dono do estádio, deu um tremendo desconto na taxa de ocupação para o Legião, dono do mando de campo. Apenas 1% (hum por cento) da renda será cobrado ao clube pela realização do jogo no estádio. Assim, o GDF deve receber R$ 13,50 (treze reais e cinquenta centavos) pela cessão do campo. Os alimentos não perecíveis não ficarão para o governo.

Os números oficiais devem ser publicados na terça-feira, 3, no site da Federação de Futebol do DF. A informação sobre o total de pagantes foi repassada a este blogueiro por um funcionário da entidade, que estava responsável pela bilheteria da partida.

Turista, claque e familiares
Entre o público presente, estavam 30 crianças carentes do Centro Espírita Irmã Celina, de Planaltina, cidade a 40 quilômetros do estádio. Outros 45 adolescentes de 12 a 17 anos da escola do bairro Pacaembu na cidade de Valparaíso de Goiás, na divisa com o Distrito Federal, também ocuparam as cadeiras do Mané nesta manhã de sábado.

“Os jovens ficaram emocionadas em conhecer o estádio, nenhum deles havia tido esta oportunidade de entrar no novo Mané Garrincha”, contou o vereador Elvis Santos (SD-GO), presidente da Câmara dos Vereadores de Valparaíso, que disse ter alugado o ônibus por conta própria para transportar os estudantes.

Sozinho em uma fileira de cadeiras estava o catarinense Wellington Dallabilia. De passagem por Brasília, acompanhando a mulher que participa de um congresso de radiologia, tirou a manhã de sábado para conhecer o estádio. “Eu vim conhecer, descobri na porta que estava tendo jogo, resolvi entrar. É bonito mesmo, grande, né?”, disse Wellington.

Um pouco mais próximo do gramado estava Antônio Carlos Santana. Ele é pai do lateral-direito do Dom Pedro, André, que estuda proposta para defender o Operário de Ponta Grossa (PR) na próxima temporada. Antes de ir embora, Antônio tirou do bolso um saquinho plástico e recolheu o lixo deixado pelos torcedores que estavam ao seu redor. “Educação é sempre bom para todos. Faço isso em todos os jogos que vou e em todos os estádios”, garantiu.

Manutenção
O Mané Garrincha é um grande problema para o GDF. Custa, mensalmente, R$ 700 mil apenas para manutenção. Só recebeu nove jogos de futebol neste ano. Com o deste sábado, completaram-se dez.

Uma dessas partidas foi Flamengo 0 x 2 Coritiba, na noite de 17 de setembro de 2015. Mais de 68 mil pessoas, a maioria rubro-negra, pagaram para assistir à derrota do clube da Gávea em Brasília. O ingresso mais barato custava dez vezes mais que o de Legião x Dom Pedro: R$ 50.
O GDF deu um desconto de 50% para que o Flamengo pudesse atuar no DF e cobrou apenas 7% da renda do jogo pela taxa de ocupação. O que proporcionou ao GDF uma arrecadação de R$ 268.273,00.

Há a previsão de que o time comandado por Oswaldo de Oliveira volte a jogar em Brasília em 22 de novembro, contra a Ponte Preta, pela 36ª rodada.

E o jogo?
Bom, o jogo.

Legião e Dom Pedro tiveram, neste sábado, seus últimos compromissos na temporada 2015. Em campo, um campeão mundial: Márcio Costa, ex-volante do Corinthians no título de 2000, disputado no Brasil. É o capitão do Dom Pedro. No Legião, Jefferson, sobrinho do zagueiro pentacampeão Lúcio, que é de Brasília, compunha o meio de campo. Aliás, o time é presidido e treinado pelo padrasto do zagueirão, hoje no futebol indiano.

Com o gramado alto e um tanto falho, devido à falta de manutenção, conforme publicou nesta semana o Correio Braziliense, os dois times tiveram dificuldades em proporcionar uma manhã divertida aos torcedores.

Ao final dos 90 minutos, o Legião saiu-se melhor, e venceu por 1 a 0, gol de Brayan, após falha de Márcio Costa.


Brasília erra e agora teme perder a Olimpíada-2016 para outra capital
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Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O Mané Garrincha corre o sério risco de ser excluído dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 porque o GDF (Governo do Distrito Federal) perdeu os prazos para firmar compromissos com o Comitê Organizador do evento.

