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Lutador do Amapá recusa mudança para o Rio e tenta “exportar” sparrings
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Daniel Brito

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Venilton quer ser o segundo amapaense em uma Olimpíada (Crédito: Reprodução)

Venilton Teixeira, 20, tem a ambição de tornar-se o segundo atleta da história a representar o Estado do Amapá em uma edição dos Jogos Olímpicos. O primeiro foi o nadador Jader Souza, em Atenas-2004. Agora, a esperança amapaense de marcar presença nos Jogos no Brasil está depositada neste atleta de taekwondo, de 1,77m de altura e 54kg.

Assim como Souza, no entanto, Venilton tem dificuldades de manter-se treinando em alto nível em Macapá. O nadador, na preparação para Atenas, teve de deixar o Norte e mudou-se para Brasília, onde treinou na AABB. Venilton pensa diferente. Recusou uma proposta para trocar Macapá pelo Rio de Janeiro, onde estaria mais perto dos melhores do Brasil. Preferiu ficar junto da família e dos amigos, além da comissão técnica que o acompanha desde o início da carreira.

Agora, procura sete lutadores de outras partes do Brasil na sua faixa de peso (até 58 quilos) para servirem como sparring na preparação para o Rio-2016. “Já tentaram me levar para morar no Rio, mas eu recusei porque lá em Macapá estou perto da minha família, está dando tudo certo do jeito que está. Tenho uma estrutura grande, preparador físico, nutricionista, tudo que um atleta olímpico precisa. Falta só sparring mesmo”, disse.

Antes de entrar para a história como segundo atleta olímpico da história do Amapá, no entanto, terá de superar duas seletivas, em janeiro e, em seguida, em fevereiro. Por isso, mobiliza patrocinadores e o governo do Estado para financiar a ida de sparrings. “Tem atletas na minha academia lá em Macapá que são do meu peso ou mais leve, eles são bons, gente da seleção brasileira juvenil, tem uns moleques bons para treinar, mas estamos precisando de mais gente. É para passar uns 20 dias treinando comigo lá. Tem que ser do meu peso mesmo. Estamos tentando patrocínio do governo do Estado e os meus patrocinadores locais. São sete pessoas para treinar, ficar uns dias, e voltar”, explicou.

Mesmo sem sparrings à altura, Venilton acumulou só na temporada 2015 o bronze no Mundial de Chelyabinsk, na Rússia, e o ouro no US Open, nos Estados Unidos. No Pan de Toronto, em julho, contudo, ficou fora do pódio, ao cair na semifinal para o mexicano Carlos Navarro, que ficaria com o ouro. Na disputa pelo bronze, o amapaense perdeu para o argentino Lucas Guzmán.

Venilton é oficial da Marinha do Brasil, é um dos integrantes do programa das Forças Armadas no esporte de alto rendimento. Em outubro, sagrou-se campeão dos Jogos Mundiais Militares na categoria até 54 quilos (que não faz parte do programa olímpico), vencendo o iraniano Mahdi Eshaghi, atual campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude.

“Nível dos Jogos Mundiais Militares estava bastante forte. Minhas três primeiras foram meio que fáceis, mas a final foi embaçada. Consegui vencer no finalzinho da luta. Acredito que os Jogos do Rio serão do mesmo jeito”, opinou a este blogueiro após cerimônia com atletas militares no Palácio do Planalto, há uma semana.


Ginástica gasta meio milhão em Mundial e pede isenção de impostos
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Daniel Brito

O Mundial de Glasgow de ginástica artística acabou e o Brasil ficou longe do pódio, mas com um gasto de meio milhão de reais. Para participar da competição, a CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) informou ter gasto R$ 500 mil com os atletas e comissão técnica.

Gastos com inscrição, passagens, hospedagens, alimentação na aclimatação e durante o torneio. Dos quais, R$ 160 mil foram para pagar impostos, segundo informou Klayler Mourthé, supervisor de seleções da CBG.

“Daqui do Brasil nós fizemos transferência internacional para hospedar nossos atletas lá na Escócia, pagamos imposto para hospedar nossos atletas campeões brasileiros, campeões olímpicos, na transferência de dinheiro. Vamos pagar 33% de imposto para hotel, alimentação, e inscrição do atleta que vai disputar a vaga olímpica”, lamentou Mourthé, durante audiência pública da Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados.

