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Romário vai relatar em livro pressão da CBF sobre parlamentares em Brasília
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Daniel Brito

Romário prepara um livro, em primeira pessoa, contando a influência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre os parlamentares no Congresso Nacional. Ele promete relatar como a entidade que controla o futebol nacional conseguiu comemorar, agora em 2016, o “tetra” em CPIs contra ela em Brasília.

Senador pelo PSB do Rio de Janeiro, Romário presidiu a CPI do Futebol no Senado, que começou em junho de 2015, após a prisão de José Maria Marin, e outros sete dirigentes do continente, na Suíça. Até dezembro de 2016.

A comissão terminou em pizza. O relator, Romero Jucá (PMDB-RR), que hoje está afundado em denúncias na operação Lava Jato,  conseguiu um “grande acordo” e livrou a cartolagem da CBF de receber o pedido de ser indicada após as investigações da CPI. As aspas em “grande acordo” vão para o próprio Jucá, em áudio com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, sobre como estancar a Lava Jato.

O tema futebol, diferentemente da Lava Jato, e para surpresa de ninguém, não é levado tão a sério dentro do Congresso Nacional pelos parlamentares. Talvez por isso, a CBF sempre teve bastante mobilidade, especialmente no baixo clero. Basta observar que na composição dessa CPI do Futebol que Romário presidiu, a maioria era composta por parlamentares de Estados cujo futebol depende das migalhas oferecidas pela CBF, como Piauí (Ciro Nogueira, PP-PI), Amazonas (Omar Aziz, PSD-AM), Amapá (David Alcolumbre, DEM-AP), Maranhão (João Alberto, PMDB-MA), além de Roraima, de Jucá (PMDB-RR).

Quando a equipe de investigadores da CPI começou a aprofundar e a citar nomes do submundo do futbeol, como do alagoano João Feijó, e de Angelo Verospi, a bancada da CBF comparecia em grande número às sessões para derrubar requerimentos. Romário promete, em seu livro, contar como a confederação atuava para frear as investigações.

Desde os tempos de deputado federal, cadeira que ocupou na legislatura passada (2011-2014), Romário alertava sobre a influência da CBF nos parlamentares. Depois que deixou a Câmara, Romário não deixou de atentar para “prestígio” da confederação na Câmara Federal. Basta apenas lembrar que houve também uma mal sucedida CPI do Futebol naquela Casa em 2016, que durou apenas seis meses, sem grandes avanços. Encerrada tão logo Rodrigo Maia (DEM-RJ) assumiu a cadeira de presidente da Câmara, deixada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no início do segundo semestre de 2016.

A CPI teve apenas seis meses de trabalho, sem novidades ou grandes notícias, e se encerrou com um relatório tão chapa branca quanto o de Romero Jucá no Senado, apresentado pelo relator Fernando Monteiro (PP-PE). Com a diferença que na Câmara não houve um relatório alternativo, como aconteceu no Senado, em que Romário, ao lado de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), distribuíram para imprensa, MPF (Ministério Público Federal) e outros órgãos de fiscalização, um relatório alternativo com mais de 1,2 mil páginas no qual descreve todos os achados pela equipe de investigadores do Senado, que Romero Jucá ignorou em sua conclusão.

Com essas duas CPIs de 2016, a CBF comemorou o tetra em Brasília, pois já havia triunfado em outras duas comissões no início deste século, quando ainda era presidida por Ricardo Teixeira, sendo uma no Senado e outra na Câmara. Embora tenham sido transformadas em livro e amplamente divulgadas, teve efeito inofensivo para a estrutura da CBF à época.

A promessa de Romário é de que seu livro-bomba seja publicado ainda neste ano, provavelmente no segundo semestre.


Romário fez cirurgia controversa para não largar doces; médico nega riscos
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Daniel Brito

Imagens de Romário bem mais magro assustaram fãs. Imagem: Instagram/Reprodução

Fotos de Romário bem mais magro assustaram fãs. Imagem: Instagram/Reprodução

* Colaborou Pedro Ivo Almeida

A versão 2017 de Romário, senador da República pelo PSB do Rio, causou espanto. Fotos do ex-jogador com fãs e até jogando futevôlei na Barra da Tijuca circularam na internet com a informação de que ele está com diabetes e recupera-se de uma cirurgia para amenizar os efeitos da doença.

