Blog do Daniel Brito

Ouro da Rio-2016 é mais espesso e mais pesado da história olímpica
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Daniel Brito

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Medalhas do Rio-16 foram apresentadas nesta terça-feira, 14 (Divulgação/Casa da Moeda do Brasil)

Os atletas que subirem ao pódio nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio-2016 levarão para casa o modelo mais pesado e mais grosso de medalha. Ao todo, foram produzidas 5.130 medalhas de premiação e apresentadas oficialmente nesta terça-feira, 14, no Rio.

Segundo informações da Casa da Moeda do Brasil, um órgão do Ministério da Fazendo, responsável pela confecção da premiação, uma medalha de ouro do Rio-16 tem 500g com 85mm de diâmetro e espessura de até 11m no centro, a parte mais grossa do metal – na borda são 6mm.

Essas medidas são superiores às de Londres-2012, até então as de dimensões mais marcantes nos Jogos Olímpicos de verão. A capital britânica distribuiu insígnias 100g mais leves que o Rio e 3mm mais fina.

Até Seul-88, as medalhas conservavam um certo padrão de tamanho, peso e espessura. A partir de Barcelona-92 iniciou-se um processo de crescimento da premiação. Há 24 anos, na Catalunha, o ouro tinha metade do peso daquele que veremos no Rio, além de metade da espessura.

Uma característica da medalha de ouro é que ela é apenas banhada pelo metal, pois possui só 6g do metal e os outros 494g são de prata. É praxe em todas as edições de Jogos Olímpicos.


Ricardo Teixeira passa por cirurgia e falta a depoimento na CPI na Câmara
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Daniel Brito

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, faltou à convocação da CPI da Máfia do Futebol na Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 14, por motivos médicos. Chegou à secretaria da comissão um atestado médico que informa que o cartola submeteu-se ontem a uma cirurgia no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

O advogado de Teixeira, Michel Assef Filho enviou correspondência à CPI com boletim assinado pelo médico endocrinologista Helio Tabacow Hidal, segundo o qual o cartola foi internado na segunda-feira, 13, e operado no dia seguinte. Tudo indicada que foi uma intervenção gástrica. Não foram fornecidas informações complementares. A CPI deve remarcar uma nova data para o depoimento do cartola, de acordo com as orientações médicas. Como a convocação para uma comissão tem status de intimação, ele será obrigado a comparecer, caso contrário será alvo de condução coercitiva.

Ele foi convocado na condição de investigado, uma vez que é um dos partícipes do escândalo de corrupção que levou à prisão sete cartolas na Suíça no final de maio de 2015.

Em 2013, Ricardo Teixeira disse ter se submetido ao transplante de rins. A revelação foi feita ao repórter Sérgio Rangel, da Folha de S.Paulo, em agosto de 2015. Na semana passada, o empresário Kleber Leite em depoimento à CPI da Máfia do Futebol esboçou um choro ao citar um problema de saúde de Teixeira, mas não deu mais detalhes.


Drones estão proibidos durante a Rio-16 e podem até ser abatidos a tiros
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Daniel Brito

SAO PAULO, BRAZIL - JUNE 12: Fans of Corinthians flying a flag with a drone over the staduium during the match between Palmeiras and Corinthians for the Brazilian Series A 2016 at Allianz Parque on June 12, 2016 in Sao Paulo, Brazil. (Photo by Friedemann Vogel/Getty Images)

Drone invadiu o espaço aéreo do Allianz Parque durante clássico no domingo (Friedemann Vogel/Getty)

Os drones estão proibidos em todo o Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. É uma decisão de um grupo interministerial com nove órgãos do governo federal que visa dar segurança ao evento. Aqueles que tentarem transgredir a determinação corre o risco de ter seu equipamento abatido a tiros.

Esta é, obviamente, a última alternativa para impedir que essas aeronaves remotamente pilotadas sobrevoem arenas, estádios e até mesmo áreas abertas onde serão realizadas competições, como a praia de Copacabana, por exemplo.