Por este motivo, ele pediu que a Câmara estude uma medida para isentar de impostos os gastos com as equipes olímpicas nacionais. “Esta norma poderia ser estudada dentro desta Casa [Câmara dos Deputados] para não existir para os atletas que estão na seleção brasileira. Porque com esses R$ 160 mil, poderíamos utilizar em três etapas da Copa do Mundo de ginástica. Mas vai virar imposto. Todas as seleções de todas as modalidades pagam esse imposto”, apontou.

Sempre beneficiados
O discurso de Mourthé foi avalizado por João Tomasini, presidente da CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem), e Ricardo de Moura, diretor executivo da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Eles participaram da mesma audiência pública na Câmara. em outubro.

Acontece que todas as três entidades, assim como as outras que administram modalidades olímpicas, são amplamente financiadas com recursos públicos. A CBG, por exemplo, vai ter desembolsado, ao final de 2015, mais de R$ 15 milhões da Caixa Econômica Federal em patrocínio de 2013 para cá. Fora os recursos da Lei Piva e os convênios com o Ministério do Esporte. Recurso da iniciativa privada é raro no esporte olímpico nacional.

O que Mourthé pede, portanto, é que a CBG e as demais confederações não sejam tributadas pelo governo para utilizar a verba que recebe do próprio governo. Sendo, assim, beneficiada duas vezes pela máquina pública federal para enviar nossos atletas a competições internacionais.

Objetivos atingidos
Apesar de ficar sem medalhas, o Brasil deixou Glasgow com um de seus dois objetivos alcançados. A equipe masculina ficou em oitavo lugar e garantiu classificação direta e inédita para os Jogos do Rio-2016. Já o time feminino terminou em nono e agora terá que disputar o evento-teste do ano que vem, em abril, para ficar com uma das quatro vagas olímpicas restantes.

Por outro lado, o Brasil passou em branco pela primeira vez desde 2009 e apenas pela segunda vez desde 2002.

Em tempo…
Nenhum deputado manifestou-se a favor da sugestão de Mourthé na audiência pública da Câmara.


Estádio de Copa recebe jogo de lanternas da segundona do DF com 270 pessoas
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Daniel Brito

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Dono do estádio receberá R$ 13,50 pelo uso do estádio neste sábado (Credito: Daniel Brito/UOL)

O estádio que recebeu o maior público da Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, em setembro, com mais de 68 mil pessoas, sediou na manhã deste sábado, 31, o melancólico encontro entre o lanterna e o antepenúltimo colocado da segunda divisão do Distrito Federal, diante de aproximadamente 270 pagantes.

Dom Pedro, pior time da Série B do DF, e Legião, 10º colocado se enfrentaram na última rodada do certame no estádio Mané Garrincha, reconstruído para a Copa-2014 ao valor estimado de R$1.6 bilhão (hum bilhão e seiscentos milhões de reais) do dinheiro público. A arena tem capacidade para 72 mil espectadores e recebeu sete jogos no Mundial da Fifa.

Logo, neste sábado, sobraram em torno de 71.730 assentos vazios no duelo entre Legião e Dom Pedro. Cada testemunha desembolsou R$ 5 e um quilo de alimento não perecível para assistir à partida. O que gerou uma renda de R$ 1.350 (hum mil, trezentos e cinquenta reais). Foram colocados pouco mais de seis mil ingressos à venda.

O GDF (Governo do Distrito Federal), dono do estádio, deu um tremendo desconto na taxa de ocupação para o Legião, dono do mando de campo. Apenas 1% (hum por cento) da renda será cobrado ao clube pela realização do jogo no estádio. Assim, o GDF deve receber R$ 13,50 (treze reais e cinquenta centavos) pela cessão do campo. Os alimentos não perecíveis não ficarão para o governo.

Os números oficiais devem ser publicados na terça-feira, 3, no site da Federação de Futebol do DF. A informação sobre o total de pagantes foi repassada a este blogueiro por um funcionário da entidade, que estava responsável pela bilheteria da partida.

Turista, claque e familiares
Entre o público presente, estavam 30 crianças carentes do Centro Espírita Irmã Celina, de Planaltina, cidade a 40 quilômetros do estádio. Outros 45 adolescentes de 12 a 17 anos da escola do bairro Pacaembu na cidade de Valparaíso de Goiás, na divisa com o Distrito Federal, também ocuparam as cadeiras do Mané nesta manhã de sábado.

