Blog do Daniel Brito

Comitê Olímpico dos EUA, quem diria, quer R$ 800 mi em doações para 2016
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Daniel Brito

Reprodução da página de "venda" de itens da preparação dos EUA para os Jogos-2016

Reprodução da página de ''venda'' de itens da preparação dos EUA para os Jogos-2016

O USOC (sigla em inglês para Comitê Olímpico dos Estados Unidos), quem diria, pede US$ 5 a quem puder contribuir para comprar meias para a equipe olímpica de futebol. Os interessados também podem ajudar doando US$ 1.000 para compra de passagens áereas. Ou simplesmente US$ 15 para proporcionar um jantar saudável a um atleta olímpico.

Essas e outras 2.7 mil opções são encontradas na página da Fundação Olímpica e Paraolímpica do USOC, na internet. O torcedor pode doar mais de 2.7 mil itens ao mais laureado e endinheirado comitê olímpico nacional do planeta.

Não se trata de crise, longe disso.

O USOC ostenta em sua carteira de patrocinadores 26  empresas do quilate da BMW, Nike, Oakley, Ralph Lauren, entre outros grandes. Em 2012, ano dos Jogos de Londres, os investidores aplicaram US$ 46 milhões (estratosféricos R$ 192 milhões na cotação de hoje do dólar).

Mas a entidade afirma não receber um centavo de dinheiro público. O que não a impede de pedir dinheiro ao público. E para isso existe a Fundação Olímpica e Paraolímpica.

Clube de doadores
Os Estados Unidos possui uma cultura centenária de doações. Desde bolsas de estudos, pesquisas científicas, promoção e realização de eventos, muitas atividades são aquinhoadas por milionários ou simplesmente anônimos que aceitam contribuir com a causa.

Para os Jogos do Rio-2016, o USOC conta com um grupo de 45 doadores frequentes que garantem US$ 300 mil (mais de R$ 1.2 milhão) para este ciclo. Ademais, Fundação Olímpica e Paraolímpica do USOC montou uma operação especial para arrecadar US$ 50 milhões anuais em doações, angariando cerca de US$ 200 milhões (R$ 838 milhões) até o ano que vem. Seria um montante superior ao que os patrocinadores oficiais pagavam a cada 12 meses ao comitê no ciclo olímpico de Londres-2012.

A criação desta página com a “venda” de itens (qualquer item) da preparação de um atleta, que lembra muito aqueles sites de presentes de casamento, é uma forma criativa de atingir a meta para 2016.

Parâmetros
No Brasil, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) também recebe doações. Mas em proporção menor. É o que está no mais recente “Demonstrativo de Aplicações Financeiras 2013-2014” publicado na página da entidade na internet. Foram R$ 2.9 milhões de janeiro de 1º de janeiro 2013 a 31 de dezembro de 2014.


Remo brasileiro naufraga em crise crônica às vésperas dos Jogos-2016
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Daniel Brito

Daniel Scelza/ABI/Folhapress

Provas de remo na Rio-2016 serão na Lagoa Rodrigo de Freitas

Os Jogos Olímpicos do Rio-2016, veja só, tornaram-se um problema para o remo brasileiro. Por causa das obras na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde serão realizadas as provas da modalidade no próximo ano, a seleção nacional perdeu seu local de treinamento. A observação é de Edson Altino Pereira Júnior, presidente da CBR (Confederação Brasileira de Remo).

“Tivemos que sair da nossa área de treinamento para reforma do estádio e da raia de competição que serão utilizados nos Jogos do Rio-2016. Por isso, temos que tirar a seleção de seu local de treinamento e isso é uma dificuldade a mais. Acho que é o único esporte que teve que sair do seu local para dar espaço para os Jogos”, lamentou Altino durante sessão da Comissão de Esporte na Câmara dos Deputados.

Do modo que fala, o dirigente parece ter sido pego de surpresa pela realização dos Jogos, apesar de a escolha da Lagoa como uma dos locais de competição da olimpíada ter ocorrido há mais de seis anos. Mas o discurso de Altino demonstra um problema ainda maior no remo nacional.

É grave a crise na modalidade às vésperas do Rio-2016.

