Blog do Daniel Brito

Arquivo : CPI do Futebol

“O senhor é ladrão?”, perguntou Romário ao presidente da CBF
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Daniel Brito

O senador Romário (PSB-RJ) não poupou adjetivos ao coronel Antônio Nunes, presidente interino da CBF, durante oitiva na CPI do Futebol no Senado, na tarde desta quarta-feira, 16. Após 45 minutos de perguntas e respostas do parlamentar ao cartola, o ex-jogador soltou:

“Ricardo Teixeira é ladrão e corrupto. Marco Polo Del Nero é ladrão e corrupto. José Maria Marin é ladrão e corrupto. O senhor é ladrão e corrupto?”.

Deu-se, então, o seguinte diálogo:

Coronel Nunes:Excelência, eu não vou responder porque tenho direito…
Romário: É engraçado, o senhor acaba de responder às perguntas do senador Romero Jucá. Eu faço uma pergunta e o senhor não pode responder?.
Coronel Nunes:Excelência, isso não é pergunta, isso é ofensa.
Romário: Não estou ofendendo, estou perguntando. Já que só tem ladrão, quero saber se o senhor também faz parte disso.

Nunes se calou.
Este debate ocorreu após a discussão em plenário entre Romário e Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI, em que a bancada da CBF derrubou toda a pauta da comissão.

Ao fim da sessão, Romário reclamou. “Essa sessão, no que se refere ao futebol, foi ruim. É claro que vocês que acompanham sabem muito bem quem é a favor do que é bom para o futebol e de quem não é a favor”,

Walter Feldman, secretário-geral da CBF, que acompanhou o coronel Nunes no Senado nesta tarde criticou a postura de Romário: “Foi vergonhoso. Nunca vi nada parecido em 40 anos no parlamento brasileiro. Não digo como membro da CBF, mas fico assustado, chocado com o tratamento de desqualificar pessoas, não é digno do parlamento”.


Romário e Jucá discutem no Senado e CBF derruba pauta da CPI
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Daniel Brito

O presidente da CPI do Futebol , Romário (PSB-RJ), e o relator Romero Jucá (PMDB-RR), discutiram na abertura da sessão desta quarta-feira, 16, no Senado. Foi um embate nos microfones sobre a forma como a comissão está sendo conduzida.

Jucá derrubou todos os requerimentos para convocar o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e outros ex-diretores da CBF, além da quebra de sigilo de Angelo Verospi, que tem negócios com Marco Polo Del Nero.

“Vou votar contra todos os requerimentos porque tivemos quatro decisões do STF rejeitando decisões do plenário por falta de fundamentação. Acho que essa CPI não pode ficar exposta. Não sou contra convocar ninguém, desde que a gente faça com embasamento”, defendeu Jucá.

E continuou: “Nós temos o mesmo objetivo, senador Romário, de reformular, punir quem fez errado, mas nós já quebramos muitos sigilos, mas agora é convocação de gente que não tem embasamento, porque a gente vota no escuro e fica sendo desmoralizado pelo STF. Pode ter certeza que o relatório que vamos apresentar vai sacudir o futebol brasileiro. Mas votar requerimentos sem conhecer com profundidade, saber da quebra de sigilos e convocar A, B ou C, sei que tem jornalista que acompanha, que faz pressão, acho legítimo, mas vou agir com isenção e responsabilidade, não vou expor ninguém aqui que não tenha culpa no cartório”, disse em tom exaltado Jucá.

Romário reagiu. “Eu vivo com pressão desde os 18 anos, Minhas atitudes são pautadas por vários motivos, menos por pressão da imprensa, porque se vossa excelência [Jucá] não tem conhecimento que eu tenho, é que vossa excelência não procurou ter informação [sobre os trabalhos da CPI]. Não sou babá de ninguém para chamar a fazer o que é obrigação. A falta de conhecimento de vossa excelência é porque vossa excelência não quer ter esse conhecimento. E os outros membros da CPI também. A imprensa tem sido importante, agradeço à imprensa, mas não pauto a reunião da CPI pelo que sai na imprensa, pelo contrário. Vossa excelência nunca se cadastrou no sistema do da CPI para fazer qualquer tipo de pesquisa nas quebras de sigilo. Nem você e nem seus assessores, se o senhor entende que está fazendo bem ao futebol fazendo isso, eu penso o contrário”.