“Os jovens ficaram emocionadas em conhecer o estádio, nenhum deles havia tido esta oportunidade de entrar no novo Mané Garrincha”, contou o vereador Elvis Santos (SD-GO), presidente da Câmara dos Vereadores de Valparaíso, que disse ter alugado o ônibus por conta própria para transportar os estudantes.

Sozinho em uma fileira de cadeiras estava o catarinense Wellington Dallabilia. De passagem por Brasília, acompanhando a mulher que participa de um congresso de radiologia, tirou a manhã de sábado para conhecer o estádio. “Eu vim conhecer, descobri na porta que estava tendo jogo, resolvi entrar. É bonito mesmo, grande, né?”, disse Wellington.

Um pouco mais próximo do gramado estava Antônio Carlos Santana. Ele é pai do lateral-direito do Dom Pedro, André, que estuda proposta para defender o Operário de Ponta Grossa (PR) na próxima temporada. Antes de ir embora, Antônio tirou do bolso um saquinho plástico e recolheu o lixo deixado pelos torcedores que estavam ao seu redor. “Educação é sempre bom para todos. Faço isso em todos os jogos que vou e em todos os estádios”, garantiu.

Manutenção
O Mané Garrincha é um grande problema para o GDF. Custa, mensalmente, R$ 700 mil apenas para manutenção. Só recebeu nove jogos de futebol neste ano. Com o deste sábado, completaram-se dez.

Uma dessas partidas foi Flamengo 0 x 2 Coritiba, na noite de 17 de setembro de 2015. Mais de 68 mil pessoas, a maioria rubro-negra, pagaram para assistir à derrota do clube da Gávea em Brasília. O ingresso mais barato custava dez vezes mais que o de Legião x Dom Pedro: R$ 50.
O GDF deu um desconto de 50% para que o Flamengo pudesse atuar no DF e cobrou apenas 7% da renda do jogo pela taxa de ocupação. O que proporcionou ao GDF uma arrecadação de R$ 268.273,00.

Há a previsão de que o time comandado por Oswaldo de Oliveira volte a jogar em Brasília em 22 de novembro, contra a Ponte Preta, pela 36ª rodada.

E o jogo?
Bom, o jogo.

Legião e Dom Pedro tiveram, neste sábado, seus últimos compromissos na temporada 2015. Em campo, um campeão mundial: Márcio Costa, ex-volante do Corinthians no título de 2000, disputado no Brasil. É o capitão do Dom Pedro. No Legião, Jefferson, sobrinho do zagueiro pentacampeão Lúcio, que é de Brasília, compunha o meio de campo. Aliás, o time é presidido e treinado pelo padrasto do zagueirão, hoje no futebol indiano.

Com o gramado alto e um tanto falho, devido à falta de manutenção, conforme publicou nesta semana o Correio Braziliense, os dois times tiveram dificuldades em proporcionar uma manhã divertida aos torcedores.

Ao final dos 90 minutos, o Legião saiu-se melhor, e venceu por 1 a 0, gol de Brayan, após falha de Márcio Costa.


Ele foi cotado como substituto de Zico no Fla. Morreu só, aos 53, no Recife
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Daniel Brito

Por Leonardo Alves*

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Henágio foi campeão pernambucano em 1983 pelo Santa (divulgação)

Morreu em casa, no Recife, sozinho, na segunda-feira, 26, aquele que já foi apontado como o substituto de Zico no Flamengo. Henágio Figueiredo dos Santos, 53, sergipano de Aracaju, morreu sem que se tenha sido divulgada a causa da morte. Deixou lembranças na memória dos torcedores do Santa Cruz, Sport, Campinense-PB, e Flamengo.

Tinha como característica a habilidade, o “drible curto e imprevisível”, como definiu o obituário no site do Santa Cruz, o futebol vertical, sempre em direção ao gol, e, principalmente, o jeito boêmio de levar a carreira de atleta e a vida.

Henágio acreditava que a bebida e o cigarro nunca o atrapalhariam. Foi ídolo na década de 80 no Santa Cruz e no Sport. Conquistou o estadual de 1983, o tri-supercampeonato, com sete gols. Já em 1986, fez 17 gols no Leão da Ilha do Retiro comandado por Ênio Andrade.