A cirurgia foi realizada no início de dezembro com o médico goiano Áureo Ludovico de Paula e foi motivo de controvérsias. Afinal, é grave o estado de saúde de Romário? Desde quando ele apresenta os sintomas da diabetes? Nunca mais poderá jogar seu futevôlei nas folgas no Rio?

“Absolutamente. Doze dias após o procedimento cirúrgico, Romário já estava jogando. Considero que o senador sente-se bem com o peso atual. Nas palavras dele:  ‘Não me sinto assim há 15 anos’”, informou Ludovico.

O médico afirma que não há sequelas para a técnica, que Romário está fazendo reposição de mineirais e vitaminas e que, boa notícia para o senador, pode comer doces normalmente, tipo de alimento em que é fissurado. “As recomendações são as mesmas da organização mundial da saúde para vida saudável, acrescidas de necessidade de 5 refeições ao dia. Ele já está consumindo doces”, explicou o Ludovico.

Romário apresentou os primeiros quadros pré-diabetes há cerca de quatro anos. A situação se agravou com o passar dos anos até chegar aos níveis apresentados em exames feitos pela equipe de Ludovico em  2016.

“Quando nos procurou o IMC [índice de massa corporal] do Sr. Romário Faria era 31 kg/m2 [peso em quilogramas pelo quadrado da altura em metros] e estava apto para o procedimento após minuciosa e detalhada avaliação geral de pré-operatório”, disse o médico.

A diabetes 2 surge quando o organismo não consegue usar a insulina que produz de forma adequada, ou produz insulina insuficiente para controlar a glicemia. A doença se manifesta na idade adulta por uma junção de predisposição genética, sedentarismo, obesidade e má alimentação.

Romário perdeu cerca de 10 kg. Imagem: Renato Costa/folhaPress

Romário perdeu cerca de 10 kg após realizar a cirurgia. Imagem: Renato Costa/folhaPress

Se assemelha a uma cirurgia bariátrica convencional, a diferença da técnica a qual Romário foi submetido está na recolocação do íleo (fim do intestino delgado) entre o duodeno e o jejuno, o que aumenta a produção de hormônios da saciedade e melhoram o diabetes.

Como resultado pelo procedimento cirúrgico, Romário perdeu peso. Caiu dos 80 quilos, que exibia no Senado até dezembro para abaixo dos 70 quilos. “A perda de peso é temporária. O seu peso ideal será entre 65 e 70 kg”, explicou Ludovico.

A técnica é controversa e motivo de críticas por especialistas, conforme o UOL mostrou há duas semanas. “Não é uma técnica experimental por força de uma decisão de juízo federal, em vigência, válida para todas as pessoas no Brasil e  alcança retroativamente a todos, desde o início. Esse juízo federal determinou ainda a regulamentação do procedimento pelo Conselho Federal de Medicina”, defende Ludovico.

Tags : Romário


CPI do Futebol chegará ao fim com pedido de indiciamento de deputado
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Daniel Brito

A última sessão da CPI do Futebol no Senado será realizada na manhã desta quarta-feira, 23, com a promessa de mais um embate entre os parlamentares que são a favor do grupo que hoje comanda a CBF e dos contrários.
Uma prova do que está por vir é a informação de que o senador Romário (PSB-RJ), criador e presidente da CPI, promete apresentar um relatório alternativo ao já entregou Romero Jucá (PMDB-RR), relator da comissão, que ficou marcado por estar sempre alinhado aos interesses da confederação na CPI.

Romário promete pedir o indiciamento de um deputado federal, ligado à CBF por falsidade ideológica. O nome será divulgado durante a sessão de amanhã, no Senado. A confederação possui dois diretores e um vice-presidente com mandato de parlamentar no Congresso Nacional: Marcelo Aro (PHS-MG), diretor de “ética e transparência”; Vicente Cândido (PT-SP), diretor de assuntos internacionais, e Marcus Vicente (PP-ES), vice-presidente da CBF.