O uso de drones é um assunto de alta complexidade porque envolve telecomunicação, espaço aéreo, indústria, segurança pública e até importação. Os Jogos do Rio-2016 serão a primeira Olimpíada desses equipamentos, porque eles nunca estiveram tão populares e acessíveis. O cenário é muito diferente, por exemplo, do de dois anos atrás, quando da Copa do Mundo Fifa 2014. Essas aeronaves já estavam desautorizadas a sobrevoar áreas próximas aos estádios, e ainda assim não houve mais que 10 desses modelos apreendidos por uso irregular durante todo o Mundial.

Mas semanalmente vemos casos de drones “invasores”. Basta lembrar que no domingo passado um equipamento sobrevoou a Allianz Parque durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras carregando uma bandeira do time visitante. Já houve situação semelhante na Argentina e até nos Balcãs, que provocou uma pancadaria generalizada dentro de campo.

Por isso, a realização da Rio-2016 está sendo considerada um marco para regulamentação do uso de drones no país. A ação é coordenada pela SAC (Secretária de Aviação Civil). Vai desde campanha de conscientização de uso para a população até procedimentos padrões para forças de segurança.

Quem for flagrado pilotando drone na cidade do Rio durante os Jogos-16 pode pegar até 12 anos de prisão, baseado no artigo 261 do código penal. Os únicos drones permitidos serão das empresas que detêm os direitos de transmissão dos Jogos e das forças de segurança. “Ainda assim, com aviso prévio de data, horário e geolocalização da utilização do equipamento”, disse Giovano Palma, coordenador-geral de Planejamento de Coordenação Aérea Civil da SAC.

“A maioria das pessoas que compra ainda não tem a cultura da segurança e da aviação. Para alguém operar uma aeronave, o piloto tem que fazer um curso teórico, começa como piloto privado, piloto comercial, para só depois ser piloto de linha aérea. Tudo isso embute a cultura de segurança no cidadão. Já alguns dos usuários que adquirem o drone compram hoje e amanhã já estão operando em qualquer lugar”, explicou.

Há um decreto presidencial que autoriza o abatimento de um drone (e de qualquer outro objeto voador, como avião, parapente, ultra-leve, asa delta, balões e etc…) a tiros. “Existe um decreto que aborda todos os casos de ameaças com aeronaves. E o drone é uma aeronave. Há um item específico para drones neste decreto que se ela estiver voando em área não permitida, já passa a ser enquadrado como suspeito. Há todo um procedimento: primeiro tenta interceptar, depois tenta a comunicação, se não funcionar, ela passa a ser uma aeronave hostil. A partir daí pode vir a ser derrubada”.

E exemplificou: “Se o serviço de inteligência identificar que aquele drone precisa ser abatido, ele pode ser alvo de um tiro, derrubado, apreendido. Vamos supor, no dia da abertura da Rio-16, foi identificado um grupo se preparando para alguma ação com bandeira ou alguma ameaça utilizando de drone: se necessário, será tomada uma medida mais drástica. Agora, em Copacabana, o policial não vai sair atirando, porque não vai ser preciso”, informou Palma

Giovano Palma enfatiza, contudo, que o governo federal está desenvolvendo alternativas para interceptar drones indesejáveis durante a Rio-2016 sem passar pelo desgaste de disparar tiros ao ar. Na semana passada, o Ministério da Defesa, um dos envolvidos na atualização da legislação dos drones, anunciou a criação de um sistema que cria uma barreira de proteção contra a frequência de rádio transmitida pelo controle remoto da aeronave.

Outra possibilidade é a utilização de um outro drone para vigiar a região e até mesmo interceptar o drone invasor. “Algumas opções estão em desenvolvimento em âmbito restrito, por enquanto, mas podem ser colocadas em prática nos Jogos-2016”, informou Palma.

OLD BETHPAGE, NY - SEPTEMBER 05: A drone is flown for recreational purposes as an airplane passes nearby in the sky above Old Bethpage, New York on September 5, 2015. (Photo by Bruce Bennett/Getty Images)

Drones representam perigo para aviação civil e para o público (Bruce Bennett/Getty)


Ricardo Teixeira é esperado para depoimento à CPI da Máfia do Futebol
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Daniel Brito

O ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, é esperado em Brasília nesta terça-feira, 14, para prestar depoimento à CPI da Máfia do Futebol, na Câmara dos Deputados. A sessão está marcada para as 14h30, mas Teixeira não informou à secretaria da comissão se comparecerá.
Ele foi convocado na condição de investigado, uma vez que é um dos partícipes do escândalo de corrupção que levou à prisão sete cartolas na Suíça no final de maio de 2015.