Chegou àquele timaço do Flamengo com a expectativa da imprensa de que seria o substituto de Zico. Desde que Tita trocara o Rio por Porto Alegre, era preciso encontrar um 10 para ocupar o vácuo que a iminente aposentadoria de Zico causaria. Mas jogou apenas 28 vezes, entre 1987 e 1988. Compôs o grupo que conquistou a controversa Copa União-87 e a Taça Guanabara da temporada seguinte. Fez quatro gols, acumulou atuações apagadas que não justificavam estar ao lado de craques como Jorginho, Aldair, Leonardo, Bebeto e Zinho.

O quase-gol mais incrível da carreira
Em 1993, já aos 32 anos, foi o principal jogador do Campinense Clube, de Campina Grande, na conquista do estadual. Levou para a Paraíba seu hábito de beber muito nas folgas, mas ser decisivo em campo.

“Henágio era uma referência, um líder natural. Chamava a responsabilidade e nós tínhamos muitos jogadores jovens e ele era um paizão.Tinha o carinho e o respeito de todos. Muito amigo fora de campo”, comentou o ex-volante Gilmário, que na Paraíba jogou também no Treze e no Botafogo.

O momento mais marcante na passagem de Henágio pelo Campinense não foi o título, mas uma jogada, que como sua passagem pelo Flamengo, ficou no quase. Era um sábado de agosto de 1993, os rivais de Campina Grande, Treze e Campinense se enfrentavam no estádio Amigão com mais de 30 mil torcedores.

O jogo estava 1 a 0 para o Treze, quando Henágio roubou a bola próximo à grande área do Campinense, arrancou, cruzou quase toda a extensão do campo, passou por cinco adversários mas, de cara com o goleiro, chutou por cima.

“Ganhava 100, gastava 100”
Como a maioria dos boleiros não fez fortuna. Nos últimos anos trabalhava nas categorias de base do Santa Cruz depois de comandar uma escolinha de futebol em Aracaju. Para a maioria dos amigos e ex-companheiros, Henágio desperdiçou a vida com a boêmia. Ele sempre pensou o contrário. “Se ganhasse 10, gastava 10. Se ganhasse 100, gastava 100. Cheguei a levar para casa três sacolas de supermercado cheias de dinheiro de uma premiação. Mas tudo acaba um dia. Não me arrependo de nada. Conheci o mundo sem gastar nada e ainda recebendo por isso jogando futebol”, disse em entrevista a João de Andrade Neto, publicada no Jornal do Comércio, de Recife, em 2010.

O sergipano ainda tem no currículo passagens pelo Guarani, antes de ir para o Flamengo, e Treze de Campina Grande, já no fim da carreira, sem o mesmo brilho.

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Henagio trabalhava nas categorias de base do Santa Cruz (divulgação)

Santa Cruz e Sergipe no caixão
No sábado que antecedeu sua morte, dia 24, passou mal durante um jogo comemorativo do aniversário de Luís Neto, ex-goleiro do Santa Cruz. Foi internado em uma Unidade de Pronto Atendimento de Paulista, na região metropolitana de Recife. Segundo relatos dos amigos, Henágio foi submetido a um cateterismo e recebeu alta.

Na segunda-feira, contudo, foi encontrado morto em casa, próximo ao Estádio do Arruda, onde foi ovacionado tantas vezes. Foi sepultado em Aracaju com bandeira do Santa Cruz e do Sergipe no caixão.

* Leonardo Alves é amante do futebol, acompanhou quase todos os jogos de Henágio pelo Campinense no Amigão. Mas perdeu o mais importante: o do quase-gol contra o Treze. É assessor de comunicação do Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba.

 


CPI do Futebol fala até sobre tênis de mesa mas esquece extradição de Marin
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Daniel Brito

A decisão da Justiça da Suíça de extraditar José Maria Marin para os Estados Unidos passou batida na 15ª reunião da CPI do Futebol no Senado, nesta quarta-feira, 28. Também foi retirada da pauta do dia o requerimento de transferência de informações bancárias e fiscais de Ricardo Teixeira, desde janeiro de 2007 até 12 de março de 2012, quando renunciou à presidência da CBF.

Não houve nem uma simples menção ou um aparte que fosse de um dos sete senadores que se fizeram presentes sobre a extradição de Marin.

Em vez disso, os senadores se dedicaram a ouvir os presidentes das federações estaduais de Alagoas, Piauí, Maranhão, Acre, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Tocantins. Eles falaram por duas horas sobre a realidade do futebol nessas localidades.