O relatório de Romário terá conteúdo bem diferente do que visto no de Romero Jucá. Este foi publicado na página do PMDB na internet e chamou a atenção por ser muito chapa-branca, em que pese a gravidade das irregularidades encontradas durante o trabalho de apuração da CPI.O relatório de Jucá tem 380 páginas e é majoritariamente propositivo.

Em alguns pontos, Jucá eximia a CPI de apurar denúncias. Os cartolas envolvidos em escândalos de corrupção investigados pelo FBI, motivo pelo qual a CPI foi instalada no Senado em agosto do ano passado, são citados brevemente no relatório. “

O de Romário terá 1.000 páginas e traz informações novas para o Brasil, adquiridas com o FBI, que investiga o escândalo de corrupção da Fifa, que colocou em prisão domiciliar o ex-presidente da CBF, José Maria Marin,
A CPI do Futebol chega ao final após uma série de manobras da CBF para impedir convocações de dirigentes e de gente ligada a Marco Polo Del Nero, presidente da confederação. O relatório de Romário irá parar nas mãos do MPF (Ministério Público Federal) aqui no DF para dar continuidade à investigação, mesmo que não seja aprovado em votação.

Já o de Jucá, que deve ser tido como o relatório oficial, mantém o status de peça decorativa.


Jucá apresenta relatório final da CPI do Futebol sem incriminar cartolas
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Daniel Brito

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) publicou na página do partido na internet o relatório final da CPI do Futebol no Senado. Detalhe: a CPI ainda está em andamento e prevista para se encerrar apenas em agosto. É bem verdade que a comissão encontra-se em uma sinuca regimental, devido às manobras da bancada da CBF, mas não chegou a um fim.

O relatório de Jucá tem 380 páginas e é majoritariamente propositivo. Em determinado ponto do documento, Jucá exime a comissão da obrigação de investigar.

“O propósito do Poder Legislativo, inclusive quando atua por meio de CPI, não é o de centrar-se na apuração de atividades criminosas ou ilícitas, fazendo dessas atividades e de sua apuração a motivação única ou maior de seus trabalhos. Na verdade, acreditamos que o propósito fundamental de toda CPI deva ser o de propiciar o avanço da legislação, de modo que os problemas, inclusive as práticas delituosas, não se repitam ou não se perpetuem em nossa sociedade”.

Os cartolas envolvidos em escândalos de corriupção investigados pelo FBI, motivo pelo qual a CPI foi instalada no Senado em agosto do ano passado, são citados brevemente no relatório. “Há registros de operações que despertaram a particular atenção desta Comissão. São operações que envolvem dirigentes e ex-dirigentes da CBF, como José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, assim como entidades ou empresas que compõem a estrutura do futebol brasileiro ou que nela atuam. Cumpre assinalar haver, até mesmo, registros de operações realizadas pelo Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 (COL), as quais, em função das relações próximas que esse Comitê manteve com o Poder Público, certamente ensejarão a avaliação detida por parte dos órgãos públicos competentes”.

O Blog do Juca KFouri, no UOL Esporte, mostrou que o senador de Roraima quer apressar a votação do relatório para encerrar a CPI e colocar-se à disposição para assumir um ministério num provável governo de Michel Temer (PMDB-SP).

Jucá quer aproveitar a próxima sessão da CPI para colocar em votação o relatório. Mas não há data confirmada para a próxima reunião da comissão, visto que o único que pode agendá-la é o presidente da CPI. Neste caso, Romário (PSB-RJ), que é frontalmente contrário ao relatório de Jucá. Assim como também faz parte de uma minoria contra a CBF.

Propostas e reocmendações
Jucá promete entregar a documentação sigilosa em poder da CPI para o Banco Central do Brasil; Conselho de Controle de Atividades Financeiras; Ministério Público Federal; Polícia Federal; Secretaria da Receita Federal do Brasil e Controladoria-Geral da União.
Cumprindo a promessa feita em plenário durante as sessões, Jucá encerra o relatório fazendo 11 propostas de alteração na legislação do futebol e oito recomendações à CBF.