Teixeira ainda goza de certo prestígio no Congresso, embora afastado do cargo de presidente da CBF desde março de 2012. Basta lembrar que a CPI do Futebol no Senado foi travada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) em manobras avalizadas pelo presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando o cartola seria convocado para depor.

Na Câmara, no entanto, oito deputados apresentaram requerimentos convocando Teixeira. Inclusive, o pedido de número 01 da CPI é exatamente o que o intima para depor na CPI da Máfia do Futebol. Assim, a bancada da CBF não conseguiu impedir que fosse colocado em votação.

Como a convocação para uma CPI tem status de intimação, Teixeira é obrigado a comparecer. Se não o fizer, será alvo de condução coercitiva, mesmo que justifique uma possível ausência nesta terça-feira com algum argumento de ordem médica.


Imagine o que Dunga pode fazer com a seleção que tentará o ouro na Rio-16
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Daniel Brito

Se a direção da CBF não tomar uma providência, Dunga assumirá um time pronto e ajustado que tentará a inédita medalha de ouro olímpica para o Brasil, na Rio-2016. Ele vai tomar o posto de Rogério Micale, técnico que acompanha o time sub-23 do Brasil desde o ano passado. Esta é a equipe que disputará os Jogos Olímpicos-16.

Micale é o técnico da equipe olímpica desde fevereiro do ano passado, quando Gallo foi demitido da função por Gilmar Rinaldi, e já foi orientado a entregar o cargo a Dunga às vésperas da Rio-16. Diferentemente de Dunga, o treinador da sub-23 tem humildade no discurso e reconhece os problemas do futebol brasileiro.

Durante o Pan do ano passado, em que o Brasil terminou com o bronze após levar uma virada relâmpago do Uruguai na semifinal, Rodrigo Mattos, blogueiro do UOL Esporte, ouviu impressões interessantes de Micale. “Não estamos tentando aprender com o nosso passado. Estamos fincados no passado porque ganhamos no passado. E não olhamos para frente. É como um carro. Se olhar para o retrovisor o tempo inteiro vai bater o carro. E já estamos com o carro todo batido'', analisou em uma metáfora.

Sob seu comando, o Brasil foi vice-campeão mundial sub-20, em junho de 2015, na Nova Zelândia. Teve menos de 20 dias para treinar a equipe e, ao final da competição, e admitiu: “O máximo que eu fiz aqui foi apresentar um conceito de jogo. Os jogadores compraram a ideia, entenderam o que estava sendo proposto e o resultado é o que se viu em campo”.

É importante dizer que Micale herdou o bom trabalho de Gallo na seleção. Foi Gallo quem garimpou talentos brasileiros nas equipes de base da Europa e os maturou para compor a seleção que irá ao Rio-16.

A maior participação de Dunga nesse processo olímpico foi ter traçado com Micale o planejamento do trabalho do ano passado até agora. Em campo, tanto no Pan quanto no Mundial sub-20 e até nos amistosos, o time pouco tinha a ver com as ideias que Dunga não conseguiu nem sequer passar à seleção principal.

Se Dunga não conseguiu ter sucesso comandando um time à beira do campo, como vimos nesta Copa América do Centenário, imagine o estrago que ele pode fazer a uma equipe de jovens a quem nunca passou instruções?

No próximo dia 29 sai a convocação da seleção olímpica.

A estreia será em 4 de agosto, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Cabeça de chave do Grupo A, a seleção enfrentará ainda o Iraque, também na capital federal, em 7 de agosto. Na última rodada da fase classificatória, a equipe pega a Dinamarca, às 22h de 10 de agosto, em Salvador.

Quem estará no banco da seleção brasileira?