A quase nove meses da abertura, o GDF não apresentou o caderno de encargos, nem a matriz de responsabilidade e nem tampouco cravou a data para assinar o contrato com com a organização dos Jogos.

A informação sobre a exclusão do Mané Garrincha foi divulgada no domingo, 25, na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. A nota informava que, por motivos de corte de gastos, Brasília perderia o direito de receber as 10 partidas de futebol que está prevista para sediar nos Jogos-2016.

Segundo a secretária-adjunta de Esporte e Lazer do DF, a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, Brasília sofre com a concorrência de outras cidades. “Eu liguei lá na Rio-2016 e eles me confirmaram que há uma capital trabalhando para receber as partidas de futebol que serão realizadas aqui”, contou a este blogueiro Leila, por telefone. O secretário-adjunto de Turismo do DF, Jaime Recena, disse ter a informação de que Recife pretende herdar o futebol que pode ser disputado na capital federal.

Tanto Leila quanto Recena afirmaram que Brasília não está atrasada, que está no mesmo patamar de outras cidades que receberão o futebol; São Paulo, Manaus, Belo Horizonte e Salvador são as outras sub-sedes dos Jogos. No início de outubro, São Paulo promoveu um evento em Itaquera para assinatura do contrato para sediar a Olimpíada-2016.

A assessoria de comunicação dos Jogos informou que Brasília e Salvador são as únicas que restam, mas que a capital baiana já está com tudo pronto, faltando apenas definir uma data para o evento de formalização.

“Entregamos na tade de hoje [segunda-feira, 26] o caderno de encargos feito com todos os entes envolvidos na realização dos Jogos aqui em Brasília. Um grupo de trabalho avaliará e em meados de novembro deve confirmar tudo. Estamos fazendo de tudo para que a Olímpiada seja em Brasília”, avisou Leila, dona de duas medalhas de bronze com a seleção feminina de vôlei, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

A assessoria do Rio-2016 não cravou uma data como o prazo final para a definição da permanência do Distrito Federal nos Jogos, mas disse que o tempo é exíguo e pode se encerrar nas próximas semanas. Assim como não confirmou se há a possibilidade de outra cidade sediar as partidas de futebol caso a capital da República seja excluída do evento.


Mané Garrincha será cortado da Rio-16, diz jornal. Governo se diz surpreso
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Daniel Brito

O jornal O Globo publicou neste domingo, 25, a informação de que o estádio Mané Garrincha, em Brasília, com capacidade para 72 mil espectadores, será excluído dos Jogos Olímpicos-2016 por “corte de gastos.

A nota assinada pelo jornalista Lauro Jardim informa: “Para enxugar os custos, a Rio-2016 resolveu diminuir o número de sedes do futebol nas Olimpíadas. Das seis previstas, quer cortar duas. Uma, está decidida – será o Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O problema agora é resolver como devolver os ingressos já vendidos.”

Brasília foi contemplada com 10 partidas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 em um período de oito dias, de 4 a 12 de agosto. Ainda hoje há a possibilidade de comprar ingressos para as disputas no Mané Garrincha, reerguido ao valor estimado de R$ 1.6 bilhão para a Copa do Mundo-2014 e Olimpíada-2016. São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Manaus são as outras sedes do futebol nos Jogos-16.

Este blogueiro entrou em contato com o GDF (Governo do Distrito Federal) neste domingo e ouviu das autoridades que a nota d’O Globo “pegou a todos de surpresa”. “Por ora, os Jogos acontecerão normalmente em Brasília”, informou assessoria do governo de Brasília.


Governo do DF recomenda férias escolares durante Jogos Olímpicos-2016
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Mané Garrincha, que terá 10 jogos em 2016, segue servindo de terminal (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O GDF (Governo do Distrito Federal) pede às instituições de ensino da capital federal que “considere a possibilidade” de dar férias aos alunos durante a realização dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Brasília foi contemplada com 10 partidas de futebol nos Jogos-2016 em um período de oito dias, de 4 a 12 de agosto.