São itens como isenção fiscal a clubes da Série C e Série D, estimulo tributário aos clubes-empresa, o fim dos negócios entre clubes e empresas com ligação com parentes, mudar a lei de lavagem de dinheiro, tipificar o crime de corrupção na iniciativa privada, mudança na lei trabalhista dos atletas e até a alteração no Estatuto do Torcedor para prever o uso de seguranças privados no interior dos estádios de futebol.

O relatório, por fim, pede à CBF um calendário mais extenso às agremiações de menor expressão, contratar uma empresa para realizar um estudo sobre a criação de uma Liga Nacional, fixar preço dos ingressos, criar uma identificação a torcedores com histórico de violência nos estádios.


PGR vai receber relatório da CPI do futebol para aprofundar investigações
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Daniel Brito

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Presidente da CPI do Futebol, Romário, encontrou-se com Janot na terça-feira, 19 (Divulgação)

O presidente da CPI do Futebol no Senado, Romário (PSB-RJ), levou ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, a investigação que está em curso na comissão. O encontro ocorreu na terça-feira, 19, sem alarde e sem a presença da imprensa.

Os dois já haviam se encontrado antes do início da CPI, em julho, ainda na esteira das prisões efetuadas pelo FBI no hotel Bar au Lac, em Zurique, na qual um dos detidos fora o ex-presidente da CBF, José Maria Marin – atualmente em prisão domiciliar em Nova York.

Romário informou que o procurador colocou à disposição da CPI o corpo técnico da PGR (Procuradoria Geral da República) para colaborar com a parte propositiva da comissão. A ideia é que eles acrescentem ideias no combate à corrupção no futebol brasileiro.

No encontro ficou acordado que Romário entregará o relatório final da CPI, com previsão de ser encerrada até agosto próximo, para que a PGR possa se aprofundar nas investigações iniciadas no Senado.

A CPI está sofrendo diversos ataques da Bancada da CBF, que travou a pauta com pedido de suspensão da intimiação de cartolas da confederação, como o presidente Marco Polo Del Nero e seu filho, além do vice-presidente para a região Nordeste, Gustavo Dantas Feijó, Os parlamentares alinhados à CBF alegaram “falta de quórum” na sessão em que esses requerimentos foram colocados em votação, na quarta-feira, 6 de abril. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) verificou as assinaturas do parlamentares que marcaram presença na CPI e ainda atestou que havia quórum. Ainda assim, suspendeu a convocatória.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) recorreu da decisão de Renan e a validade da sessão do dia 6 passará pelo crivo da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, em seguida, pelo plenário do Senado.

A Bancada da CBF trabalha com afinco para evitar que Gustavo Feijó vá à Comissão Parlamentar de Inquérito para dar explicações sobre a suspeita de caixa dois na eleição para prefeito de Boca da Mata, Alagoas, em 2012. Mensagens e-mails de Del Nero para Feijó dão indícios de que a confederação teria contribuído com R$ 600 mil na campanha. Este montante não consta na prestação de contas da campanha de Feijó no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 


Romário e Jucá discutem no Senado e CBF derruba pauta da CPI
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Daniel Brito

O presidente da CPI do Futebol , Romário (PSB-RJ), e o relator Romero Jucá (PMDB-RR), discutiram na abertura da sessão desta quarta-feira, 16, no Senado. Foi um embate nos microfones sobre a forma como a comissão está sendo conduzida.

Jucá derrubou todos os requerimentos para convocar o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e outros ex-diretores da CBF, além da quebra de sigilo de Angelo Verospi, que tem negócios com Marco Polo Del Nero.

“Vou votar contra todos os requerimentos porque tivemos quatro decisões do STF rejeitando decisões do plenário por falta de fundamentação. Acho que essa CPI não pode ficar exposta. Não sou contra convocar ninguém, desde que a gente faça com embasamento”, defendeu Jucá.