Gladson Cameli (PP-AC), Hélio José (PMDB-DF), João Alberto (PMDB-MA), Ciro Nogueira (PP-PI), Davi Alcolumbre (DEM-AP) apoiaram a decisão de Romero Jucá e derrubaram a pauta.

Os requerimentos rejeitados pela bancada da CBF foram a convocação de Ricardo Teixeira, Wagner Abrahão, Rogério Langanke Caboclo, diretor-executivo de Gestão da CBF, Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, ex-diretor-financeiro da CBF, Ariberto Pereira dos Santos Filho, ex-tesoureiro da CBF, Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário geral da CBF, Lilian Cristina Martins Maia, convite a Carolina Galan, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, além da quebra do sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, incluído o RIF (Relatório de Informações Financeiras) do advogado Angelo Verospi. Além disso, foi rejeitado o pedido de assistência jurídica de autoridades jurídicas do Uruguai responsáveis pela investigação, processamento e julgamento dos responsáveis por ilícitos na Conmebol.


Coronel Nunes vai à CPI do Futebol escoltado por tropa de choque da CBF
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Coronel Antonio Nunes, presidente interino da CBF, confirmou presença na sessão da CPI do Futebol no Senado nesta quarta-feira. Chegará como convocado, e não na condição de convidado, como pretendia. Também não será alvo de condução coercitiva, pedido que derrubado pelo ministro Teori Zavascki, do STF, e como testemunha, não investigado.

Livrou-se do constrangimento de ir ao Senado escoltado pela Polícia Federal.

Seu séquito será formado pelo secretário-geral da CBF, Walter Feldman, e da equipe de “assessoria legislativa” da confederação, que atua na CPI sob o comando de Vandembergue Machado. Ele é o responsável por arregimentar os senadores que defendem os interesses da CBF na comissão parlamentar de inquérito. Feldman veio a Brasília em junho, quando do depoimento de Marco Polo Del Nero à comissão de esporte da Câmara e deixou a sessão, que durou quase cinco horas, cantando vitória.

Feldman e o coronel chegaram na terça-feira, 15, a Brasília e se hospedaram em um hotel na Asa Norte, com vista para o Congresso Nacional. Na primeira vez que Nunes foi ao Senado nesta CPI do Futebol, em outubro, falou por 10 minutos sobre seus feitos à frente da Federação Paraense de Futebol, cargo que ocupa há mais de 20 anos.

Licenciou-se da entidade estadual em janeiro para assumir a presidência interina da CBF no lugar de Marco Polo Del Nero, citado nominalmente nas investigações do FBI que levaram José Maria Marin à prisão. Antes, porém, em dezembro, Nunes foi eleito vice-presidente da confederação. Por ser o vice mais velho, 77 anos, tornou-se o primeiro na linha sucessória na CBF, deixando para trás Delfim Peixoto, presidente da federação catarinense, de 74 anos, e desafeto de Marco Polo.

Por isso, sobre Nunes recai a pecha de figura decorativa na presidência da confederação. Policial militar reformado, recebe um soldo mensal de R$ 14.768,00 da Força Aérea Brasileira (FAB) como anistiado, “vítima de ato de exceção de motivação política”, conforme mostrou reportagem do jornalista Lúcio de Castro na Agência Pública, em janeiro.

O cartola terá de explicar o que foi feito dos repasses do Governo do Estado do Pará à federação que presidiu até assumir a CBF em janeiro. Assim como suas relações com Marco Polo Del Nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira. Este último pode ser convocado a depor caso requerimento do senador Romário (PSB-RJ), presidente da CPI, seja aprovada na sessão desta quarta-feira.

Por fim, o coronel Antonio Nunes pode explicar porque o Estado do Pará ganhou mais uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, enquanto que Santa Catarina, de Delfim Peixoto e mais bem ranqueada na CBF, ficou de fora deste pacote de bondades anunciado nesta terça-feira, 15, pela confederação.


CBF vai ao STF contra condução coercitiva do Coronel Nunes à CPI do Futebol
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A CBF apelou ao STF (Supremo Tribunal Federal) para impedir, por intermédio de habeas corpus preventivo, que o presidente interino da confederação, coronel Antônio Nunes, seja alvo de condução coercitiva para depor na CPI do Futebol no Senado, na próxima quarta-feira, 16. A entidade também pede que o cartola compareça voluntariamente à sessão, na condição de convidado, e que tenha garantia de que não será preso ou ameaçado de prisão caso silencie ante respostas que considere que possa incriminá-lo.