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Micale (à esq.), Dunga e Cebola: conceitos distintos para a seleção olímpica (reprodução/CBFTV)


Militares flagrados no doping serão excluídos com cinco meses de atraso
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Daniel Brito

Os sargentos Alex Arseno e Uênia Fernandes serão excluídos das Forças Armadas do Brasil nos próximos dias por uso de doping. Eles são ciclistas e integram o programa de alto rendimento da Aeronáutica. Testaram positivo para EPO e, conforme prevê o edital que os selecionou para entrar para a caserna, devem ser desligados da instituição.

Tudo muito bem não fosse pelo fato de que os dois estão sem competir desde janeiro, quando receberam o gancho pelo doping na última instância da corte esportiva brasileira. De lá para cá, mantiveram-se nos quadros da Aeronáutica recebendo religiosamente seus R$ 3.2 mil mensais da União – este é o salário para o atleta-militar do programa de alto rendimento.

São, portanto, cinco meses recebendo sem trabalhar – sim porque eles só estão nas Forças Armadas porque são atletas e deveriam representar a instituição em competições e, quem sabe, chegar até aos Jogos Olímpicos. Suspensos, não podem exercer a atividade para a qual foram admitidos na Aeronáutica.

De onde depreendemos que ainda não chegou ao programa de esportes para atletas olímpicos das Forças Armadas a famosa rigidez na conduta tão respeitada pelos militares.

Basta lembrar do caso do nadador João Gomes Jr., que ficou suspenso por seis meses no início de 2015, mas não foi excluído do programa.

Na semana passada, perguntei à cúpula da CDMB (Comissão Desportiva Militar do Brasil), que participava de audiência pública na comissão de esporte da Câmara dos Deputados, sobre a demora na resolução do caso de Alex Arseno e Uênia Fernandes. O vice-almirante Paulo Martino Zuccaro, recém-empossado no cargo de diretor do departamento de desporto militar, pregou cautela nos julgamentos de caso de doping para “evitar injustiças”.

É que as Forças Armadas promovem outro arbítrio após o atleta-militar ser punido por sua confederação em caso de doping. Ou seja, ele pode ser punido esportivamente, mas na esfera militar ainda existe a possibilidade de se livrar de alguma sanção.

No caso de Alex Arseno, ele admitiu em textão publicado em sua página numa rede social o uso de EPO e anunciou o fim da carreira – ele é reincidente em exames positivo para substâncias proibidas. Ainda assim, ele foi mantido nos quadros da Aeronáutica. Não por muito tempo.

Já Uênia foi campeã na prova de estrada por equipe nos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul. A competição foi em outubro do ano passado, um mês após o teste em que foi flagrada com EPO no organismo – o resultado ainda não havia saído. O Brasil deve perder esta medalha de ouro.

O blog foi informado pela assessoria das Forças Armadas na terça-feira e na quinta-feira que os dois devem ser excluídos da corporação “ainda nesta semana”.

A saber se eles terão de devolver os salários que receberam enquanto estiveram impedidos de competir.


Assessora de deputado do pixuleco é nomeada irregularmente em Minas Gerais
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Daniel Brito

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A FMF (Federação Mineira de Futebol) tem entre seus diretores uma servidora pública que acumula o cargo com o de chefe do gabinete do deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG). O parlamentar também é diretor de transparência e ética da CBF e o processo de nomeação de sua funcionária vai, no mínimo, na contramão com a função de Aro na confederação.

Helena Miranda Campos de Abreu foi nomeada em fevereiro de 2015 para o cargo de diretora estatutária na Federação Mineira. À época, ela tinha apenas 19 anos, dois a menos do que pede o estatuto da entidade. O regimento da FMF diz que é preciso ter 21 anos ou mais para ocupar um assento na diretoria, mesmo que seja na suplência.

A servidora, que hoje tem 21 anos, é da confiança de Aro, atua em contato direto com o eleitorado do parlamentar em Minas Gerais. Recebe R$ 10.940 mensais da Câmara por suas atribuições no gabinete em Belo Horizonte. Como diretora estatutária da FMF, Helena não tem salário.