Boicote ao Campeonato Brasileiro
Na semana passada, Fabiana Beltrame, talvez a única remadora de destaque no país, publicou um desabafo nas redes sociais contra as decisões da CBR. A mais recente, que incentivou um boicote de Flamengo, Vasco e Botafogo, alterou para o final de outubro um campeonato brasileiro em Brasília, quando para esta mesma data já estava agendado o campeonato do Rio de Janeiro.

''Há falta de organização, mudanças de planejamento e guerra entre entidades que supostamente deveriam trabalhar em conjunto, os clubes, federações e confederação”, postou Fabiana, que representa o Vasco.

Segundo Altino, sobre este problema só os clubes do Rio reclamaram. “Toda essa polêmica se dá pelo fato de a sede da confederação ser no Rio de Janeiro, vizinho de Flamengo e Botafogo. A história do remo sempre foi da CBR apoiando os clubes do Rio. E quando este apoio deixa de ser como eles estão acostumados, há a crítica”.

Tem dinheiro, falta resultado
Altino tem uma posição interessante sobre os remadores brasileiros. “Os atletas do remo no país são os mais apoiados do mundo inteiro. Eles têm mais suporte financeiro do que os outros atletas”, aponta. O Remo tem o patrocínio do Bradesco, por intermédio da lei de incentivo ao esporte, e foi contemplado com R$ 2.8 milhões da Lei Piva pelo COB no último ano.

Mas pelas contas apresentadas pelo dirigente na Câmara, cerca de 70% desse montante vai para os atletas nas equipes permanentes, comissões técnicas, equipe de manutenção dos barcos, além de apoio para participar de competições e treinamentos. ''O atleta só precisa chegar com a vontade, o resto é por nossa conta'', afirmou o presidente da CBR. Os outros 30% servem para manutenção da entidade e cursos de formação, segundo Altino.

O remo poderia até contar com mais recursos. Não há um único projeto de convênio celebrado com o Ministério do Esporte. O que torna a CBR uma das poucas confederações que não apresentou proposta, apesar do interesse da pasta.

Os resultados dos brasileiros estão longe de ser expressivos nas competições internacionais neste ciclo olímpico. No Mundial realizado na França, no início do mês, o destaque ficou por conta do quarto lugar de Fabiana Beltrame no single skiff peso leve, prova em que fora campeã mundial na Eslovênia, em 2011. Na categoria “Dois sem” masculino, Vinicius Delazeri e Victor Ruzicki ficaram em 23º entre 26 concorrentes.

No skiff masculino, a CBR apoiou o brasileiro de nascimento mas radicado há décadas na Suíça, Steve Hiestand, que terminou em 6º na final C (18º no geral). Altino disse que após o Mundial visitou o atleta na Suíça e prometeu mais apoio da confederação na preparação para o Rio-2016.

Quem se encarrega em renovar?
Aliás, Fabiana Beltrame, 33, sozinha, sustenta o remo no noticiário esportivo, com sua performance. Ela está no cenário desde antes dos Jogos Olímpicos de Atenas-2004.

Questionado pelo blogueiro pela ausência de jovens talentos neste ciclo olímpico, Altino atribuiu a falta de renovação aos clubes. “Fabiana é um talento que se destaca, grande parte do nosso retorno de mídia está relacionado a ela. Mas a renovação da equipe deve partir dos clubes, porque muitas vezes a confederação é apontado como culpada pela não renovação, mas isso é de responsabilidade dos clubes. A confederação não tem escolinha de remo, não capta os atletas na escola de ensino e leva para competição internacional, o atleta precisa chegar a um nível mínimo para estar na seleção brasileira”, justificou.

Futuro é duvidoso
Os atletas do alto rendimento do remo nacional ainda não têm certeza se participarão do próximo Campeonato Brasileiro, marcado para Brasília. E, caso participem e atinjam um bom nível para chegar à seleção, não sabe onde vão treinar, já que a raia da seleção estará “ocupada” por um bom tempo…


Time do DF na Sul-Americana muda uniforme para não se associar ao PT
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Daniel Brito

 

O Brasília apresentou os uniformes e a logo em agosto

Ex-Colorado: o Brasília apresentou os uniformes, com menos vermelho, e no novo escudo, em agosto

O Brasília Futebol Clube, que enfrenta na noite desta quarta-feira, 23, o Atlético-PR pela segunda fase da Copa Sul-Americana, promoveu há pouco mais de um mês uma repaginada no visual. Entre as mudanças, está a adição do azul ao uniforme da equipe, para se associar ao predominante vermelho e aos detalhes em branco.