É justamente neste período que o GDF sugere as férias aos colégios da rede privada. “No caso de suspensão das atividades escolares, a instituição deverá lançar no calendário escolar os respectivos dias como recesso escolar, ressaltando-se a necessidade de cumprir os dias letivos e a carga horária total previstos na legislação em vigor”, ressalvou o governo local em resolução publicada no DODF (Diário Oficial do Distrito Federal) de 29 de setembro. O ano letivo deve contar com 200 dias e carga horária mínima de 800 horas.

A ideia é replicar o modelo que deu certo durante a Copa do Mundo do ano passado, em que houve férias de um mês entre o primeiro e o segundo semestre na rede pública. O calendário letivo de 2016 das escolas do governo ainda não foi divulgado oficialmente.

A recomendação de folga durante a realização de grandes eventos na cidade se dá para que não haja problemas com trânsito para turistas e delegações estrangeiras. No Mundial da Fifa funcionou.

Mas o curioso é que o estádio Mané Garrincha, reerguido, inicialmente, com o propósito de ser uma das sedes da Copa do Mundo, terá quase 50% a mais de jogos nas Olimpíadas do que no evento da Fifa, em 2014. O Mundial levou ao Distrito Federal sete partidas em um período de 24 dias.

Para 2016, o prazo mínimo de 72 horas respeitado pela Fifa entre duas partidas só será respeitado uma vez. Até porque os Jogos-2016 têm 16 dias de duração, contra 30 do Mundial. Nas olimpíadas, haverá rodadas duplas em Brasília nos dias 7, 9 e 10 de agosto.


Jogo do Fla no DF rendeu mais à FERJ do que ao dono do Mané Garrincha
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A FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) lucrou mais que o dono do estádio Mané Garrincha no jogo da quinta-feira, 17, em Brasília. Na vitória do Coritiba por 2 a 0 sobre o Flamengo diante de mais de 67 mil torcedores a entidade fluminense apurou R$ 383.247,00. O Governo do Distrito Federal (GDF), que ainda administra o estádio, recebeu 30% a menos.

Os anfitriões ficaram com somente R$ 268.273,00 que corresponde a 7% da renda bruta. Já o quinhão da FERJ representa 10%. O jogo bateu recorde de bilheteria. Foram arrecadados, segundo divulgou a FERJ em borderô publicado no sábado, no site da CBF, R$ 3.995.500.

Abaixo, o resumo do boletim financeiro da partida:

Receita R$ 3.995.500
Taxa FERJ R$ 383.247
INSS 5% Decreto 832 R$ 188.775
Arbitragem (taxa de arbitragem, seguro, reembolso passagem) R$ 10.219,76
Despesa operacional (com INSS) R$ 24.000
Delegado (com INSS) R$ 2.760
Controle de Doping R$ 4.920
Seguro público presente R$ 3.350,55
Taxa de ocupação do estádio R$ 268.273,25
Material de expediente R$ 20
Taxa Federação Brasiliense de Futebol R$ 191.623
Credenciamento R$ 3.675
Ingressos promocionais R$ 163.025
Supervisor de protocolo CBF R$ 1.000
Despesa do Flamengo R$ 6.000
Operação do jogo R$ 1.286.274
Retenções (INSS e IRRF arbitragem, operacional) R$ 2.108,31
Total de despesas R$ 2.548.165,00
Penhora R$ 217.100,25
Resultado Final para o Flamengo R$ 1.230.234,75

O Flamengo só jogou em Brasília porque o GDF promoveu um desconto de 50% na taxa de ocupação do Mané Garrincha, que até então só havia recebido cinco partidas neste ano. O estádio representa um problema para o governo da capital.

Sem uso, ele consome aproximadamente R$ 800 mil mensais de manutenção do GDF. A taxa de 15% é considerada alta pelos clubes, que quando querem vender o mando de campo a alguma empresa, vão para Cuiabá, por exemplo. Por isso, o governo teve de dar este abatimento, principalmente no momento em que o DF passa por um severa crise financeira. A reconstrução do Mané Garrincha para a Copa do Mundo, no valor estimado de R$ 1,8 bilhão contribuiu para o agravamento do problema.