A petição do advogado Mauro Couto de Assis, do escritório Couto de Assis Advogados, do Rio de Janeiro, e está na mesa do ministro Teori Zavascki desde o dia 4 de março à espera de uma decisão.

“O paciente [Coronel Nunes] vai prestar depoimento como executivo da maior entidade do futebol brasileiro como sabe ser a CBF, isso sob delirante e agressiva acusação de que sua eleição teria sido ‘manobra do grupo político do então Presidente da CBF, Marco Polo Del Nero’ e sua ‘ascensão meteórica ao cargo de dirigente máximo da entidade’”, justificou Couto de Assis na petição ao STF.

Marco Polo também tentou utilizar deste mesmo instrumento antes de comparecer à sessão da CPI em 16 de dezembro. Ele recorreu ao STF com habeas corpus preventivo, mas o Supremo rejeitou. O cartola licenciado da CBF compareceu após acordo com membros da CPI como convidado.

Investigado x convidado
Nunes assumiu o posto de interino da CBF em 7 de janeiro após o titular do cargo, Marco Polo Del Nero, anunciar licença pela segunda vez em um período de dois meses. Sua saída coincide com a confirmação de que é alvo de investigações do FBI no caso de corrupção do futebol mundial que já levou vários dirigentes a prisão, incluindo José Maria Marin, seu antecessor na presidência da confederação.

O pedido de habeas corpus preventivo entende que coronel Nunes não é investigado no caso e o pedido de condução coercitiva não se aplica a ele, porque não há requerimento aprovado pela CPI que peça sua convocação.

Manobras da bancada da CBF
A secretaria da comissão parlamentar de inquérito, no entanto, se pauta por requerimento aprovado em outubro do ano passado, quando todos os presidentes de federações estaduais foram convocados a depor. Nunes, há mais de 20 anos dando as cartas na Federação Paraense de Futebol, compareceu a uma sessão no final de outubro, mas na condição de convidado.

Desde que assumiu a cadeira de Marco Polo na CBF, o cartola do Pará licenciou-se do cargo na federação estadual, por isso considera que a convocação não é legalmente aplicável.

Na sessão da CPI do Futebol de ontem, 9, a bancada da confederação tentou armar uma ofensiva para derrubar a condução coercitiva no plenário. Mas o presidente da comissão, Romário (PSB-RJ), foi mais rápido e encerrou a reunião por falta de quórum.

Agora, a CBF espera decisão do ministro Zavascki para evitar o constrangimento de ver seu mandatário chegar ao Senado escoltado por policiais federais.


Romário evita manobra para livrar presidente da CBF de condução coercitiva
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Daniel Brito

A sessão da CPI do Futebol nesta quarta-feira, 9, no Senado durou menos de trinta segundos. O presidente da comissão Romário (PSB-RJ) em duas frases abriu a reunião e a encerrou em seguida alegando falta de quórum.
No plenário estavam apenas Ciro Nogueira (PP-PI) e Hélio José (PMB-DF). De acordo com o regimento interno do Senado, são necessários seis parlamentares para ter o quórum mínimo nesta CPI.

Com esta manobra, Romário barrou uma ofensiva da bancada da CBF que tenta derrubar a convocação do presidente interino da confederação, Coronel Antonio Nunes, para depor na CPI. A Justiça Federal do Pará expediu mandado de condução coercitiva para comparecer ao Senado na próxima quarta-feira, 16.

Na sessão de hoje, os aliados da CBF se movimentaram nos bastidores para converter a convocação de Nunes, que tem status de intimação, em convite. A entidade quer evitar o constrangimento de envolver seu mandatário em uma ação com a Polícia Federal. “Sou contra a condução coercitiva, qualquer tipo de condução coercitiva”, disse ao UOL Esporte após a sessão relâmpago o senador piauiense Ciro Nogueira .

Nunes estava convocado para depor na semana passada, dia 2, mas alegou compromissos no dia seguinte e não compareceu. Por este motivo, Romário pediu a condução coercitiva do cartola. A CBF publicou comunicado dizendo ser desnecessário procedimento e informou que Nunes se colocara à disposição para ir à CPI mas como convidado no dia 16.

A pauta da sessão desta quarta-feira, dia 9, continha requerimentos para convocar Rogério Langanke Caboclo, diretor-executivo de gestão da CBF; Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, ex-diretor financeiro da CBF; Ariberto Pereira dos Santos Filho, ex-tesoureiro da CBF; Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário-geral da CBF, além do convite à ex-namorada do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, a modelo e apresentadora de TV, Carolina Galan.