Assim, o time que disputou o Candangão-2015 (Campeonato do Distrito Federal) carregando a alcunha de “Colorado”, se tornou tricolor na Sul-Americana. O mais curioso é a motivação da troca.

''Vermelhão não está muito em alta ultimamente e gera identificação com coloração partidária com a qual 93% da população não está muito afinada'', disse um membro do corpo diretivo da agremiação ao jornalista Marcos Paulo Lima, do Correio Braziliense, referindo-se ao PT.

Mudança de gestão explica
Até o início deste ano, o Brasília Futebol Clube era de propriedade de Luiz Carlos Alcoforado, advogado e amigo do ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Sem apelo entre os moradores do DF, o futebol candango mostrou-se deficitário para Alcoforado, que vendeu mais de 90% de sua parcela no clube ao também advogado e empresário da construção civil na capital, Luiz Felipe Belmonte. Ele mora em Londres, mas trouxe a Brasília o empresário José Carlos Brunoro e lhe deu o cargo de diretor executivo do clube. Desde então iniciaram-se as mudanças.

O escudo do clube, que era um esboço do Plano Piloto de Brasília traçado pelo genial Lúcio Costa para a fundação da nova capital, deu lugar a uma águia, ao melhor estilo escudo dos times de futebol americano. A cor vermelha, cuja versão oficial dizer aludir ao barro característico do Planalto Central, ganhou a companhia do azul e uma carregada no branco.

A torcida, pequena, mas barulhenta. Belmonte chegou até a responder os comentários desaforados nas redes, até que a nova administração do clube optou por se desfazer da águia de futebol americano e manteve a logo que estava quando da gestão de Alcoforado. Houve ainda a promessa de retomar a camisa vermelha, mas nos dois jogos em que se apresentou na Sul-Americana, contra o Goiás, mas não foi o que se viu em campo.

 

 Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco

Time que ganhou a Copa Verde-2014 jogava de vermelho e shorts branco


Câmara autoriza deputado federal a acumular cargo de presidente da CBF
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Daniel Brito

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados entendeu que não há impedimento legal para que o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES), um dos vice-presidentes da CBF, assumir a presidência da confederação mesmo exercendo o cargo de parlamentar. Ele é um dos quatro vice-presidentes da entidade e está em seu quarto mandato em Brasília.

Na tarde desta terça-feira, 22, a comissão aprovou o pedido de Vicente. Houve apenas um voto contrário, do deputado Esperidião Amim (PP-SC), mas ele não estava no plenário da CCJC nesta tarde para debater o tema.

A maioria da comissão acompanhou o voto do relator desta consulta, Rubens Pereira Júnior (PC do B-MA), cujo parecer emitido em 11 de setembro informa que não há embasamento legal que impeça Vicente de assumir a CBF no lugar do atual mandatário, Marco Polo Del Nero, mas fez uma ressalva. “Desde que a CBF não goze de favor decorrente de contrato com pessoas jurídicas de direito público”, explicou Júnior.

Consultado pelo blogueiro, Vicente informou, via assessoria de imprensa, que trata-se apenas de uma “consulta. Só por precaução.”


CPI do Futebol esquece Pelé e vota investigação da venda de direitos de TV
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Daniel Brito

Reprodução

Reprodução da página da Interpol na internet com informações sobre Margulies: ''Procurado da polícia''

A CPI do Futebol no Senado pode entrar no rumo das investigações de compra e venda de direitos de transmissão de TV. Na sessão desta quarta-feira, 23, os parlamentares colocarão em votação o requerimento do presidente da Comissão, Romário (PSB-RJ), de quebrar o sigilo de José Margulies, também chamado de José Lázaro.