“Fui convidada pelo presidente da Federação Mineira, Castellar [Guimarães Neto]. Não há qualquer remuneração e, desde a minha indicação pelo presidente para sua composição, ela nunca foi convocada”, explicou Helena, por mensagem de celular ao blog.

Quem é Marcelo Aro

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Marcelo Aro, que também é diretor da FMF, afirma que não teve influência na nomeação de Helena. Mas a influência da família Aro na entidade não é exatamente um fato novo. Parentes de Aro já foram alvo da CPI do Futebol, no Senado, em 2001. A família dele ficou à frente da FMF (Federação Mineira de Futebol) de meados de 1960 até os anos 1990. Atualmente, seu irmão mais velho, Adriano, é secretário-geral.

Em Brasília, foi líder do PHS na Câmara, partido nanico, conservador. Aro tem atuação destacada em duas frentes: na bancada da CBF, que atende aos interesses da confederação da qual é diretor, e a bancada de Eduardo Cunha. Notabilizou-se durante o processo de admissibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff ao ir às sessões com uma miniatura do boneco do ex-presidente Lula em traje de presidiário, popularmente chamado de Pixuleco. No ano passado, ofereceu o título de cidadão honorário de Belo Horizonte a Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara.

Em contato com o blog, Aro afirmou não ter influenciado na escolha de Helena para a direção da FMF. “Se a Helena compõe a diretoria da entidade, certamente foi uma escolha do presidente. Não houve qualquer indicação minha neste sentido e muito menos isso tem alguma relação ou interfere em sua função na Câmara. Sei que eles [Helena e Castellar] se conhecem há muito tempo”.

Futebol amador

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Castellar diz que Helena foi nomeada em 2015 mas ainda não tomou posse (divulgação)

Castellar, que é filiado ao PHS de Aro, reforçou a versão do deputado e afirmou que a diretoria estatutária é meramente formal e tem função de assistir à presidência da FMF, mas não interfere na administração. Os indicados em fevereiro de 2015, como Helena, ainda não tomaram posse, embora já tenham sido nomeados.

A indicação da chefe de gabinete de Aro se deve à atuação dela na comunidade do futebol amador.”Trata-se de uma jovem colaboradora, com atuação significativa em projetos de cunho social, com especial destaque ao futebol amador do interior do Estado. Possui idade para a função e, tão logo a mesma seja empossada, tem-se a plena confiança de que poderá aconselhar com competência, se consultada''.


Amizade com Teixeira evitou propina na CBF, diz Kleber Leite em CPI
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Daniel Brito

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Kleber Leite depôs na CPI da Máfia do Futebol nesta terça, 7 (Daniel Brito/UOL)

Em depoimento à CPI da Máfia do Futebol, na Cãmara dos Deputados, nesta terça-feira, 7, o empresário Kleber Leite, dono da empresa Klefer, negou que tenha pagado propina para cartolas da CBF e afirmou que o empresário J.Hawilla não está em “pleno gozo da sanidade mental”.

Foi a primeira exposição pública de Kleber Leite desde que eclodiu o escândalo de corrupção na FIfa, em maio do ano passado. Em diversos momentos, o empresário citou o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de forma elogiosa. Até chegou a ensaiar um choro ainda no início da sessão de quase três horas de duração.

“Ricardo Teixeira é meu amigo, sou padrinho da filha dele, me sensibilizo com o momento que ele vem passando agora, nossa relação é afetiva, nunca houve interesse em um mísero centavo na minha relação com Ricardo Teixeira”, disse. O empresário também defendeu Teixeira da acusação de ter recebido propina. ''O Ricardo Teixeira me garantiu que nunca recebeu um centavo nos contratos com J. Hawilla. Isso eu posso garantir''.

Quando, já no fim da sessão, o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) perguntou sobre os contratos com a CBF, Leite afirmou que o vínculo pessoal com Teixeira o impediu de pagar propina. A Klefer detém os direitos de comercialização da Copa do Brasil (de clubes) até 2022.