A sessão
Raramente a sessão da CPI do Futebol começa pontualmente. A desta quarta-feira estava marcada para as 14h45. O primeiro a chegar no plenário, com quase 15 minutos de antecedência, foi Ciro Nogueira. Sua presença costuma ser bissexta na CPI. E sua relação de proximidade com a CBF vem desde os tempos da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados, há 15 anos.

O fato de o piauiense ter sido o primeiro a chegar indicava que a bancada da confederação, que conta com os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Romero Jucá (PMDB-RR), além de Ciro Nogueira (e outros), se faria presente em peso nesta tarde. Porém, como as sessões não são pontuais, os parlamentares ainda não haviam chegado, apesar da movimentação do diretor de assessoria legislativa da CBF, Vandembergue Machado, nos corredores do Senado, avisando aos senadores e seus assessores sobre o início da sessão.

Apenas Ciro Nogueiro e Hélio José estavam no plenário 13 da Ala Senador Alexandre Costa quando Romário abriu a sessão às 14h50 (cinco minutos além do horário previsto) e falou: “Havendo número regimental, declaro aberta a 21ª Reunião. (Pausa.) Não havendo número regimental para deliberação, comunico que está encerrada a reunião”. Assim, o ex-jogador deixou a sala sem falar com a imprensa e nem cumprimentar os parlamentares presentes.

Na saída do plenário, Ciro Nogueira pareceu fazer pouco caso da sessão relâmpago. “Não houve quórum, não teve sessão. Só isso”, disse-me.

A próxima reunião da CPI do Futebol no Senado será no dia 16, e o Coronel Nunes é aguardado conduzido coercitivamente pela Polícia Federal.


CPI descobre advogado que emprestou R$ 1,5 milhão a Del Nero e Teixeira
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Daniel Brito

Enquanto a CBF tenta esvaziar as sessões da CPI do Futebol no Senado, as investigações revelam dados importantes sobre como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero faziam movimentações financeiras com seus parceiros. Um deles é o advogado especialista em direito desportivo Angelo Frederico Gavotti Verospi.

Há um requerimento para ser votado na CPI pedindo a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Verospi, mas que foi barrado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) minutos antes da votação.

O advogado emprestou R$ 1,5 milhão a Teixeira e Del Nero de 2007 a 2012. Teixeira foi agraciado com R$ 800 mil em 2007, segundo descobriu a equipe de investigadores da CPI no Senado. A este montante, somam-se outros R$ 700 mil de Verospi a Del Nero já em 2012, segundo revelou em dezembro o companheiro Rodrigo Mattos, em seu blog no UOL Esporte.

No dia em que compareceu à CPI, Marco Polo Del Nero deu sua versão. “Está no meu imposto de renda. É um mútuo que eu fiz com Verospi. Eu precisei de um dinheiro emprestado, R$ 600 mil ou R$700 mil, não me lembro exatamente quanto e eu o paguei. Paguei com dinheiro saindo da minha conta-corrente”, afirmou Del Nero em dezembro em depoimento à CPI.

Há uma ligação de Verospi com os negócios de compra e venda de imóveis de Marco Polo com o empresário Wagner Abrahão, que também está sendo investigada pela equipe da CPI.

Conexão Amazonas
Para entender o motivo dessas transações, o senador Romário (PSB-RJ) pediu, ainda em novembro de 2015, a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado. O requerimento foi empurrado com a barriga pela ala pró-CBF na CPI até a primeira sessão de 2016, em fevereiro.

Foi quando Omar Aziz manifestou-se publicamente pela retirada deste requerimento da pauta com o seguinte argumento. “Eu queria que fosse retirado da pauta para a gente analisar direito. Eu já tinha até discutido isso com vossas excelências, mas não é nada que não possamos votar na próxima reunião, mas eu queria só que fosse retirado isso, por favor”.

Coincidência ou não, Verospi e Aziz ocuparam cargos públicos no Amazonas. Aziz foi vice-governador do Estado de 2003 a 2010, e governador de 2010 a 2014, além de vice-prefeito de Manaus. Verospi, por sua vez, é ex-superintendente da Secretaria Municipal de Assuntos Federativos de Manaus. Tambem é vice presidenta da liga universitária brasileira de futebol e ex-conselheiro do Palmeiras.

A quebra dos sigilos de Verospi está na pauta da próxima reunião, na quarta-feira, 9.