Ele é um dos 14 citados na investigação do FBI que ocasionou na prisão de sete dirigentes, entre os quais José Maria Marin, que está na cadeia em Zurique até hoje. Lázaro foi indiciado por quatro acusações: extorsão, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As denúncias foram feitas com base nas alegações de que ele, como um executivo de TV, ajudou a organizar os pagamentos ilegais entre os executivos de marketing e oficiais de futebol.

Nesta entrevista, no início do mês, ele deu a entender que “facilitou” negociações para compra e venda de direitos de transmissão. Margulies é argentino de nascimento, mas cidadão brasileiro desde 1973, está no Brasil desde a eclosão da crise na Fifa, em maio, e frequentando seu escritório, em São Paulo.

Se o requerimento de Romário for aprovado, a CPI, finalmente, entra no tema, que esteve ao largo da pauta desde a instalação da comissão, em agosto. Foi por causa de negociação de direitos de transmissão que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na Klefer Marketing Esportivo, de propriedade de Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo, responsável por, entre outras coisas, negociar os direitos de transmissão da Copa do Brasil e das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Há outros oito itens na pauta da CPI desta quarta-feira, entre eles o pedido de Paulo Bauer (PSDB-SC) para que a Comissão tenha acesso aos dados bancários e fiscais de José Maria Marin. Será votada também o pedido de convocação, feita por Romário, do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero e o ex-presidente Ricardo Teixeira.

A pauta das duas semanas anteriores, uma audiência pública para ouvir Pelé e outros craques do passado, que nunca foi realizada, está sem previsão de remarcação.

Propina por direitos de transmissão
Em uma das conversas gravadas que fizeram parte da investigação do FBI no caso, o empresário J. Hawilla negocia com Marin, detido desde o final de maio em Zurique, a distribuição de R$ 2 milhões de propina relacionada aos direitos de transmissão da Copa do Brasil. Esse dinheiro seria um acordo de pagamento anual ao dirigente, segundo revelou a Justiça dos EUA.

O FBI divulgou o conteúdo da conversa, gravada pelo empresário. “Quando [Hawilla] perguntou se era realmente necessário continuar pagando propinas para seu antecessor na presidência da CBF, Marin disse: 'Está na hora de vir na nossa direção. Verdade ou não?'.Hawilla concordou e disse: “Claro, claro. O dinheiro tinha de ser dado a você [ou vocês]'. Marin concordou: “É isso''.

Há a suspeita de que o autal presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente, Ricardo Teixeira, tenham recebido propina nesta participação, embora o processo não dê nome aos envolvidos que não estão presos como Marin. Del Nero nega que tenha embolsado qualquer quantia de suborno.

Os direitos de transmissão da Copa do Brasil pertencem à Globosat, uma das principais empresa das organizações Globo, da qual faz parte o canal a cabo Sportv. O grupo tem acordo com a TV Bandeirantes e a ESPN Brasil para exibição do certame, mas sobre nenhuma dessas há indícios de que possam ser investigadas.


Jogo do Fla no DF rendeu mais à FERJ do que ao dono do Mané Garrincha
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Daniel Brito

A FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) lucrou mais que o dono do estádio Mané Garrincha no jogo da quinta-feira, 17, em Brasília. Na vitória do Coritiba por 2 a 0 sobre o Flamengo diante de mais de 67 mil torcedores a entidade fluminense apurou R$ 383.247,00. O Governo do Distrito Federal (GDF), que ainda administra o estádio, recebeu 30% a menos.

Os anfitriões ficaram com somente R$ 268.273,00 que corresponde a 7% da renda bruta. Já o quinhão da FERJ representa 10%. O jogo bateu recorde de bilheteria. Foram arrecadados, segundo divulgou a FERJ em borderô publicado no sábado, no site da CBF, R$ 3.995.500.