Felipe de Omena Feijó, de apenas 24 anos, preside a federação de Alagoas desde maio, sucede ao pai Gustavo Feijó, um dos vice-presidentes da CBF, que permaneceu sete anos no cargo. Felipe falou por cerca de cinco minutos e não mais participou da sessão. Houve tempo até para que Dissica Tomaz, do Amazonas, contasse, mesmo sem que ninguém tivesse perguntado, que seu Estado é um dos quatro campeões brasileiro em tênis de mesa, modalidade, segundo ele, cuja federação estadual ajudara a fundar.

A CPI do Futebol foi criada em junho na esteira das prisões feitas pelo FBI em Zurique de sete dirigentes suspeitos de suborno e outros crimes. Marin é acusado de aceitar milhões de dólares em subornos pagos por empresas de marketing esportivo em conexão com a venda de direitos comerciais para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, bem como para a Copa do Brasil (de clubes) no período de 2013 a 2022.

Já a transferência das informações bancárias e fiscais de Teixeira saiu da pauta porque, segundo Romário (PSB-RJ), autor deste requerimento, não havia quórum para por em votação. E nesta CPI, são necessários ao menos seis.

Compareceram à sessão desta quarta-feira, 28, o relator da CPI, Romero Jucá (PMDB-RR), Donizeti Nogueira (PT-TO), Ciro Nogueira (PP-PI), Welington Fagundes (PSB-MT), Zezé Perrela (PDT-MG), David Alcolumbre (DEM-AP), além de Romário.


Ele construiu um elefante branco da Copa e hoje admite: “Serve para nada”
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Aziz inaguurou a arena quando era governador, ao lado do então ministro do Esporte, Aldo Rebelo (Getty)

Aziz inaugurou a arena quando era governador, ao lado do então ministro do Esporte, Aldo Rebelo (Getty)

Foram necessários 19 meses para o hoje senador Omar Aziz (PSD-AM)  desdizer tudo o que disse para o que ele chama de “a imprensa do sul”. Foi na CPI do Futebol, quando o tema era o tão propalado “legado da Copa do Mundo”.

“Como governador do meu Estado [Amazonas], tive que construir uma estrutura toda para a Copa do Mundo. Tive que construir uma arena, que é um estádio muito bonito, tive de construir dois centros de treinamento, mas não há futebol no meu Estado. Nós estamos na Série D, capengando. O Estado tem uma estrutura fantástica para absolutamente nada.”

Ele governou o Amazonas de 2010 a 2014. Renunciou ao cargo antes do início da Copa para concorrer ao Senado. Pelo discurso, feito na sessão da última quarta-feira, 21, no Senado, Aziz dá a entender que o Amazonas foi escolhido para receber a Copa do Mundo à revelia, sem ter manifestado interesse em abrigar os jogos do Mundial. O que não corresponde com a realidade, porque a Copa do Mundo não caiu de paraquedas em Manaus.

Meses antes de deixar o governo, em março de 2014, Aziz tentou constranger o repórter Mendel Bydlowski, da ESPN Brasil, que fora ao Amazonas contar os planos do então governador para a arena. Ele foi questionado pelo repórter da ESPN sobre o que seria feito do estádio construído em Manaus pelo poder público a um custo de R$ 669 milhões, quase R$ 100 milhões a mais do que a previsão inicial. Abaixo, o que disse Aziz há 19 meses para Bydlowski:

''Isso é problema nosso, não é de vocês. Isso é problema do povo amazonense, não é teu. Não é problema da imprensa do sul [sic]. É nosso o problema, deixa com a gente. Se nós tivemos competência para construir uma arena desse porte, nós teremos competência para dar um legado. E você acha um legado o Maracanã botar 300 pessoas para assistir a um jogo?''.

Para que serve a Arena da Amazônia?
Arena da Amazônia, com seus 44 mil assentos, sediou quatro jogos na Copa, entre os quais o clássico Itália 2 x 1 Inglaterra. Desde então, deu prejuízo ao governo do Estado. São aproximadamente R$ 400 mil por mês para manutenção. Os clubes locais não têm apelo para manter o estádio em atividade e com frequência regular de público.

Havia a expectativa da realização de uma rodada tripla, neste final de semana, da Copa Amazonas, com jogos nas categorias infantil e juvenil, além da final do adulto, entre Fast Clube e Manaus FC. Mas a própria secretaria estadual que gere o estádio vetou, porque o prognóstico mais otimista era de cerca de 1.200 espectadores. Restariam, portanto, mais de 42 mil lugares vazios.