Coronel Nunes falta à convocação e CPI do Futebol aciona a Justiça
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Daniel Brito

O coronel Antônio Nunes, presidente interino da CBF, não atendeu à convocação da CPI do Futebol e não compareceu à sessão da tarde desta quarta-feira, 2. O senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão de inquérito, anunciou que acionará a Justiça para intimar o cartola. A sessão desta quarta-feira contou com a presença de Romário e Donizete Nogueira (PT-TO), e durou menos de cinco minutos.

Agora, a secretaria da CPI solicitará aos tribunais estaduais do Rio de Janeiro e do Pará, Estado de origem do cartola, que emitam uma intimação comparecer à CPI em 15 dias, em 16 de março. Se não atender, terá de ser conduzido coercitivamente pela Polícia Federal.

Coronel Nunes havia sido convidado para depor à CPI, mas se disse impossibilitado de comparecer nesta quarta-feira devido à convocação da seleção brasileira na manhã desta quinta-feira, 3.

Assim, a CPI do Futebol fez uso de um requerimento aprovado pelos senadores em outubro do ano passado, no qual convoca todos os presidentes de federações. Nunes é presidente da Federação Paraense de Futebol por mais de 20 anos, mas licenciou-se para assumir por 150 dias a presidência da CBF em substituição a Marco Polo Del Nero, em janeiro.

“Numa atitude bem ao feitio do grupo dos 7 a 1 que se apoderou da CBF, que só pensa em ganhar salários milionários, o coronel Nunes fugiu sorrateiramente da convoação”, detonou Romário.


Interino da CBF pode comparecer à CPI do Futebol levado pela polícia
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Daniel Brito

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O presidente interino da CBF, coronel Antônio Nunes, pode ser levado pela polícia a depor na CPI do Futebol no Senado. A secretaria da comissão não recebeu confirmação de que o cartola atenderá à convocação para estar na sessão desta quarta-feira, 2, às 14h. Por cinco dias ninguém na confederação assinou o recebimento da convocação da CPI, que tem efeito de intimação. Somente na terceira tentativa, na tarde de segunda-feira, 1º, o carteiro conseguiu entregar o comunicado na sede da CBF.

Coronel Nunes foi convidado para depor à CPI nesta quarta, mas se disse impossibilitado de comparecer devido à convocação da seleção brasileira para as duas próximas rodadas das Eliminatórias para a Copa-18. A convocação será feita pelo técnico Dunga, como sempre, nesta quinta-feira, 3.

Assim, a CPI do Futebol fez uso de um requerimento aprovado pelos senadores em outubro do ano passado, no qual convoca todos os presidentes de federações. Nunes é presidente da Federação Paraense de Futebol por mais de 20 anos, mas licenciou-se para assumir por 150 dias a presidência da CBF em substituição a Marco Polo Del Nero, em janeiro.

Apesar do silêncio da parte de Nunes, o senador Romário (PSB-RJ), presidente da comissão, manteve marcada a sessão desta quarta-feira, 2, e avisou que se o coronel Nunes não comparecer, terá de vir a Brasília por intermédio de uma condução coercitiva, em outras palavras: levado pela polícia até a CPI. “Sabemos de todas as dificuldades que os dirigentes da CBF e de parte das Federações Estaduais têm imposto aos trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. Enquanto, o coronel Nunes diz que pretende melhorar o futebol brasileiro e a imagem da CBF, ele repete a prática de antigos dirigentes de sonegar informação”, declarou o senador.

 


CPI do Futebol aprova quebra de sigilo de ex-namorada de Del Nero
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Daniel Brito

A CPI do Futebol no Senado aprovou a quebra dos sigilos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, incluído o Relatório de Informações Fiscais (RIF)  da apresentadora e modelo Carolina Galan, ex-namorada de Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da CBF, desde 1 de janeiro de 2013 até hoje.

Mas a CPI retirou da pauta a quebra dos sigilos de Kleber Leite, da sua empresa, a Kefler, e do advogado  ngelo Frederico Gavotti Verospi, além de adiar o requerimento que pede a cópia dos os dois contratos envolvendo o jornalista Mário Rosa, apreendidos na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),na cidade do Rio de Janeiro (RJ), como parte da Operação Acrônimo.

Desde novembro que o pedido para investigar as atividades telefônicas, fiscais e bancárias de Carol Galan estavam na pauta, mas foi constante adiado pelos senadores. As análises da equipe da CPI encontraram movimentações suspeitas nas contas da modelo. O requerimento só entrou em votação realizada nesta quarta-feira, 17, na primeira sessão do ano.