Abaixo, o resumo do boletim financeiro da partida:

Receita R$ 3.995.500
Taxa FERJ R$ 383.247
INSS 5% Decreto 832 R$ 188.775
Arbitragem (taxa de arbitragem, seguro, reembolso passagem) R$ 10.219,76
Despesa operacional (com INSS) R$ 24.000
Delegado (com INSS) R$ 2.760
Controle de Doping R$ 4.920
Seguro público presente R$ 3.350,55
Taxa de ocupação do estádio R$ 268.273,25
Material de expediente R$ 20
Taxa Federação Brasiliense de Futebol R$ 191.623
Credenciamento R$ 3.675
Ingressos promocionais R$ 163.025
Supervisor de protocolo CBF R$ 1.000
Despesa do Flamengo R$ 6.000
Operação do jogo R$ 1.286.274
Retenções (INSS e IRRF arbitragem, operacional) R$ 2.108,31
Total de despesas R$ 2.548.165,00
Penhora R$ 217.100,25
Resultado Final para o Flamengo R$ 1.230.234,75

O Flamengo só jogou em Brasília porque o GDF promoveu um desconto de 50% na taxa de ocupação do Mané Garrincha, que até então só havia recebido cinco partidas neste ano. O estádio representa um problema para o governo da capital.

Sem uso, ele consome aproximadamente R$ 800 mil mensais de manutenção do GDF. A taxa de 15% é considerada alta pelos clubes, que quando querem vender o mando de campo a alguma empresa, vão para Cuiabá, por exemplo. Por isso, o governo teve de dar este abatimento, principalmente no momento em que o DF passa por um severa crise financeira. A reconstrução do Mané Garrincha para a Copa do Mundo, no valor estimado de R$ 1,8 bilhão contribuiu para o agravamento do problema.


Subsecretário diz que 80% das UPPs estarão seguras para visitas no Rio-2016
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Daniel Brito

Arquivo Pessoal

Nadadores italianos pediram para visitar a Rocinha antes do Desafio Raia Rápida, na semana passada

Ocorre com frequência entre os estrangeiros que desembarcam no Rio a curiosidade de conhecer uma favela. Foi assim, por exemplo, na semana passada. Os nadadores italianos que vieram ao país participar do desafio da Raia Rápida, no Rio, pediram para fazer o roteiro básico do gringo na cidade: Corcovado, Pão de Açúcar, Maracanã, churrascaria e…Rocinha.

Foram, tiraram foto, postaram nas redes sociais, ganharam destaque na imprensa italiana. E seguiram viagem.
Para Roberto Alzir, subsecretário Extraordinário de Grandes Eventos, da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, é uma prática comum, mas que merece ressalvas.

“É uma curiosidade, normalmente o estrangeiro gosta de conhecer nossas favelas, porque elas são famosas. Nós temos 38 UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora] instaladas, com nove mil policiais em atividade. O critério que utilizamos para visita é que, primeiro, se for para alguma favela, se houver essa curiosidade, essa necessidade, que vá para uma com UPP instalada”, pediu Alzir, durante sessão na Câmara dos Deputados nesta semana que debateu o planejamento de segurança pública dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio.

“Dentre as que têm Unidade de Polícia Pacificadora, há 80% pacificada e temos 20% que apresentam algum nível de preocupação. Nesse contato que a gente tem com as delegações, com a representações estrangeiras, com os corpos consulares, a gente procura direcionar as visitas para aquelas favelas que estão pacificadas”, recomendou.

A segurança dos visitantes é um tema muito comentado pela imprensa internacional. Em recente viagem a Washington D.C., a presidente Dilma Rousseff afirmou repetidas vezes aos jornalistas dos Estados Unidos que o Brasil receberá com segurança todos que participarem dos Jogos-2016.

Alzir reforçou a tese da presidente na Câmara e afirmou que a violência do Rio de Janeiro é disseminada sem embasamento pela internet. “O Rio tem uma tradição muito grande de atendimento ao turista. realizamos todos os anos o Réveillon e o carnaval  recebendo gente de todos os lugares. Somos sempre bem avaliados, a despeito da imagem negativa que o Rio de Janeiro tem no cenário nacional e internacional. Isso se deve muito em função das redes sociais, por vezes descolada dos números oficiais. Até por ser uma caixa de ressonância do Brasil, tudo o que acontece no Rio ganha uma repercussão muito maior que ocorre nas outras cidades”, defendeu.