O jornal Lance! publicou em setembro que uma das fontes de renda do estádio é a locação para fotos de noivos, por R$ 200 a hora. E a visita de turistas, por até R$ 20 pelo passeio.

Planejamento, não. Bairrismo, sim.
Na CPI do Futebol, Aziz admitiu que foi tomado pelo bairrismo. “Naquele momento de euforia, o bairrismo era muito grande. Todo mundo queria ser sede da Copa. Quem não queria ser uma das subsedes, para ter quatro jogos? Quatro jogos era o mínimo. E ainda tive a felicidade de ter tido grandes jogos no Estado na primeira fase.”

Após o fim da sessão da CPI, em entrevista para a Rede Amazônica, afiliada da Globo no Estado, voltou a lamentar a ausência do legado, numa clara demonstração de que não houve planejamento para receber a Copa do Mundo. “Não teve legado, em lugar nenhum do Brasil. Houve uma euforia porque todos os Estados queriam ser sede da Copa, mas esse legado não existe para o Amazonas”.

E completou: ''Eu construí, saí no final de março para ser candidato ao Senado e, em junho, na Copa, nem convidado fui. Eu não recebi um convite para ir. Mas isso faz parte do que eu vivo''.


Forças Armadas renovam apoio a atletas olímpicos até Tóquio-2020
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Dilma homenageou os atletas militares no Palácio do Planalto (Crédito: Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma homenageou os atletas militares no Palácio do Planalto (Crédito: Roberto Stuckert Filho/PR)

O Brasil contará com atletas militares por pelo menos duas edições dos Jogos Olímpicos. Eles já estavam confirmados no Rio-2016, mas hoje, após evento com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, veio a confirmação de que as Forças Armadas manterão o investimento no esporte de alto rendimento até os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A informação foi dada ao blog pelo brigadeiro Carlos Amaral, diretor do DDM (Departamento de Desporto Militar) do Ministério da Defesa. Ele é o responsável pelo departamento que seleciona os atletas que integrarão as Forças Armadas.

O programa, iniciado em 2008 para os Jogos Mundiais Militares, realizados no Rio, em 2011, se encerraria em 2016, após os Jogos do Rio. Mas, segundo o brigadeiro Amaral, devido ao desempenho exitoso nas principais competições internacionais, em breve será aberto edital para seleção de atletas com possibilidade de chegar a Tóquio-2020. Antes, porém, disputarão os Jogos Mundiais Militares-2019, em Wuhan (China).

Dilma cumprimenta atletas em encontro em Brasília (Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress)

Dilma cumprimenta atletas, em Brasília (Crédito: Pedro Ladeira/Folhapress)

Como funciona
Duas pastas atuam conjuntamente na gestão do programa: Defesa e Esporte. O orçamento é compartilhado e bate na casa dos R$ 25 milhões anuais para o programa. Para ingressar nas Forças Armadas, o atleta deve atender aos requisitos de um edital público, ser aprovado em análise de seu currículo esportivo feita por Comitê Olímpico Brasileiro e Ministério do Esporte.

Se selecionado, ele é submetido ao curso de formação de oficial, cujo período é menor do que aquele para oficiais de carreira, e ganha o direito de receber salários mensais, cerca de R$ 3.5 mil, férias remuneradas, 13º salário, e todos os outros benefícios que os demais militares usufruem. Após os oito anos de serviço, o atleta é dispensado das Forças Armadas, mas não tem direito a se aposentar como militar.

As Forças Armadas contam com mais de 600 desportistas contemplados pelo programa de apoio a 25 modalidades, 20 das quais fazem parte do programa dos Jogos Olímpicos. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, foram 123 representantes da Marinha, Exército ou Aeronáutica entre os 590 que compuseram o time do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

Encontro em Brasília
A presidente Dilma Rousseff recebeu de 41 dos 280 atletas que representaram o Brasil nos Jogos Mundiais Militares, neste mês de outubro, na Coreia do Sul. O Brasil terminou na segunda colocação no quadro de medalhas, com 84 medalhas, sendo 34 de ouro.