E continuou: “Nós temos o mesmo objetivo, senador Romário, de reformular, punir quem fez errado, mas nós já quebramos muitos sigilos, mas agora é convocação de gente que não tem embasamento, porque a gente vota no escuro e fica sendo desmoralizado pelo STF. Pode ter certeza que o relatório que vamos apresentar vai sacudir o futebol brasileiro. Mas votar requerimentos sem conhecer com profundidade, saber da quebra de sigilos e convocar A, B ou C, sei que tem jornalista que acompanha, que faz pressão, acho legítimo, mas vou agir com isenção e responsabilidade, não vou expor ninguém aqui que não tenha culpa no cartório”, disse em tom exaltado Jucá.

Romário reagiu. “Eu vivo com pressão desde os 18 anos, Minhas atitudes são pautadas por vários motivos, menos por pressão da imprensa, porque se vossa excelência [Jucá] não tem conhecimento que eu tenho, é que vossa excelência não procurou ter informação [sobre os trabalhos da CPI]. Não sou babá de ninguém para chamar a fazer o que é obrigação. A falta de conhecimento de vossa excelência é porque vossa excelência não quer ter esse conhecimento. E os outros membros da CPI também. A imprensa tem sido importante, agradeço à imprensa, mas não pauto a reunião da CPI pelo que sai na imprensa, pelo contrário. Vossa excelência nunca se cadastrou no sistema do da CPI para fazer qualquer tipo de pesquisa nas quebras de sigilo. Nem você e nem seus assessores, se o senhor entende que está fazendo bem ao futebol fazendo isso, eu penso o contrário”.

Gladson Cameli (PP-AC), Hélio José (PMDB-DF), João Alberto (PMDB-MA), Ciro Nogueira (PP-PI), Davi Alcolumbre (DEM-AP) apoiaram a decisão de Romero Jucá e derrubaram a pauta.

Os requerimentos rejeitados pela bancada da CBF foram a convocação de Ricardo Teixeira, Wagner Abrahão, Rogério Langanke Caboclo, diretor-executivo de Gestão da CBF, Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, ex-diretor-financeiro da CBF, Ariberto Pereira dos Santos Filho, ex-tesoureiro da CBF, Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário geral da CBF, Lilian Cristina Martins Maia, convite a Carolina Galan, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, além da quebra do sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, incluído o RIF (Relatório de Informações Financeiras) do advogado Angelo Verospi. Além disso, foi rejeitado o pedido de assistência jurídica de autoridades jurídicas do Uruguai responsáveis pela investigação, processamento e julgamento dos responsáveis por ilícitos na Conmebol.


Romário evita manobra para livrar presidente da CBF de condução coercitiva
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Daniel Brito

A sessão da CPI do Futebol nesta quarta-feira, 9, no Senado durou menos de trinta segundos. O presidente da comissão Romário (PSB-RJ) em duas frases abriu a reunião e a encerrou em seguida alegando falta de quórum.
No plenário estavam apenas Ciro Nogueira (PP-PI) e Hélio José (PMB-DF). De acordo com o regimento interno do Senado, são necessários seis parlamentares para ter o quórum mínimo nesta CPI.

Com esta manobra, Romário barrou uma ofensiva da bancada da CBF que tenta derrubar a convocação do presidente interino da confederação, Coronel Antonio Nunes, para depor na CPI. A Justiça Federal do Pará expediu mandado de condução coercitiva para comparecer ao Senado na próxima quarta-feira, 16.

Na sessão de hoje, os aliados da CBF se movimentaram nos bastidores para converter a convocação de Nunes, que tem status de intimação, em convite. A entidade quer evitar o constrangimento de envolver seu mandatário em uma ação com a Polícia Federal. “Sou contra a condução coercitiva, qualquer tipo de condução coercitiva”, disse ao UOL Esporte após a sessão relâmpago o senador piauiense Ciro Nogueira .

Nunes estava convocado para depor na semana passada, dia 2, mas alegou compromissos no dia seguinte e não compareceu. Por este motivo, Romário pediu a condução coercitiva do cartola. A CBF publicou comunicado dizendo ser desnecessário procedimento e informou que Nunes se colocara à disposição para ir à CPI mas como convidado no dia 16.