Tags : Rio-2016


Na Câmara, Rebeca Gusmão denuncia exploração sexual no futebol feminino
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Daniel Brito

A ex-nadadora Rebeca Gusmão denunciou, na quarta-feira, 16, a exploração sexual de atletas do futebol feminino. A declaração ocorreu durante audiência pública organizada pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, na Câmara dos Deputados.

''Eu vi meninas [no futebol feminino] sendo exploradas sexualmente por presidentes de clubes de futebol, técnicos e preparadores físicos em troca de uma promessa de indicação para a seleção brasileira, ou por uma promessa de cesta básica'', afirmou a nadadora Rebeca Gusmão em um dos momentos mais marcantes da audiência. O tema da audiência era ''A exploração sexual de mulheres em grandes eventos esportivos''.

Rebeca tornou-se jogadora de futebol durante um curto período em sua carreira de atleta. Após largar a natação, em 2007, acusada de doping, ela defendeu alguns clubes de futebol feminino em Brasília, e chegou a atuar como atacante pela equipe da Ascoop o Campeonato Nacional, organizado pela CBF, no ano seguinte.

Agora, ela superou uma depressão profunda, leva a vida como personal trainer em Brasília, e, desde que implantou 500ml de silicone em cada seio, faz trabalhos como modelo fotográfica, com um grande número de fãs nas redes sociais.


Atleta olímpico ganha incentivo para patrocínio e para expô-lo em filme
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Daniel Brito

Pedro Solberg, que forma dupla de vôlei de praia com Evandro Jr, teve uma semana repleta de boas notícias. Começou na segunda-feira, 14, quando o Diário Oficial da União publicou a aprovação de dois projetos de lei incentivo que lhe dizem respeito, um de esporte e outro de cultura (Rouanet). A outra boa notícia veio na quarta-feira. 16, quando a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) confirmou a presença do conjunto nos Jogos do Rio-2016.

No âmbito esportivo, Solberg e Evandro conquistaram o direito de captar R$ 88.5 mil em patrocínio por meio da lei de incentivo do Ministério do Esporte, que deduz 1% do Imposto de Renda das empresas e o destina para projetos esportivos. A autoria do projeto é da Associação Latina de Desenvolvimento Esportivo, Cultural e Ambiental, sediada em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e tem o título de “Evandro Jr e Pedro Solberg – Rumo ao Ouro em 2016”.

A dupla ocupa segunda posição na ranking mundial, atrás dos também brasileiros Alison e Bruno Schmidt, e obteve a medalha de bronze no Mundial disputado neste ano. Solberg e Evandro serão debutantes em Jogos Olímpicos.

Caso consigam encontrar financiador para o projeto de ouro olímpico, Solberg é obrigado por lei a dar publicidade ao patrocinador fomentado pelo Estado. Além de toda a exposição que a presença nos Jogos Olímpicos naturalmente provoca, ele ganhou também o incentivo do governo de um projeto de documentário contemplado pela lei Rouanet, do Ministério da Cultura.

Ao valor de R$ 448 mil, o filme terá a duração de 55 minutos, se chamará “Caminho da Areia”, com direção de Pedro Pontes e produção da MAB Filmes, autora da proposta. “o Documentário acompanha o dia a dia do atleta em sua preparação, além de cobrir sua participação, ao lado do novo parceiro Evandro, nos circuitos brasileiro e internacional de vôlei de praia: decisões para participação da dupla nas Olimpíadas 2016”, diz o texto do projeto.

Um trecho do filme
Pedro Solberg carrega o vôlei no sangue. É um dos filhos de Isabel, um dos ícones da modalidade. A história dele no vôlei de praia passa por um trecho importante nos rumos da pesquisa e combate ao doping no Brasil.

Em 2011, o atleta foi lagrado com esteroide em exame-surpresa feito em maio de 2011, no Rio, e levado para análise no Ladetec, então credenciado à Wada (agência mundial antidoping). O atleta negou o doping, mas foi suspenso pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei). Solberg pediu uma contraprova, feita no mesmo Ladetec. O resultado confirmou o primeiro exame.

A família, então, apoiou o atleta para que recorresse à FIVB, pedindo que sua urina fosse analisada novamente. Isabel contratou advogados e encomendou laudos a especialistas independentes que apontaram erros nos procedimentos do Ladetec. Eduardo de Rose, chefe do doping no COB (Comitê Olímpico Brasileiro), escreveu uma carta à FIVB pondo em dúvida o resultado do Ladetec.