DF aumenta impostos mas dá desconto para Flamengo jogar no Mané Garrincha
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O Flamengo chega a Brasília em uma ótima fase no Campeonato Nacional mas em um péssimo momento para a cidade. Há a expectativa de que a equipe enfrente o Coritiba nesta quinta-feira, 17, no Mané Garrincha, diante de mais de 50 mil espectadores, muitos afetados diretamente pelas duras medidas fiscais anunciadas pelo GDF (Governo do Distrito Federal) no início desta semana.

Entre as propostas apresentadas pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para estancar a crise financeira estão os reajuste no preço das passagens de ônibus e na taxa dos restaurantes comunitários, o aumento na Taxa de Limpeza Pública, que será ainda mais alta para hospitais, suspensão de concursos públicos, corte nos salários dos servidores do primeiro escalão (inclusive do governador e vice), entre outros.

Mas o arrocho não atingiu os jogos de futebol no Mané Garrincha, reconstruído para a Copa do Mundo-2014, ao valor estimado de R$ 1,6 bilhão.

Quase 50% de desconto
A taxa de ocupação do estádio foi estabelecida pelo governo local, antes da crise, em 15% da renda bruta do jogo. Caso um clube (ou empresa) decidisse realizar quatro apresentações em Brasília, ganharia um desconto e pagaria apenas 13%. Mas para este encontro entre Flamengo e Coritiba, o GDF deu à empresa que promove a partida um abatimento de 46%.

Assim, ficarão para o governo local apenas 7% da renda da partida como pagamento pela taxa de ocupação. Esta será apenas a quinta partida oficial que o estádio receberá em 2015. O último jogo de futebol realizado na arena ocorreu em julho, no empate entre Gama e Botafogo de Ribeirão Preto, diante de pouco mais de 3 mil testemunhas que proporcionaram uma renda de R$ 46 mil.

Concorrência cuiabana
A organização da partida declarou que 55 mil ingressos foram vendidos para Flamengo e Coritiba nesta quinta-feira. Fazendo uma conta muito conservadora, se todos os bilhetes vendidos custaram R$ 50, a renda do jogo baterá, no mínimo, na casa dos em R$ 2.7 milhões. Então, caberá ao GDF receber algo em torno de R$ 190 mil. Se mantivesse os 15% de taxa de ocupação, os flamenguistas dariam ao governo local cerca de R$ 410 mil.

Repetindo, é um cálculo estimado pelo valor do ingresso mais barato. Os bilhetes custam de R$ 50 (a meia) a R$ 200,

De acordo com a secretaria de Turismo, que é responsável pelo agendamento de eventos no estádio, foi necessário dar quase 50% de desconto porque Brasília estava perdendo diversos jogos para a Arena Pantanal, em Cuiabá. Não há, contudo, outros jogos confirmados para o Mané Garrincha neste ano, informou a assessoria da pasta, que também terá que apertar os cintos a partir de agora.

Quanto custa para ver o elefante
Por causa da crise, a secretaria de Turismo foi fundida a outras quatro pastas: Trabalho, Economia, Agricultura e Ciência e Tecnologia. Elas todas formaram uma única secretaria.

O pacote anunciado por Rollemberg atingiu até o Zoológico de Brasília. Para visitar os elefantes e os demais animais pagarão R$ 10 e não mais os R$ 2 cobrados até ontem.

Reuters - Dez.2014

Elefante se refresca no Zoo de Brasília


Ex-braço direito de Blatter no Brasil agora comanda o vôlei de praia
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Fulvio Danilas foi diretor do escritório da Fifa no Brasil: hoje está na CBV

Fulvio Danilas foi diretor do escritório da Fifa no Brasil: hoje está na CBV

Fulvio Danilas foi o número 1 da Fifa no Brasil enquanto a entidade manteve seu escritório ativo por aqui. Respondia sobre a Copa do Mundo no país. Comandava o time da entidade na organização do evento no ano passado. Amigo do francês Jerome Valcke, que o indicou ao cargo, formado em economia e relações internacionais na USC (Universidade do Sul da Califórnia), hoje é diretor do departamento de vôlei de praia da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

Inverteu, agora, os papéis com outro partícipe da organização da Copa no Brasil, Ricardo Trade. Conhecido como Baca, Trade é o CEO da CBV desde fevereiro e chefiava o Comitê Organizador do Mundial no país, que respondia à Fifa. Foi ele quem convidou Danilas a se juntar à confederação de vôlei neste ano.