''Ninguém ganha um segundo lugar sem muito esforço, muita abnegação, muita dedicação. Então, a ética do trabalho, a ética do esforço fica bastante clara nessa vitória. Em segundo lugar, porque também sem cooperação entre vocês… Para o sucesso é importante cooperar. Para todas as atividade da vida é importante cooperar. E, em terceiro lugar, porque vocês conquistaram de forma justa e reconhecendo os adversários, respeitando os adversários. Então, o proverbial fair play que o esporte desenvolve em cada um de nós'', discursou Dilma.

Ela recebeu de Júlio Almeida, do tiro esportivo, o uniforme de competição da delegação nos Jogos Mundiais Militares. Antes, porém, cumprimentou a todos os homenageados, que prestaram continência à presidente. “Os Jogos Mundiais Militares são muito importantes para todas as atividades esportivas, principalmente porque somos o país sede da Olimpíada e Paraolimpíada do ano que vem. Porque certamente veremos os atletas que estão aqui [no Palácio do Planalto], com a medalha no peito no ano que vem no Rio”, disse Dilma, em seu rápido discurso.


Brasília erra e agora teme perder a Olimpíada-2016 para outra capital
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Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

Mané Garrincha segue sendo terminal de ônibus (Crédito: Daniel Brito/UOL)

O Mané Garrincha corre o sério risco de ser excluído dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 porque o GDF (Governo do Distrito Federal) perdeu os prazos para firmar compromissos com o Comitê Organizador do evento.

A quase nove meses da abertura, o GDF não apresentou o caderno de encargos, nem a matriz de responsabilidade e nem tampouco cravou a data para assinar o contrato com com a organização dos Jogos.

A informação sobre a exclusão do Mané Garrincha foi divulgada no domingo, 25, na coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo. A nota informava que, por motivos de corte de gastos, Brasília perderia o direito de receber as 10 partidas de futebol que está prevista para sediar nos Jogos-2016.

Segundo a secretária-adjunta de Esporte e Lazer do DF, a ex-jogadora de vôlei Leila Barros, Brasília sofre com a concorrência de outras cidades. “Eu liguei lá na Rio-2016 e eles me confirmaram que há uma capital trabalhando para receber as partidas de futebol que serão realizadas aqui”, contou a este blogueiro Leila, por telefone. O secretário-adjunto de Turismo do DF, Jaime Recena, disse ter a informação de que Recife pretende herdar o futebol que pode ser disputado na capital federal.

Tanto Leila quanto Recena afirmaram que Brasília não está atrasada, que está no mesmo patamar de outras cidades que receberão o futebol; São Paulo, Manaus, Belo Horizonte e Salvador são as outras sub-sedes dos Jogos. No início de outubro, São Paulo promoveu um evento em Itaquera para assinatura do contrato para sediar a Olimpíada-2016.

A assessoria de comunicação dos Jogos informou que Brasília e Salvador são as únicas que restam, mas que a capital baiana já está com tudo pronto, faltando apenas definir uma data para o evento de formalização.

“Entregamos na tade de hoje [segunda-feira, 26] o caderno de encargos feito com todos os entes envolvidos na realização dos Jogos aqui em Brasília. Um grupo de trabalho avaliará e em meados de novembro deve confirmar tudo. Estamos fazendo de tudo para que a Olímpiada seja em Brasília”, avisou Leila, dona de duas medalhas de bronze com a seleção feminina de vôlei, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.

A assessoria do Rio-2016 não cravou uma data como o prazo final para a definição da permanência do Distrito Federal nos Jogos, mas disse que o tempo é exíguo e pode se encerrar nas próximas semanas. Assim como não confirmou se há a possibilidade de outra cidade sediar as partidas de futebol caso a capital da República seja excluída do evento.


Em vez de bolsa atleta, EUA dão emprego em loja a quem tenta vaga no Rio-16
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Daniel Brito

Atletas que disputam vaga nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 precisam dividir o tempo entre os treinamentos e o trabalho. Sofrem com a ausência do Estado, estão longe de serem contemplados bolsas e incentivos governamentais, e só conseguem bancar participação em competições graças ao investimento próprio.

O que você leu acima não tem nada a ver com os atletas do Brasil. Não aqui, neste texto.

Esta é a rotina dos atletas olímpicos dos Estados Unidos. Sim, a mais laureada nação na história dos Jogos Olímpicos forma seus atletas e medalhistas com uma rotina de trabalho e treinamento.