A Federação, então, enviou o material coletado para laboratório na cidade alemã de Colônia, que revelou que Solberg não violou as regras antidoping, não fez uso de substâncias proibidas, e que o Ladetec havia errado na análise.

Este resultado provocou a perda do credenciamento do Ladetec junto à Wada, em 2012. O Brasil só voltou a ganhar um novo laboratório para exame antidoping neste ano, agora com o nome de LBCD (Laboratório de Controle de Dopagem), que fará (e já está fazendo) os testes em todos os atletas olímpicos brasileiros.


DF aumenta impostos mas dá desconto para Flamengo jogar no Mané Garrincha
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Daniel Brito

O Flamengo chega a Brasília em uma ótima fase no Campeonato Nacional mas em um péssimo momento para a cidade. Há a expectativa de que a equipe enfrente o Coritiba nesta quinta-feira, 17, no Mané Garrincha, diante de mais de 50 mil espectadores, muitos afetados diretamente pelas duras medidas fiscais anunciadas pelo GDF (Governo do Distrito Federal) no início desta semana.

Entre as propostas apresentadas pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para estancar a crise financeira estão os reajuste no preço das passagens de ônibus e na taxa dos restaurantes comunitários, o aumento na Taxa de Limpeza Pública, que será ainda mais alta para hospitais, suspensão de concursos públicos, corte nos salários dos servidores do primeiro escalão (inclusive do governador e vice), entre outros.

Mas o arrocho não atingiu os jogos de futebol no Mané Garrincha, reconstruído para a Copa do Mundo-2014, ao valor estimado de R$ 1,6 bilhão.

Quase 50% de desconto
A taxa de ocupação do estádio foi estabelecida pelo governo local, antes da crise, em 15% da renda bruta do jogo. Caso um clube (ou empresa) decidisse realizar quatro apresentações em Brasília, ganharia um desconto e pagaria apenas 13%. Mas para este encontro entre Flamengo e Coritiba, o GDF deu à empresa que promove a partida um abatimento de 46%.

Assim, ficarão para o governo local apenas 7% da renda da partida como pagamento pela taxa de ocupação. Esta será apenas a quinta partida oficial que o estádio receberá em 2015. O último jogo de futebol realizado na arena ocorreu em julho, no empate entre Gama e Botafogo de Ribeirão Preto, diante de pouco mais de 3 mil testemunhas que proporcionaram uma renda de R$ 46 mil.

Concorrência cuiabana
A organização da partida declarou que 55 mil ingressos foram vendidos para Flamengo e Coritiba nesta quinta-feira. Fazendo uma conta muito conservadora, se todos os bilhetes vendidos custaram R$ 50, a renda do jogo baterá, no mínimo, na casa dos em R$ 2.7 milhões. Então, caberá ao GDF receber algo em torno de R$ 190 mil. Se mantivesse os 15% de taxa de ocupação, os flamenguistas dariam ao governo local cerca de R$ 410 mil.

Repetindo, é um cálculo estimado pelo valor do ingresso mais barato. Os bilhetes custam de R$ 50 (a meia) a R$ 200,

De acordo com a secretaria de Turismo, que é responsável pelo agendamento de eventos no estádio, foi necessário dar quase 50% de desconto porque Brasília estava perdendo diversos jogos para a Arena Pantanal, em Cuiabá. Não há, contudo, outros jogos confirmados para o Mané Garrincha neste ano, informou a assessoria da pasta, que também terá que apertar os cintos a partir de agora.

Quanto custa para ver o elefante
Por causa da crise, a secretaria de Turismo foi fundida a outras quatro pastas: Trabalho, Economia, Agricultura e Ciência e Tecnologia. Elas todas formaram uma única secretaria.

O pacote anunciado por Rollemberg atingiu até o Zoológico de Brasília. Para visitar os elefantes e os demais animais pagarão R$ 10 e não mais os R$ 2 cobrados até ontem.

Reuters - Dez.2014

Elefante se refresca no Zoo de Brasília