Veja como foi o diálogo entre os dois:

SILVIO TORRES (PSDB-SP) – Eu tenho a convicção de que todos os contratos que Ricardo Teixeira ele teve algum tipo de benefício
KLEBER LEITE – Desculpe, com o nosso não houve.
SILVIO TORRES – Eu ia perguntar justamente isso. Por que o senhor foi escolhido para o contrato da Copa do Brasil e não outra empresa do ramo? E se essa escolha foi por sua proximidade e afetividade e amizade com ele?
KLEBER LEITE – Deputado, não posso negar que isso [amizade] não tenha feito parte. seria hipocrisia. Claro que quando se tem afeto e carinho, se aproxima a relação. (…) Pouquíssimas empresas estavam estruturadas para essa operação [da Copa do Brasil].
SILVIO TORRES – O senhor foi escolhido pela amizade?
KLEBER LEITE – Mas minha empresa não foi escolhida pela amizade que temos, e sim pela competência da empresa.
(…)
SILVIO TORRES -O senhor está dizendo, obviamente, que não deu propina para ninguém, que o senhor foi reconhecido como capaz e escolhido pela amizade.
KLEBER LEITE -Exatamente. E dentro de uma situação de ordem financeira absolutamente interessante para a CBF.

Teste de sanidade em Hawilla

J. Hawilla é dono da Traffic, e um dos protagonistas do escândalo de corrupção envolvendo dirigentes de futebol do Brasil e de países do continente. Em um de seus depoimentos à Justiça dos Estados Unidos, Hawilla declarou que a empresa Klefer pagou propina para adquirir os direitos de comercialização da Copa do Brasil de 2015.

Por este motivo, quando as prisões dos cartolas foram efetuadas no hotel Bar-au-Lac, em Zurique, na Suíça, em maio do ano passado, Ministério Público no Rio de Janeiro e da Polícia Federal promoveram busca de documentos e computadores na sede da Klefer, no Rio. “Eu pediria um teste de sanidade mental no senhor J. Hawilla. Duvido que ele esteja em pleno gozo de sanidade mental. Até entendo, porque ele teve um problema de saúde recentemente e eu cheguei a dizer que isso deve ter afetado a saúde dele. Porque é inadmissível o que eu ouvi dizer o que ele tinha feito”, começou Leite “Hawilla é uma pessoa de dupla personalidade: existe um cara amigável, doce, gentil, amável. Mas quando tem dinheiro envolvido ele é o ser mais materialista que existe. Impressionante. Ele se transforma em outra pessoa”, continuou.

Kleber Leite explicou em seu depoimento que, por determinação da Conmebol, Ricardo Teixeira deixou de firmar contratos com a Traffic de Hawilla. E, por opção de Teixeira, a Klefer firmou contrato para comercializar a COpa do Brasil. Em razão desta substituição, segundo disse Leite na CPI, Hawilla incluiu a Klefer em seu depoimento.

“Hawilla não se conformou com isso. Ele tem a ideia de que eu passei a perna nele. Mas eu não fiz nada que não estivesse dentro de um plano ético. Ele não perdoa por ter perdido a Copa do Brasil nesse contrato com a CBF”, comentou o empresário,

O deputado Major Olímpio (SD-SP) foi incisivo no questionamento a Kleber Leite. No debate, o empresário confirmou que já realizou diversos projetos em conjunto com a Traffic, de Hawilla, ao que o parlamentar questionou:

MAJOR OLÍMPIO (SD-SP) – Durante esses projetos ele [Hawilla] nunca foi declarado insano? Vocês sempre foram parceiros firmes?
KLEBER LEITE – Não, não, não. Parceiro firme fomos nós, leais. Quem acreditou na dignidade dele fomos nós, porque eram projetos desenvolvidos pela Traffic, que era uma empresa mais forte que a Klefer, e sempre acreditamos na palavfra dele.
MAJOR OLÍMPIO – Ele disse que sempre pagou propina. Ele nunca pagou propina na sua relação com ele?
KLEBER LEITE – Nunca. A nossa relação era só desenvolver o projeto. Ganhamos a concorrência do Maracanã, Mineirão, Morumbi. Então, competia à Klefer a publicidade em cada pedaço do estádio. Se J.Hawilla afirma que pagou propina, quem sou eu para desmenti-lo, ate porque não compactuamos com esse tipo de prática.,


Centro europeu de doenças ensina a comer feijoada segura durante a Rio-16
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Daniel Brito

Entre todas as recomendações para se prevenir contra as doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti durante os Jogos do Rio-2016, o ECDC (sigla em inglês para Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) recomenda cuidados com um dos pratos mais populares da culinária brasileira: a feijoada. O instituto também acende o alerta para possibilidade de o visitante ser vítima de problemas gastrointestinais em razão do modo de preparo do alimento no país.