A pauta da sessão desta quarta-feira, dia 9, continha requerimentos para convocar Rogério Langanke Caboclo, diretor-executivo de gestão da CBF; Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, ex-diretor financeiro da CBF; Ariberto Pereira dos Santos Filho, ex-tesoureiro da CBF; Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário-geral da CBF, além do convite à ex-namorada do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, a modelo e apresentadora de TV, Carolina Galan.

A sessão
Raramente a sessão da CPI do Futebol começa pontualmente. A desta quarta-feira estava marcada para as 14h45. O primeiro a chegar no plenário, com quase 15 minutos de antecedência, foi Ciro Nogueira. Sua presença costuma ser bissexta na CPI. E sua relação de proximidade com a CBF vem desde os tempos da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, há 15 anos.

O fato de o piauiense ter sido o primeiro a chegar indicava que a bancada da confederação, que conta com os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Romero Jucá (PMDB-RR), além de Ciro Nogueira (e outros), se faria presente em peso nesta tarde. Porém, como as sessões não são pontuais, os parlamentares ainda não haviam chegado, apesar da movimentação do diretor de assessoria legislativa da CBF, Vandembergue Machado, nos corredores do Senado, avisando aos senadores e seus assessores sobre o início da sessão.

Apenas Ciro Nogueiro e Hélio José estavam no plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa quando Romário abriu a sessão às 14h50 (cinco minutos além do horário previsto) e falou: “Havendo número regimental, declaro aberta a 21ª Reunião. (Pausa.) Não havendo número regimental para deliberação, comunico que está encerrada a reunião”. Assim, o ex-jogador deixou a sala sem falar com a imprensa e nem cumprimentar os parlamentares presentes.

Na saída do plenário, Ciro Nogueira pareceu fazer pouco caso da sessão relâmpago. “Não houve quórum, não teve sessão. Só isso”, disse-me.

A próxima reunião da CPI do Futebol no Senado será no dia 16, e o Coronel Nunes é aguardado conduzido coercitivamente pela Polícia Federal.


CPI descobre advogado que emprestou R$ 1,5 milhão a Del Nero e Teixeira
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Daniel Brito

Enquanto a CBF tenta esvaziar as sessões da CPI do Futebol no Senado, as investigações revelam dados importantes sobre como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero faziam movimentações financeiras com seus parceiros. Um deles é o advogado especialista em direito desportivo Angelo Frederico Gavotti Verospi.

Há um requerimento para ser votado na CPI pedindo a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Verospi, mas que foi barrado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) minutos antes da votação.

O advogado emprestou R$ 1,5 milhão a Teixeira e Del Nero de 2007 a 2012. Teixeira foi agraciado com R$ 800 mil em 2007, segundo descobriu a equipe de investigadores da CPI no Senado. A este montante, somam-se outros R$ 700 mil de Verospi a Del Nero já em 2012, segundo revelou em dezembro o companheiro Rodrigo Mattos, em seu blog no UOL Esporte.

No dia em que compareceu à CPI, Marco Polo Del Nero deu sua versão. “Está no meu imposto de renda. É um mútuo que eu fiz com Verospi. Eu precisei de um dinheiro emprestado, R$ 600 mil ou R$700 mil, não me lembro exatamente quanto e eu o paguei. Paguei com dinheiro saindo da minha conta-corrente”, afirmou Del Nero em dezembro em depoimento à CPI.

Há uma ligação de Verospi com os negócios de compra e venda de imóveis de Marco Polo com o empresário Wagner Abrahão, que também está sendo investigada pela equipe da CPI.

Conexão Amazonas
Para entender o motivo dessas transações, o senador Romário (PSB-RJ) pediu, ainda em novembro de 2015, a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado. O requerimento foi empurrado com a barriga pela ala pró-CBF na CPI até a primeira sessão de 2016, em fevereiro.

Foi quando Omar Aziz manifestou-se publicamente pela retirada deste requerimento da pauta com o seguinte argumento. “Eu queria que fosse retirado da pauta para a gente analisar direito. Eu já tinha até discutido isso com vossas excelências, mas não é nada que não possamos votar na próxima reunião, mas eu queria só que fosse retirado isso, por favor”.