“A CBV é um exemplo de organização. Tudo é feito sob a orientação do presidente, mas tem uma nova gestão, que é do Ricardo Trade. A ideia é sempre aprimorar. Em pouco tempo que estou lá, pude acompanhar a evolução na gestão, com a transparência, com todos os números publicados. Temos um comitê de apoio que já atua, com jogadores e ex-jogadores, treinadores”, elogiou Danilas.

Ele conversou com o blog há pouco mais de 10 dias, durante etapa do Circuito Nacional de Vôlei de Praia, realizada, coincidentemente, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Arena reerguida para a Copa do Mundo no valor de R$ 1,6 bilhão, recebeu apenas cinco partidas oficiais em 2015. O atual dirigente da CBV considera importante a construção do estádio.

“Este estádio é um equipamento fantástico, incrível, comparável aos melhores do mundo. Agora, cabe aos administradores da cidade fazer bom uso dele. É sabido que Brasília tem um público ávido por eventos esportivos, por isso é um privilégio da cidade contar com esta arena”, opinou.

“Escândalos” na Fifa
Este não é o único assunto que ele relativiza quando a pauta diz respeito à Fifa. Perguntado sobre “os recentes escândalos de corrupção envolvendo a entidade, Danilas disse: “Pessoalmente, tenho uma percepção de que a Fifa foi envolvida mas não participou. Entidades filiadas à Fifa, pessoas, mas não funcionários da Fifa, estão envolvidas. Não foram irregularidades encontradas em competições da Fifa”, disse.

“Para uma entidade tão grande como a Fifa, que tem eventos no mundo inteiro, que envolvem tanta gente, tanto dinheiro, controlar tudo o que acontece no futebol é praticamente impossível praticamente. Não estou aqui defendendo a Fifa, mas esse “escândalo” envolve pessoas ligadas à entidade, e não tem relação com a Fifa, mas sim com a Copa América, Copa do Brasil”, explicou, puxando no ar os dedos indicador e médio quando citou a palavra escândalo.

Retorno às origens
Fulvio Danilas não é um estranho no vôlei de praia. Ele atua na modalidade desde muito antes de ela ingressar no programa dos Jogos Olímpicos. O dirigente promoveu campeonatos desde a época em que ainda eram realizados nas areias de Ipanema – hoje, o Maracanã do vôlei de praia é Copacabana -, e tinha patrocínio de marca de cigarro. “Estamos falando aí de 1987, 88”, estima.

Seu envolvimento com o vôlei vem de muito antes. No início dos anos 1980, ele foi meio de rede do time montado pela extinta companhia aérea Transbrasil, em São Paulo. E, como o mundo dá muitas voltas, tinha como preparador físico ninguém menos que o Baca, hoje seu chefe na CBV.

“Meu ingresso na CBV foi um retorno para casa. Sempre atuei no vôlei de praia. Agora, estou reencontrando gente daquela época, que era jogador e hoje é treinador ou mantém-se envolvido com a modalidade até hoje. Isso é muito bacana, mostra que deu certo”, relata.

Koch Tavares
Depois que parou de jogar, Danilas formou-se nos Estados Unidos e voltou para o Brasil para trabalhar na promoção de eventos com a Koch Tavares. A empresa realizou diversos torneios de vôlei de praia no país e fora, entre outras modalidades. Mas foi por intermédio do futebol de areia que Danilas chegou à Fifa.

Após a promoção de uma série de competições pelo mundo, ele relata, chegou ao departamento de “Beach Soccer” da Fifa em 2005. Lá, conheceu Jerome Valcke, então diretor de marketing da entidade (hoje secretário geral), de quem mantém-se amigo até hoje.

O brasileiro acredita em mudanças na Fifa depois dos recentes “escândalos”. “Minha relação com eles [Blatter e Valcke] sempre foi muito boa. Desejo sorte ao Blatter nesta missão de fazer a transição na Fifa, para que a credibilidade seja restabelecida. Eu estive lá dentro e posso testemunhar que é uma entidade que trabalha com alta competência, com organização de altíssimo nível no mundo inteiro, e que a imagem da Fifa seja restabelecida para o bem do futebol. Para o bem do esporte”, desejou.