Veja o caso, por exemplo, do esgrimista Andras Horaniy, medalhista de ouro no Pan do Rio-2007. Ele vive em Colorado Springs, cidade no Estado do Colorado, sede do grandioso centro de treinamento do USOC (Sigla em inglês para Comitê Olímpico dos Estados Unidos). Ele mora no ct da entidade, mas trabalha 20 horas por semana em uma loja de artigos esportivos.

Dick’s Sporting Goods, não existe no Brasil, mas é uma rede famosa nos Estados Unidos pela diversidade de produtos, já contratou mais de 100 atletas olímpicos em 58 unidades. Eles têm a flexibilidade para mudar horários de tal maneira que não haja interferência no treinamento ou no calendário de competições.

Dura realidade do atleta olímpico

É uma parceria entre o USOC e a empresa, que, por dar emprego aos desportistas, pode carregar a alcunha de ''patrocinadora oficial do esporte olímpico dos Estados Unidos''. Como o comitê americano não recebe dinheiro público e os atletas precisam de dinheiro para se manter e competir, surgiu esta parceria.

“Não acredito que os atletas estão trabalhando para ficar ricos. Competimos no alto rendimento porque é o que gostamos de fazer”, explicou Horaniy ao jornalista Eddiee Pells, da Associetade Press, em artigo publicado no USA Today.

A realidade do esporte olímpico é dura até mesmo para quem está acostumado a ver sua bandeira sob o ponto mais alto do pódio. Por esse motivo, Eddie Pells escreveu em seu artigo: “Para cada Michael Phelps há atletas que precisam trabalhar como entregador de pizza ou assistente de biblioteca”.

Patrocínios do USOC

O mais curioso disso tudo é que o USOC é uma máquina de fazer dinheiro. No ano dos Jogos de Londres-2012, eles embolsaram US$ 46 milhões (R$ 178 milhões na cotação de hoje) só dos patrocinadores. Em setembro, publiquei aqui a campanha para arrecadar até R$ 800 milhões em doações do público para os atletas. Com esse dinheiro, oferecem a melhor estrutura para treinamento e acomodação dos competidores, mas não é afeito a apoiar suas promessas olímpicas com bolsas.

Na lista dos empregados pela Dick's há também paraolímpicos, como Allysa Seely, amputada da perna esquerda, campeã do Mundial de paratriatlo, realizado neste ano, em Chicago. Ela conta que é frequentemente tem de explicar aos rivais de outros países porque tem que trabalhar fora do esporte para se manter competindo. ''Eu tive diversos empregos antes desse [no Dick's], mas sempre foi difícil conciliar com a rotina de treinamentos e compromissos com o esporte'', explicou.

Para a empresa, a parceria também é interessante porque os atletas passam orientações para os consumidores sobre os melhores produtos e a melhor maneira de utilizá-lo.

Não é a primeira vez que o USOC promove uma parceria para empregar seus futuros medalhistas. Durante quase duas décadas diversos atletas serviram aos EUA nos Jogos Olímpicos com os salários que ganhavam da Home Depot, gigante varejista do ramo da construção civil e artigos de decoração. O acordo se encerrou em 2009 e só agora o USOC conseguiu encontrar um novo parceiro.


Mané Garrincha será cortado da Rio-16, diz jornal. Governo se diz surpreso
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Daniel Brito

O jornal O Globo publicou neste domingo, 25, a informação de que o estádio Mané Garrincha, em Brasília, com capacidade para 72 mil espectadores, será excluído dos Jogos Olímpicos-2016 por “corte de gastos.

A nota assinada pelo jornalista Lauro Jardim informa: “Para enxugar os custos, a Rio-2016 resolveu diminuir o número de sedes do futebol nas Olimpíadas. Das seis previstas, quer cortar duas. Uma, está decidida – será o Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O problema agora é resolver como devolver os ingressos já vendidos.”

Brasília foi contemplada com 10 partidas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 em um período de oito dias, de 4 a 12 de agosto. Ainda hoje há a possibilidade de comprar ingressos para as disputas no Mané Garrincha, reerguido ao valor estimado de R$ 1.6 bilhão para a Copa do Mundo-2014 e Olimpíada-2016. São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Manaus são as outras sedes do futebol nos Jogos-16.

Este blogueiro entrou em contato com o GDF (Governo do Distrito Federal) neste domingo e ouviu das autoridades que a nota d’O Globo “pegou a todos de surpresa”. “Por ora, os Jogos acontecerão normalmente em Brasília”, informou assessoria do governo de Brasília.