Coincidência ou não, Verospi e Aziz ocuparam cargos públicos no Amazonas. Aziz foi vice-governador do Estado de 2003 a 2010, e governador de 2010 a 2014, além de vice-prefeito de Manaus. Verospi, por sua vez, é ex-superintendente da Secretaria Municipal de Assuntos Federativos de Manaus. Tambem é vice presidenta da liga universitária brasileira de futebol e ex-conselheiro do Palmeiras.

A quebra dos sigilos de Verospi está na pauta da próxima reunião, na quarta-feira, 9.


Coronel Nunes falta à convocação e CPI do Futebol aciona a Justiça
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Daniel Brito

O coronel Antônio Nunes, presidente interino da CBF, não atendeu à convocação da CPI do Futebol e não compareceu à sessão da tarde desta quarta-feira, 2. O senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão de inquérito, anunciou que acionará a Justiça para intimar o cartola. A sessão desta quarta-feira contou com a presença de Romário e Donizete Nogueira (PT-TO), e durou menos de cinco minutos.

Agora, a secretaria da CPI solicitará aos tribunais estaduais do Rio de Janeiro e do Pará, Estado de origem do cartola, que emitam uma intimação comparecer à CPI em 15 dias, em 16 de março. Se não atender, terá de ser conduzido coercitivamente pela Polícia Federal.

Coronel Nunes havia sido convidado para depor à CPI, mas se disse impossibilitado de comparecer nesta quarta-feira devido à convocação da seleção brasileira na manhã desta quinta-feira, 3.

Assim, a CPI do Futebol fez uso de um requerimento aprovado pelos senadores em outubro do ano passado, no qual convoca todos os presidentes de federações. Nunes é presidente da Federação Paraense de Futebol por mais de 20 anos, mas licenciou-se para assumir por 150 dias a presidência da CBF em substituição a Marco Polo Del Nero, em janeiro.

“Numa atitude bem ao feitio do grupo dos 7 a 1 que se apoderou da CBF, que só pensa em ganhar salários milionários, o coronel Nunes fugiu sorrateiramente da convoação”, detonou Romário.


Interino da CBF pode comparecer à CPI do Futebol levado pela polícia
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Daniel Brito

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O presidente interino da CBF, coronel Antônio Nunes, pode ser levado pela polícia a depor na CPI do Futebol no Senado. A secretaria da comissão não recebeu confirmação de que o cartola atenderá à convocação para estar na sessão desta quarta-feira, 2, às 14h. Por cinco dias ninguém na confederação assinou o recebimento da convocação da CPI, que tem efeito de intimação. Somente na terceira tentativa, na tarde de segunda-feira, 1º, o carteiro conseguiu entregar o comunicado na sede da CBF.

Coronel Nunes foi convidado para depor à CPI nesta quarta, mas se disse impossibilitado de comparecer devido à convocação da seleção brasileira para as duas próximas rodadas das Eliminatórias para a Copa-18. A convocação será feita pelo técnico Dunga, como sempre, nesta quinta-feira, 3.

Assim, a CPI do Futebol fez uso de um requerimento aprovado pelos senadores em outubro do ano passado, no qual convoca todos os presidentes de federações. Nunes é presidente da Federação Paraense de Futebol por mais de 20 anos, mas licenciou-se para assumir por 150 dias a presidência da CBF em substituição a Marco Polo Del Nero, em janeiro.

Apesar do silêncio da parte de Nunes, o senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão, manteve marcada a sessão desta quarta-feira, 2, e avisou que se o coronel Nunes não comparecer, terá de vir a Brasília por intermédio de uma condução coercitiva, em outras palavras: levado pela polícia até a CPI. “Sabemos de todas as dificuldades que os dirigentes da CBF e de parte das Federações Estaduais têm imposto aos trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. Enquanto, o coronel Nunes diz que pretende melhorar o futebol brasileiro e a imagem da CBF, ele repete a prática de antigos dirigentes de sonegar informação”, declarou o senador.