Carol manteve um relacionamento estável com Marco Polo por quase cinco anos até meados de 2014, enquanto Del Nero era o mandatário da FPF (Federação Paulista de Futebol). Durante este período, foi apresentadora de um programa infantil de auditório em espaço na grade de programação da Rede Vida comprado pela FPF.

Coronel Nunes convidado
A comissão também aprovou o convite ao presidente interino da CBF, Coronel Antônio Nunes, na primeira sessão deste ano, na tarde desta quarta-feira, 17. O cartola terá de explicar como foram gastos os recursos do governo do Estado do Pará para a Federação Paraense de Futebol, da qual Nunes foi presidente. Ele está sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por esse patrocínio.

Dos 13 requerimentos colocados em votação, todos foram aprovados sem ressalvas. Inclusive a quebra dos sigilos de Rogério Caboclo, homem de confiança de Marco Polo, diretor executivo de gestão da CBF, Ariberto Pereira dos Santos, tesoureiro da confederação durante a gestão Ricardo Teixeira (1989-2012), Júlio Cesar Avelleda, ex-secretário-geral da CBF, Antônio Osório Lopes Ribeiro da Costa, ex-diretor financeiro da confederação.

Já o empresário Wagner José Abrahão, envolvido em negociações de imóveis com Marco Polo, terá de abrir seu sigilo telefônico e telemático (mensagens escritas) quebrados desde maio de 2007 a maio de 2015. O sigilo fiscal e bancário do empresário já havia sido quebrado.

Também serão devassadas pela CPI com a abertura do sigilo telefonico e/ou fiscal e bancário Lilian Cristina Martins, Rita de Cássia Rodrigues Moreira, Fernando Jales Oliveira, além das empresas Atena Operadora Turística Ltda e Zayd Empreendimentos 2025 Ltda.

“Nenhum requerimento entrou na pauta porque o presidente desta comissão acha ou pensa alguma coisa de alguém. Tudo que é proposto aqui é baseado nas investigações da nossa equipe aqui do Senado, que encontrou irregularidades envolvendo algum desses. É tudo baseado em dados e análises feitas com as quebras de sigilos desta CPI”, explicou Romário (PSB-RJ), presidente da CPI do Futebol no Senado.


Jucá quer “convidar” Del Nero para CPI e entra em colisão com Romário
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Daniel Brito

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) ignorou as investigações do FBI e da Justiça dos Estados Unidos e apresentou requerimento para que Marco Polo Del Nero seja “convidado” a comparecer na CPI do Futebol do Senado brasileiro.

“Que seja convidado a comparecer a esta comissão parlamentar de inquérito (CPI), no dia 15 de dezembro de 2015, o Sr. Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para contribuir com informações e sugestões relativas ao aprimoramento do arcabouço normativo aplicável à prática do futebol no Brasil”, justificou Jucá em seu requerimento, publicado hoje na página da comissão na internet.

Este pedido coloca Jucá, que é relator da CPI, em confronto direto com Romário (PSB-RJ), presidente da comissão. Ainda em agosto, em uma das primeiras sessões, o ex-jogador apresentou requerimento para convocar Marco Polo a depor. Nenhum dos dois pedidos foi colocado em votação na CPI.

Marco Polo Del Nero já havia sido convidado e sua presença era aguardada para a sessão desta terça-feira. Mas foi adiada porque o presidente licenciado da CBF não respondeu aos chamados da equipe do Senado.

A diferença entre convocação e convite é que o convidado pode recusar-se a comparecer. Caso vá a uma sessão da CPI, pode deixar de assinar o termo de compromisso de falar apenas a verdade em seu depoimento. Foi o que fizeram os presidentes de federações em recente audiência pública desta mesma CPI. Os convocados são obrigados a marcar presença na sessão.

Del Nero tentou barrar sua ida ao Senado antes mesmo de o requerimento convocando-o fosse apreciado. Ele entrou com um habeas corpus preventivo no STF, em que pedia para não ser obrigado a comparecer e, se o fizesse, não precisasse assinar o termo para dizer a verdade em depoimento e nem tampouco pudesse ser preso por desacato ou por não responder. O ministro Gilmar Mendes negou o pedido do cartola.

A sessão da CPI em que os requerimentos de Jucá e Romário entrarão em pauta está agendada para esta quarta-feira, 9, às 14h30.