O ECDC pede na página 2 do relatório de 20 páginas: “Servir-se de um prato com tipos variados de carne como a feijoada (prato típico brasileiro) e lasanha com o alimento em temperatura de 60º C ou mais”. O centro avisa também que água só deve ser consumida em garrafas de água mineral, gelos produzidos em fábrica e saladas com legumes e verduras higienizados e em temperatura inferior a 5ºC.

O centro europeu reconhece que o Brasil alcançou importantes avanços na higiene de alimentos e de água de 2000 a 2013 e que o Ministério da Saúde registra, em média, 665 casos por ano de doenças relacionadas a alimentos mal conservados ou produzidos.

Em caso de internação na Europa após retornar do Brasil em um prazo de um ano, o viajante europeu deve informar suas condições de saúde enquanto esteve no país para os Jogos de modo que as autoridades europeias possam fazer uso de antibióticos resistentes às bactérias que foram contraídas no Brasil.

Sobre os cuidados com zika vírus, o ECDC replica as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e avisa que as áreas com maior incidência do vírus são nos Estados do Norte e Nordeste do Brasil.

As recomendações do ECDC lembram, em parte, às feitas pela FISA (sigla em francês para federação internacional de remo) em fevereiro. Porém, a federação usou um tom muito mais alarmista.


Ministro do Esporte vai aos EUA e Inglaterra falar de Rio-16 e zika vírus
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Daniel Brito

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), vai aos Estados Unidos encontrar-se com membros do USOC (Comitê Olímpico dos EUA, na sigla em inglês) na próxima semana. É parte da agenda da primeira viagem internacional de Picciani à frente da pasta. Na pauta, a preparação do Rio para os Jogos-2016. E, certamente, como o Brasil está se prevenindo para evitar um surto de vírus zika durante o evento.

Nos Estados Unidos há uma campanha crescente da imprensa sobre a doença no Brasil. Na semana passada, o Senado do país enviou carta ao USOC demonstração preocupação com os atletas. Nessa quinta-feira, 2, Tejay van Garderen, que concorria uma vaga na equipe de ciclismo estrada dos EUA, anunciou a sua desistência da disputa por casa do medo do vírus zika. A sua esposa está grávida do segundo filho do casal.

O encontro do ministro com o USOC será em Washington D.C. na próxima quinta-feira, dia 9. Ainda nos EUA, ele tem agenda na SHHS (sigla em inglês para Secretaria de Saúde e Serviços Humanos do país), e com a diretora-executiva do Conselho de Esporte, Nutrição e Fitness dos Estados Unidos, Shellie Pfohl.

Antes, porém, na segunda-feira, 6, ele irá ao Parque Olímpico Rainha Elizabeth II, em Londres, sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de quatro anos atrás, na capital inglesa. Picciani tem compromisso com o Secretário de Estado para Cultura, Mídia e Esporte, John Whittingdale (equivalente britânico ao Ministro do Esporte do Brasil). Em seguida, encontra-se com Guy Taylor, diretor nacional do Talented Athlete Scholarship Scheme (TASS), organismo que fez parceria o Ministério do Esporte em intercâmbio de atletas escolares.

Novo secretário-executivo
O ministro viajará e deixará a pasta a cargo de Fernando Avelino Vieira, nomeado nesta sexta-feira,  3, novo secretário-executivo do ministério. Ele substitui a Ricardo Leyser, que compunha o ministério desde sua criação, em 2003. Avelino, dos quadros do PMDB do Rio,  foi diretor do Detran-RJ e tem pouca ligação com esporte. Sua nomeação foi publicada hoje no Diário Oficial da União.